Porto do Itaqui recebe primeira carga de trilhos de nova ferrovia

O Porto do Itaqui está recebendo a primeira carga de trilhos para a construção do trecho ferroviário entre os municípios de Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT), denominado Ferrovia de Integração Centro Norte – FICO.

Integrado à Ferrovia Norte Sul, esse trecho, com 383 km de extensão, conecta o Porto do Itaqui diretamente às principais zonas produtoras de grãos (soja e milho) do Arco Norte do Brasil, nos estados de Goiás e Mato Grosso.

Em 2022, as exportações de grãos (soja, milho e farelo) somaram 16,2 milhões de toneladas, e as importações de fertilizantes, 2,5 milhões de toneladas. Juntos, representam 63% das cargas movimentadas pelo Porto do Itaqui.

“A estimativa é de que esse trecho, uma vez em operação, promova um aumento de aproximadamente 7 milhões de toneladas no volume de grãos movimentados pelo Porto do Itaqui por ano”, afirma o diretor de Operações da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Jailson Luz.

A ampliação da ferrovia fortalece a cadeia logística dos grãos e favorece o aumento do volume de exportação dessa carga pelo porto público do Maranhão, gerando mais desenvolvimento para toda a área de influência do Itaqui, que compreende o Matopiba (estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além de Goiás e Mato Grosso.

Esse primeiro trecho, de Mara Rosa a Água Boa, também representa a redução do transporte rodoviário ao longo dessa área de influência, o que torna mais sustentável toda a cadeia produtiva de grãos que saem do Porto do Itaqui para o mercado externo.

A construção da FICO pela Vale representa uma contrapartida pela concessão antecipada da Ferrovia que ligará Vitória (ES) ao estado de Minas Gerais. Quando finalizada, a ferrovia se estenderá até Lucas do Rio Verde, um dos principais centros de produção de grãos do Brasil.

Estudo mostra Maranhão como 2º maior exportador do Nordeste

Em 2020, a participação do Maranhão nas exportações da região Nordeste aumentou, indo de 18,1%, em 2017, para 20,9%. É o que destaca o estudo “Maranhão – perfil e oportunidades de exportação e investimentos 2021”, lançado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Segundo os dados, o Maranhão registra o segundo lugar no ranking de exportação no Nordeste – em âmbito nacional; o estado também apresentou crescimento entre 2017 e 2020, saltando de 1,39% para 1,60%, ficando no 13ª lugar em nível nacional.

O estudo detalha um panorama geral da economia do Maranhão, identificando o potencial exportador do estado a partir da análise das exportações de bens e serviços e do perfil dos investimentos estrangeiros diretos.

De acordo com a Apex-Brasil, as exportações maranhenses totalizaram, aproximadamente, US$ 3,4 bilhões em 2020. No período 2017-2020, as exportações do estado registraram elevação média anual de 3,5%.

Estudo da Apex-Brasil

Na pesquisa da Apex-Brasil, foram identificadas mais de 70 oportunidades específicas, distribuídas em oito complexos, além da seleção de setores com maior potencial para expandir suas exportações no estado.