Frente Parlamentar de Combate à Pobreza define prioridades no MA

Do AL-MA

O deputado Arnaldo Melo (PP) definiu as áreas de educação, saúde, renda e governança como prioridades para a atuação da Frente Parlamentar de Combate à Pobreza, lançada nesta segunda-feira, dia 22, na Assembleia Legislativa do Maranhão.

O objetivo da Frente é aglutinar forças dos governos federal, estadual e municipal para traçar estudos e jogar um foco de luz sobre o que considera o ‘beco da escuridão’ no que tange à pobreza no Maranhão. 

”O Maranhão não é o Estado pobre como se fala por aí. Nosso Estado tem extraordinárias riquezas naturais e podemos citar a região Sul como grande produtora de soja, milho e arroz, o que torna o Estado um grande exportador de grãos. Temos, ainda, outras regiões extremamente ricas, como a Baixada; o Leste; o Médio Mearim, com seu extraordinário rebanho de gado de corte e de nelores; Grajaú, com seu polo gesseiro, e os Lençóis, com seu potencial turístico e toda uma gama de riquezas (…) Os municípios serão chamados, assim como o governo federal, para discutirmos o assunto. O governador Carlos Brandão, com quem estive recentemente, me garantiu que a Frente poderá contar com toda a estrutura governamental em suas ações”, destacou Arnaldo Melo.

O evento contou com a participação da presidente do Legislativo Estadual, deputada Iracema Vale (PSB), do ex-governador Zé Reinaldo Tavares, atual secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, e de representantes de órgãos dos governos federal e estadual.

“É preciso ter sensibilidade”, Brandão sobre o ‘mercado’ e a fala de Lula

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), nesta sexta-feira, dia 11, opinou sobre a reação do mercado à fala do presidente Lula, esta semana em Brasília, quando defendeu o aumento dos gastos públicos para combater a pobreza.

Carlos Brandão entende ser imperativo compreensão e sensibilidade nesse momento de esforço da ‘equipe de transição’ do governo Lula.

“Depois de tanto tempo sem aumento real do salário mínimo, o esforço da equipe de transição do governo federal para manter o auxílio de R$ 600 é a coisa certa a se fazer. O caminho do desenvolvimento passa tanto pelo equilíbrio econômico e fiscal quanto pelo combate à fome (…) É preciso ter sensibilidade. É claro que o bom governante precisa ter a máxima atenção ao equilíbrio das contas públicas, com responsabilidade e transparência. Mas deve também ser capaz de se sensibilizar e de priorizar o combate à fome.”, destacou o governador.

Durantes agenda política em Brasília esta semana, o presidente Lula em discurso no Centro Cultural do Banco do Brasil, local utilizado pela sua equipe de transição do governo, ele criticou o teto de gastos ao defender prioridade às demandas sociais e combate a pobreza e desigualdades no Brasil, o que desagradou o ‘mercado’.

“Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal desse País? Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gastos? Por que as mesmas pessoas que discutem teto de gastos com seriedade não discutem a questão social neste País?”, destacou Lula.

De acordo com o Blog da Andréia de Sadi, após a reação do mercado à fala de Lula, petistas e aliados do presidente eleito passaram defender a importância de área econômica do novo governo ter quadros diferentes nos principais postos.