Comissão de Mulheres da OAB repudia femicídios no Maranhão

 

policial_esposa_sao_luis_2_-_arquivo_pessoal
Policial Carlos Eduardo Nunes e Bruna Lícia/Foto: Rerodução

A Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão, através da Comissão de Mulheres, se posicionou nesta segunda-feira (27), através de nota sobre o número de vítimas de feminicídio no Estado. Em 2019 foram registrados 48 casos, em 2018 foram 43.

Neste ano o caso de maior repercussão até o momento aconteceu no último sábado (25), em São Luís, e teve como vítima Bruna Lícia, morta a tiros junto com o suposto amante identificado como Wilian Santos, no bairro Vicente Fialho, o autor foi o policial militar, Carlos Eduardo Nunes, que se entregou logo após o crime.

Em depoimento o policial militar Carlos Eduardo Nunes deu sua versão sobre o ocorrido. Indiciado por femicídio ele disse que antes de praticar o duplo homicídio travou uma luta com as vítimas e pensou em se matar no interior do quarto, onde flagrou Bruna e Wilian na cama. Apesar de ainda estarem vivendo no apartamento, o policial informou que estava se separando de Bruna Lícia. Ele também confirmou a presença de uma terceira pessoa, que segundo ele, estava na sala quando chegou ao apartamento. Veja mais aqui no JP.

NOTA DE REPÚDIO DA OAB-MA

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão, por meio da Comissão da Mulher e da Advogada – CMA/MA, vem a público repudiar mais um crime de feminicídio e homicídio ocorrido no Estado.

Nesse sábado (25), mais uma mulher foi assassinada por seu companheiro, passando a integrar as estatísticas do crime de feminicídio do Estado. Em 2019, foram registrados 48 casos. Um aumento se comparado ao ano anterior, 2018, com 43 feminicídios. Em que pese viver-se no Século XXI, mais uma mulher é vítima da violência extremada que assola a nossa sociedade.

O feminicídio é a triste consequência do machismo alicerçado na naturalização de comportamentos, que fazem pessoas acreditarem que diferenças sexuais respaldam superioridade de um gênero sobre o outro. A vida humana é feita de dissabores e escolhas. Violência não é solução, tampouco justificativa para as frustrações vividas.

Diante tamanha atrocidade, não seremos complacentes com tamanho desrespeito à dignidade da pessoa humana e banalização da vida. Logo, REPUDIAMOS, de forma veemente, o ato brutal cometido pelo policial militar que tem direito à defesa e a um julgamento justo, assim como REPUDIAMOS todos os posicionamentos de culpabilização da vítima e que incentivam o julgamento e opressão do gênero.

Expressamos nossa solidariedade às famílias das vítimas, na certeza de que a justiça será feita, assim como da continuidade do combate às violências que depreciam o viver em sociedade.

Comissão da Mulher e da Advogada da OAB/MA

Assembleia Legislativa do Maranhão comemora campanha exitosa em defesa das mulheres

 

al-ma mulher
Foto: Reprodução

O deputado Othelino Neto (PCdoB), presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, comemorou o sucesso e repercussão da campanha produzida pela casa, em favor das mulheres e contra qualquer tipo de violência contra elas.

Lançada no último mês de março , quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, a campanha foi lançada e veiculada até abril em todos canais de TV e emissoras de Rádio. O projeto teve apoio do Grupo de Esposas de Deputados do Maranhão (Gedema) e Procuradoria da Mulher.

O objetivo da campanha foi alertar a sociedade sobre todas formas de violência contra a mulher, incentivando as vítimas a denunciar os agressores, destacando o número 180.

“Satisfeito com o alcance nacional da campanha institucional/publicitária contra o assédio e o feminicídio, idealizada pela Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão. É muito gratificante poder contribuir, de maneira mais ampla, para alertar a sociedade brasileira sobre as diversas formas de violência contra a mulher, incentivando-as a denunciar os agressores”, declarou Othelino Neto.

O diretor de Comunicação da Assembleia, Edwing Jinkings, falou da importância do Poder Legislativo abraçar a causa das mulheres, e ainda, incentivar o empoderamento delas.

“A Assembleia Legislativa do Maranhão levantou essa bandeira, sensível à crescente onda de violência que tem vitimado milhares de mulheres no Brasil. Também demos enfase ao empoderamento das mulheres com exemplos de destaque na sociedade, trabalho e na família. Mostramos que elas são fortes e não se intimidam, tudo isso em um minuto”, ressaltou Edwing Jinkings.