O governo do Maranhão deu início a uma nova etapa de expansão da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), com a inauguração do prédio do Centro de Ciências da Saúde, no Campus Paulo VI, em São Luís, que abriga o curso de Medicina.
A construção do Centro de Ciências da Saúde do Curso de Medicina, da Uema, em São Luís, foi executada pelo governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), e teve um investimento de R$ 26.279.153,45.
O espaço oferece oportunidade de formação na área da saúde, com ensino de alta qualidade.
O complexo possui um total de 3.960,37 metros quadrados de área construída. Além do curso de Medicina, o local abrigará o curso de Psicologia, previsto para ser iniciado em 2026.
O governador Carlos Brandão (PSB), autorizou nesta terça-feira, dia 18, a implantação do curso de Medicina na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). O ato confirmando a nova graduação ocorreu no Campus Paulo VI, bairro Cidade Operária.
O governador visitou a área onde funcionará o Centro de Ciências da Saúde que vai abrigar a graduação e que já segue em obras. O anúncio marca as comemorações pelo Dia do Médico – 18 de Outubro.
“Uma data histórica. Hoje estamos iniciando a obra do prédio do curso de Medicina da UEMA. Uma grande conquista para o filho do trabalhador, que pode agora cursar esta graduação a custo zero. É um avanço muito grande. Com isso, fazemos um marco no Maranhão garantindo oportunidade às pessoas mais carentes a ter acesso a esse curso e ser um médico. Essa é mais uma das grandes conquistas sociais do nosso governo”, avaliou.
A implantação do curso de Medicina é um sonho antigo de uma geração de professores e alunos. A medida, além de muito importante e que muito contribui com a formação profissional, impactará ainda em um maior acesso à saúde, com a formação de novos médicos.
A previsão é que o curso de Medicina inicie em 2024, com vestibular em 2023, com a oferta de 100 alunos por ano, em sua primeira turma. A graduação em Medicina nas universidades públicas estaduais já é oferecida na UEMA de Caxias; e na UEMASUL, em Imperatriz.
Deputados Yglésio Moisés (PDT) e César Pires (PV) denunciaram transferências para Curso de Medicina de Caxias/Foto: Reprodução
Foi denunciado na Assembleia Legislativa do Maranhão na manhã desta quarta-feira (28), ‘transferências suspeitas’ de universitários que estudam medicina em países como Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai para o curso da UEMA (Universidade Estadual do Maranhão) em Caxias.
O caso chegou ao conhecimento dos parlamentares a partir de relatos de estudantes, professores e lideres estudantis. Segundo a denuncia, as prováveis irregularidades nas transferências estariam causando prejuízos ao curso e revolta na instituição.
Após ser tornado público através da tribuna da Assembleia pelos deputados Cesar Pires (PV) e Yglésio Moisés (PDT) foi solicitado a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que de imediato obteve 15 assinaturas, suficiente para ser protocolado junto à mesa diretora do Poder Legislativo Estadual.
O autor do pedido da CPI é o deputado Yglésio, que também é médico. De acordo com ele, o curso de medicina em Caxias tem capacidade para cerca de 35 vagas, mas já foram autorizadas 17 transferências. O objetivo da comissão será esclarecer como está se dando esse processo.
“Quando você tem 17 decisões no mesmo sentido, quando você tem todas as medidas liminares concedidas pelo mesmo magistrado em Caxias, que tem três Varas Cíveis.., nós começamos aqui a ver problema no curto horizonte”, disse Yglésio ao defender a CPI.
As transferências estão sendo autorizadas através de liminares determinadas pela Justiça em Caxias. Os beneficiados são brasileiros que cursam medicina em universidades particulares estrangeiras.