O prêmio Nobel da Paz de 2020 foi concedido ao Programa Mundial de Alimentos da ONU, cujo principal objetivo é combater a fome no mundo, com distribuição de alimentos para pessoas em vulnerabilidade.
Em média, 90 milhões de pessoas são atendidas pelo PMA em 80 países.
O anúncio foi por meio de live transmitida ao vivo do Grande Salão do Instituto Nobel, em Oslo, na Noruega, na manhã desta sexta-feira (9).
O Programa atua especialmente em situações de emergência e em países afetados por conflitos. Essas zonas têm mais risco de desnutrição, segundo a ONU.
A organização do Nobel destacou ainda que o programa já seria um merecedor sem a pandemia. No entanto, com a Covid-19, a comida está ainda menos disponível. (Informações Revista Fórum)
Chamado de “peça de manobra” pelo presidente Bolsonaro em discurso na ONU nesta terça-feira (24), em Nova York, o líder indígena Raoni foi lançado recentemente à disputa pelo Prêmio Nobel da Paz de 2020 por entidades indigenistas e ambientalistas.
Aos 89 anos, o cacique kaiapó Raoni Metuktire é um dos principais porta-vozes da causa indígena em todo o mundo. A irritação de Bolsonaro com Raoni se deu em razão de encontros esse dele com o presidente da França, Emmanuel Macron, e o Papa Francisco.
Com décadas de militância em defesa da preservação da floresta amazônica e dos povos indígenas, Raoni ganhou notoriedade internacional em 1987, quando se encontrou em São Paulo com o cantor inglês Sting. (Congresso em Foco).
Jornal GGN – O primeiro discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas despertou “pena do Brasil” no repórter Tom Phillips, correspondente do jornal The Guardian. No Twitter, ele escreveu que nem nos seus “piores pesadelos” os diplomatas brasileiros poderiam imaginar que o discurso seria tão “arrogante, cheio de bile e desastroso para o lugar do Brasil no mundo”.
Em artigo no The Guardian, Phillips acrescentou que a expectativa da comunidade internacional era de que Bolsonaro pudesse pelo menos adotar um “tom mais conciliatório” nesta primeira aparição na ONU. Mas foi só o presidente abrir a boca para que todos ficassem “desapontados”.
Bolsonaro abriu o discurso afirmando que estava apresentando ao mundo um “novo Brasil”. “Não é um Brasil do qual o mundo vai gostar muito”, disparou Phillips.
“Em seu discurso de 33 minutos – aparentemente escrito por alguns de seus conselheiros mais duros e falcões – Bolsonaro ofereceu um snapshot [resumo rápido] da administração introvertida, obcecada por conspiração e profundamente arrogante que agora governa a quarta maior democracia do mundo”, descreveu o repórter.
“Bolsonaro começou com um ataque Trumpiano aos males do socialismo que, segundo ele, quase dominou o Brasil sob o governo de centro-esquerda de seu inimigo Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida, ele atacou a França sob Emmanuel Macron e as ‘mentiras’ da mídia que supostamente faz ‘sensacionalismo’ sobre as queimadas em curso na Amazônia, que ele falsamente descreveu como uma região ‘praticamente intocada’”, acrescentou o jornalista.
“Para o deleite de seus apoiadores pentecostais da linha-dura, ele [Bolsonaro] se opôs aos progressistas politicamente corretos e ímpios” ao discursar sobre ideologia nas escolas e a “perversão” das crianças a partir da confusão sobre identidade de gênero, que deve definida pelo sexo biológico, na visão bolsonarista.
Segundo Phillips, foi com “muitos olhando perplexos” que Bolsonaro encerrou o discurso “com sua citação favorita da Bíblia: ‘Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’.”
“Os aplausos abafados não deixaram dúvidas de que muitos delegados mal podem esperar para se libertar do líder do Brasil.”
Em 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas promulgava a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Era uma resposta às atrocidades cometidas nas duas guerras mundiais, mas não só isso. Era o estabelecimento de um ideário arduamente construído durante pelo menos 2.500 anos visando a garantir para qualquer ser humano, em qualquer país e sob quaisquer circunstâncias, condições mínimas de sobrevivência e crescimento em ambiente de respeito e paz, igualdade e liberdade.
O caráter universal constituiu-se numa das principais novidades do documento, além da abrangência de sua temática, uma vez que países individualmente já haviam emitido peças de princípios ou textos legais firmando direitos fundamentais inerentes à condição humana.