Três Poderes anunciam consenso sobre emendas parlamentares

Os Presidentes do Senado Federal, Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministro da Casa Civil, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, reunidos nesta terça-feira, dia 20, no STF, com a presença de todos os Ministros do STF, firmou-se o consenso de que as emendas parlamentares deverão respeitar critérios de transparência, rastreabilidade e correção, com observância do seguinte:

1. Emendas individuais:

a) Transferência especial (emendas pix): ficam mantidas, com impositividade, observada a necessidade de identificação antecipada do objeto, a concessão de prioridade para obras inacabadas e a prestação de contas perante o TCU;

b) demais emendas individuais: ficam mantidas, com impositividade, nos termos de regulação acerca dos critérios objetivos para determinar o que sejam impedimentos de ordem técnica (CF, art. 166, § 13), a serem estabelecidos em diálogo institucional entre Executivo e Legislativo. Tal regulação deverá ser editada em até dez dias.

2. Emendas de bancada:

Serão destinadas a projetos estruturantes em cada Estado e no Distrito Federal, de acordo com a definição da bancada, vedada a individualização.

3. Emendas de comissão:

Serão destinadas a projetos de interesse nacional ou regional, definidos de comum acordo entre Legislativo e Executivo, conforme procedimentos a serem estabelecidos em até dez dias.

Fica acordado que Executivo e Legislativo ajustarão o tema da vinculação das emendas parlamentares à receita corrente líquida, de modo a que elas não cresçam em proporção superior ao aumento do total das despesas discricionárias. O relator irá, oportunamente, reexaminar o processo.

SENADO: Reforma Tributaria aprovada por 53 a 24 votos

O Plenário finalizou a votação da PEC 45/2019, aprovando em segundo turno a reforma tributária com 53 votos favoráveis e 24 contrários, mesma votação do primeiro turno. A matéria volta para análise da Câmara.

O Brasil está há 40 anos, tentando avançar com a proposta de Reforma Tributaria.

Para a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o Brasil hoje deu um grande passo para adotar um modelo ‘mais justo de tributação’.

O resultado da votação está sendo considerado vitória do governo Lula.

O deputado federal Rubens Pereira Jr (PT-MA), vice-líder do governo na Câmara, lembrou que a PEC poderia ter sido aprovada no governo Bolsonaro, mas não tiveram interesse. Hoje tentaram atrapalhar, mas não conseguiram.

“Bolsonaro veio pessoalmente ao Senado tentar atrapalhar a votação. Perdeu de novo. Não fez e tá com inveja do que Lula está fazendo”, disse Rubens Jr.