
O presidente Lula (PT), se desculpou neste sábado, dia 22, em Portugal, pela ‘fala infeliz’ sobre pessoas com deficiência feita durante reunião em Brasília com governadores e outras autoridades, sobre ‘violência nas escolas’.
Entre os acordos assinados hoje entre Brasil e Portugal está o “intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência”.
“Entre os acordos que assinamos hoje em Lisboa, está a criação de mecanismos para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência, para Brasil e Portugal atuarem juntos na promoção de mais direitos para a população PCD (…) Destaco esse acordo também pois gostaria de pedir desculpas sobre uma fala que fiz na semana passada, durante reunião sobre violência nas escolas. Conversei e ouvi muitas pessoas nos últimos dias e não tenho vergonha de assumir que sigo aprendendo e buscando evoluir (…) É por isso que quero me retratar com toda a comunidade de pessoas com deficiência intelectual, com pessoas com questões relacionadas à saúde mental e com todos que foram atingidos de alguma maneira por minha fala (…) Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Tanto eu quanto nosso governo estamos abertos ao diálogo (…) Como presidente de um país com uma grande parcela da população de PCDs, estou disposto a aprender e fazer o possível para que todos se sintam incluídos e respeitados. É assim que avançamos enquanto pessoas, país e sociedade”, destacou Lula
Durante reunião na última terça-feira, dia 18, no Planalto, com ministros, governadores e chefes de outros poderes, para discutir ações para frear a violência nas escolas, Lula ao relacionar os ataques às escolas a vários problemas na sociedade, o presidente disse que pessoas com transtornos mentais têm “problema de desequilíbrio de parafuso”.
A fala de Lula foi considerada preconceituosa resultando em várias críticas, inclusive de entidades que trabalham com PCDs (Pessoas com Deficiências).