Desigualdade: Brasil concentra maior renda nas mãos de 1% da população mais rica

 

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Relatório da Desigualdade Global, da Escola de Economia de Paris, divulgado nesta segunda-feira (19) pela Folha de S.Paulo, revela que o Brasil é o país de maior fosso social entre ricos e pobres.

Segundo o estudo, 1% da população (cerca de 1,4 milhão de pessoas) concentra 28,3% dos rendimentos no país, com média de ganhos de R$ 140 mil por mês. De outro lado, os 50% mais pobres (71,2 milhões de pessoas) ficam com 13,9% – que representa menos da metade do 1% mais rico. Essa parcela tem, em média, ganhos de R$ 1,2 mil mensais.

Depois do Brasil e do Qatar, onde o 1% detém 29% da renda, os países que lideram a lista são Chile, Líbano, Emirados Árabes e Iraque.

Sem reduzir desigualdades, não haverá progresso no Brasil

 

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O Globo – A maioria dos brasileiros (86%) acredita que o progresso do Brasil está diretamente ligado à redução da desigualdade econômica entre ricos e pobres, 94% concordam que o imposto pago deve ser usado para beneficiar os mais pobres e 77% defendem o aumento de impostos para as pessoas muito ricas.

Esses são alguns dos resultados da segunda edição da pesquisa Oxfam/Datafolha, realizada em fevereiro com 2 mil brasileiros, de 130 cidades de todo o Brasil.

“Só avançaremos no combate às desigualdades se os temas do racismo, da discriminação de gênero e do respeito à diversidade tiverem a mesma urgência que os temas econômicos e fiscais”, afirma Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil.

“É fundamental que os temas sobre a disparidade da renda entre o topo e a base da pirâmide sejam tratados com a mesma urgência dadas às soluções econômicas e fiscais”, destacou Oded Grajew, presidente do conselho deliberativo da Oxfam Brasil.

Segundo a organização internacional, o levantamento indica que a sociedade brasileira percebe os problemas da distribuição de renda no país, mas ainda não compreende o real tamanho das desigualdades brasileiras.