Governo do Maranhão solicita ações da Força Nacional e PF nas Terras Indígenas Arariboia

 

chico GonçalvesO Secretário de Direitos Humanos no Maranhão, Francisco Gonçalves, informou neste sábado (4), que o índio identificado como Antonio Filho encontrado baleado na área das Terras Indígenas Arariboia, está internado no Socorrão, na cidade de Imperatriz. O indígena que faz parte da tribo Gujajara foi alvejado com um tiro na cabeça.

O secretário Francisco Gonçalves solicitou ao Ministério da Justiça auxilio da Força Nacional e ações da Polícia Federal na região, para apurar a tentativa de homicídio do índio Antonio Filho e outros crimes na região.

arariboia

Na semana passada, o líder indígena e professor Zezico Rodrigues Guajajara foi encontrado morto, próximo a Aldeia Zutiuá no município de Arame, localizado a 476 km de São Luís. Ontem o Secretário de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves, informou que a Polícia Cível do Estado, identificou os autores e um relatório sobre o caso foi encaminhado à Polícia Federal que deve conduzir o inquérito que investiga o crime. O clima na aldeia é ainda tenso.

Indígenas denunciam assassinato de mais um índio no Maranhão

 

forum urgenteA Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), denunciou através das redes sociais sexta-feira (13), mais uma morte de índio no Maranhão. A vítima foi identificada como Dorivan, 28 anos, um jovem Guajajara da Terra Indígena Arariboia. Ele foi esquartejado a golpes de facão na cidade de Amarante. Uma outra pessoa também foi encontrado morta.

Abaixo a denuncia da APIB.

Um ataque desenfreado contra os povos indígenas vem tomando conta do Maranhão. O jovem Dorivan do povo Guajajara da Terra Indígena Arariboia foi encontrado morto e esquartejado na cidade de Amarante, Maranhão. Um crioulo não indígena também foi encotrado morto.

Em suas redes sociais, a liderança indígena Sonia Guajajara comenta a sequência de crimes brutais que vem tirando a vida do seu povo: “São muitas falácias, muitas versões, acusações, não interessa, ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém. Não é apenas um cenário de guerra, estamos num campo de batalha onde o ódio disseminado pelas forças políticas conservadoras, autoritárias, racistas são estimuladas pelo fascismo que já extrapolou todos os seus limites.

Essa já é o quarto assassinato registrado do povo Guajajara nos últimos meses. É preciso urgente de um basta. Vidas estão sendo tiradas e outras colocadas em risco em nome da ganância.”