
Polícia Federal e Ministério Público Federal nesta terça-feira (11), fazem buscas e apreensão em imóveis do senador Aécio Neves (PSDB) e da irmã dele, Andréa Neves, no Rio e em Minas Gerais.
Andréa é considerada operadora do senador nas investigações da Lava Jato. Ela foi presa pela PF em maio de 2017 e foi solta há um ano, por decisão do ministro Marco Aurélio.
A operação tem objetivo de encontrar documentos baseados em delações de Joesley Batista e Ricardo Saud. Os executivos do grupo J&F relataram repasse de propina de quase R$ 110 milhões ao senador Aécio Neves.
Suspeita-se que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.
São um total de 24 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos em oito estados e no Distrito Federal. São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
São alvos da operação: Aécio Neves (PSDB), senador e deputado federal eleito; Agripino Maia (DEM), senador; Andréa Neves, irmã de Aécio; Antonio Anastasia (PSDB-MG), senador; Benito da Gama (PTB), deputado federal; Cristiane Brasil (PTB), deputada federal; Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, deputado federal e presidente nacional do partido Solidariedade. Empresários também são investigados e alvos da da polícia Federal.
A operação no Rio é braço de investida que ocorre simultaneamente em São Paulo (capital e interior, com nove mandados), Brasília, Bahia e Rio Grande do Norte. Decorre do inquérito 4519, que tem como relator, no Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio.
Segundo a PF, o senador Aécio Neves comprou apoio político do Solidariedade, por R$ 15 milhões, e empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias.
Com informações G1