STF suspende nomeação do amigo da família Bolsonaro para Direção da Polícia Federal

 

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Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal.

“Diante de todo o exposto, nos termos do artigo 7º, inciso III da Lei 12.016/2016, DEFIRO A MEDIDA LIMINAR para suspender a eficácia do Decreto de 27/4/2020 (DOU de 28/4/2020, Seção 2, p. 1) no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal”, diz trecho do despacho

Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro, foi escolhido pelo presidente da República para chefiar a PF, em substituição a Maurício Valeixo.

A demissão de Valeixo por Bolsonro levou à saída do então ministro da Justiça Sergio Moro, que acusa o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal.

(Informação G1)

Márcio Jerry chama escolha de Ramagem para PF de tentativa de uso político da instituição

 

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Deputado Federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) e o delegado Alexandre Ramada, no Diretor Geral da Polícia Federal

Como era esperado a escolha do delegado, Alexandre Ramagem, para Direção Geral da Polícia Federal, confirmada no D.O da União desta terça-feira (28), está causando várias reações e protestos de políticos.

Para o deputado, Márcio Jerry, vice-líder do PCdoB na Câmara Federal, a escolha do partidário e amigo da família do presidente é desrespeito à Polícia Federal e clara demonstração da intenção de aparelhamento da instituição para uso político.

A nomeação de Alexandre Ramagem como Diretor Geral da PF desrespeita a própria instituição e é uma demonstração clara da tentativa de aparelhamento ilegal da PF para uso político. Inaceitável. O Brasil não pode ficar a mercê dos filhos malfeitores de Jair Bolsonaro.

Alexandre Ramagem é íntimo da família Bolsonaro, principalmente do vereador Carlos Bolsonaro, ele estava na ABIN (Agencia Brasileira de Inteligencia) e foi coordenador da segurança do então candidato a presidência Jair Bolsonaro, inclusive quando do atentado em Minas Gerais, ele estava no evento político.