
A Operação Tântalo II, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão, teve como alvos a vice-prefeita de Turilândia, Tânia Mendes, de cinco vereadores do município.
A ação amplia as investigações sobre um suposto esquema de desvio de recursos públicos que pode ter causado prejuízo superior a R$ 56,3 milhões aos cofres municipais.
Operação Tântalo II cumpre mandados de busca e prisões no Maranhão
Foram determinados o cumprimento de 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão. Em um único alvo, em São Luís, foram apreendidos quase R$ 2 milhões.
As ordens foram expedidas pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, por decisão da desembargadora Maria da Graça Peres Soares Amorim.
Conforme o Gaeco, o esquema investigado envolve o uso de empresas de fachada, contratos supostamente fraudulentos e a emissão de notas fiscais falsas, com repasses irregulares de recursos durante a gestão do prefeito José Paulo Dantas Filho, o Paulo Curió. O gestor não foi localizado no momento do cumprimento dos mandados.
Segundo as investigações, a vice-prefeita Tânya Mendes e o marido, Ilan Alfredo Mendes, são apontados como beneficiários diretos do esquema, com indícios de recebimento de recursos provenientes de empresas contratadas pelo município. Os crimes apurados incluem organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
A Operação Tântalo faz referência à figura da mitologia grega Tântalo, condenado a uma punição eterna no submundo. Segundo o mito, ele permanecia em um lago de águas cristalinas, com frutos ao alcance da vista, mas sem conseguir saciar a sede ou a fome. A metáfora é utilizada para representar o esquema investigado, no qual recursos públicos destinados a contratos para fornecimento de bens e serviços não resultariam em benefícios efetivos à população.