Dia do Trabalhador: deslocamento é drama diário para trabalhadores

Da Aência Brasil

Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em agosto do ano passado revela que 36% dos trabalhadores passam mais de uma hora por dia no trânsito.

A pesquisa identificou que 21% ficam entre uma e duas horas dentro do transporte; 7% passam entre duas e três horas; e 8% gastam mais de três horas. O estudo identificou também como o tempo dispensado para ir e voltar para casa afeta a rotina dos trabalhadores.

Mais da metade (55%) afirmou que têm a qualidade de vida afetada. Para 51% dos pesquisados, a produtividade é impactada negativamente por causa do tempo de deslocamento.

O efeito na produtividade pode ser mensurado pela resposta de 60% dos entrevistados que afirmam que já chegaram atrasado e/ou estressado no ambiente profissional. Mais de um terço (34%) afirmou já ter perdido um período de trabalho. 

Os impactos no ir e vir afetam também o futuro dos trabalhadores. O levantamento identificou que 10% já resolveram trocar de emprego por causa do tempo de deslocamento, enquanto 32% deixaram de aceitar oferta de vaga por problemas de locomoção.

O estudo da CNI foi feito em abril de 2023 com 2.019 pessoas da população economicamente ativa (PEA) brasileira acima de 16 anos, em municípios com população a partir de 250 mil habitantes nas 27 Unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

Ibope/CNI aponta que 53% reprovam o modo de Bolsonaro governar

 

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Foto: Reprodução

Mais uma pesquisa Ibope sobre a popularidade, confiança e a aprovação do governo de Jair Bolsonaro divulgada nesta sexta-feira (20), mostra que o governo está em queda. O resultado é a pior avaliação de Bolsonaro em todas realizadas pelo Ibope em 2019.

A pesquisa foi encomendada pela CNI e realizado entre os dias 5 e 8 de dezembro, antes, portanto, de o caso Flavio/Queiroz voltar ao noticiário.

53% não aprovam a maneira de Bolsonaro governar (eram 40% em abril e 48% em junho e 50% em setembro). Aqueles que aprovam somam 41% (eram 51%, 46% e 44% nas pesquisas anteriores). Um total de 6% não quiseram responder.

A confiança em Bolsonaro também caiu dentro da margem de erro. Os que disseram “confiar” no presidente foram 41% dos entrevistados. Em abril, esse percentual era de 51% (caiu para 46% em junho e para 42% em setembro). Por outro lado, 56% disseram “não confiar” em Bolsonaro (eram 45% em abril e 51% em junho e 55% em setembro).

A avaliação positiva (ótimo e bom) do governo era de 35% em abril, caiu para 32% e 31% em junho e em setembro, respectivamente, e agora está em 29%.

A avaliação negativa (ruim e péssimo), por sua vez, subiu de 27% em abril para 32% em junho, em setembro chegou a 34% e agora alcançou 38%.

Os que consideram o governo “regular” são 31% (eram 31% em abril e os mesmos 32% em junho e em setembro). Os que não sabem ou não quiseram responder somaram 3%.

A CNI/Ibope ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios, entre 5 e 8 de dezembro. A Sondagem Especial, por sua vez, entrevistou 1.914 empresários de todo país entre os dias 2 e 10 deste mês. Em ambas, a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e, a confiança, de 95%.