A Federação PP e União Brasil pode não se concretizar

O Globo

Ainda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a federação entre União Brasil e PP, batizada de União Progressista, acumula baixas e conflitos locais que ameaçam sua viabilidade antes mesmo da formalização.

A promessa de unir duas legendas de perfil liberal-conservador para ampliar o espaço da direita no Congresso e construir um palanque robusto para 2026 transformou-se em um mosaico de disputas regionais, desfiliações e desconfiança entre dirigentes.

A federação, articulada pelos presidentes partidários Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União), enfrenta resistência interna e críticas públicas de líderes, como o governador Ronaldo Caiado (União-GO). Para esse grupo, a avaliação é que o projeto acabou amplificando rivalidades locais e acelerando saídas.

Dirigentes dos dois partidos reconhecem as dificuldades, mas avaliam que desfiliações e debandadas são naturais quando duas legendas grandes se unem e que, ao mesmo tempo que há saídas, novos quadros serão atraídos para os dois partidos.

“Foi uma decisão muito dura”, diz Fufuca após punição do PP

Do O Globo

O ministro do Esporte, André Fufuca, sinalizou a interlocutores que ainda vai tentar achar um acordo para permanecer no PP e ter o aval da sigla para apoiar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026.

O ministro foi punido pelo partido após decidir ficar no governo, mas ele avalia que até o ano que vem o cenário pode mudar.

“Foi uma decisão muito dura, afastar da vice-presidência nacional, afastar do diretório do meu estado. Não concordo, mas respeito. Vou ficar no Ministério, estou aqui hoje trabalhando, amanhã também teremos agenda”, disse o ministro ao participar de um evento da pasta que ele comanda.

O entendimento dele é que se Lula se mostrar competitivo para a disputa presidencial, o partido não vai proibir alguns estados de apoiar o petista, mesmo que a legenda esteja coligada nacionalmente com um candidato de oposição. 

Após ter sido punido pelo PP, Fufuca conversou com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que demonstrou solidariedade ao ministro e reiterou que o governo estava à disposição para auxiliar no projeto político de ser senador.

O presidente do partido também disse que tem apreço por Fufuca, mas indicou que precisava tomar uma decisão de se afastar do governo.

Em relação ao comando do diretório do Maranhão, a expectativa do ministro é que a deputada Amanda Gentil (PP-MA) assuma o cargo. Ela costuma votar a favor dos projetos de interesse do governo na Câmara, mas é considerada alinhada à cúpula nacional da legenda. 

Com a formalização da federação entre PP e União, a tendência é que o comando do grupo no estado fique com o líder do União, deputado Pedro Lucas Fernandes, que também tenta se viabilizar como candidato a senador e pode inviabilizar uma candidatura de Fufuca.

O ministro avalia que, mesmo com a perda do comando do diretório, se o deputado do União não pontuar bem nas pesquisas, ele não conseguirá garantir a candidatura ao Senado. Apesar de ter sido punido, o PP não abriu um processo de expulsão de Fufuca da legenda.

O partido de Fufuca e o União Brasil, que anunciaram uma federação para ganhar maior musculatura política nas próximas eleições, determinaram que todos os filiados com cargos ligados ao governo Lula devem ser desligados das suas funções, sob pena de serem expulsos das legendas. 

O movimento ocorre em meio às movimentações políticas para as eleições de 2026, pois os partidos do Centrão estão de olho em uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, à Presidência da República.

PP pune Fufuca, que deve permanecer no ministério dos Esportes

Como era esperado o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, anunciou a punição ao ministro dos Esportes, André Fufuca, após pronunciamento na agenda do presidente Lula (PT), na última segunda-feira, dia 6, em Imperatriz no Maranhão.

“Vou pagar com gratidão a quem sou grato. Voto em Lula”, diz Fufuca

Em nota, o PP diz que Fufuca perderá o comando da direção do partido no Maranhão e também será retirado do cargo de vice-presidente nacional do PP.

O ministro do Esporte, André Fufuca, decidiu continuar no governo Lula, mesmo sob forte pressão do seu partido para deixar o posto.

Fufuca tem até domingo, dia 5, para deixar ministério dos Esportes

Do O Globo

O ministro dos Esportes, André Fufuca, tem até o próximo domingo, dia 5, para deixar o cargo no governo Lula. O PP e o União Brasil, que devem formar uma federação, decidiram no início de setembro dar um prazo de um mês para que todos os filiados com cargos ligados ao governo federal saiam, sob pena de serem expulsos das legendas. 

Fufuca é deputado federal pelo Maranhão e, apesar de integrar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apoiar a reeleição do petista para o ano que vem, é um dos nomes considerados mais próximos do presidente do partido, o senador Ciro Nogueira (PI). 

Integrantes da legenda dizem que Nogueira e Fufuca conversaram sobre a decisão do partido de entregar os cargos no governo e disseram que Fufuca indicou que vai seguir a orientação da legenda e deixar o ministério até domingo, próximo do prazo dado pela legenda. Procurado, Fufuca não se manifestou.

Já o União Brasil resolveu se adiantar e determinou que o prazo para saída fosse antecipado para a sexta-feira da semana passada. O ministro do Turismo, Celso Sabino, que é deputado licenciado pelo União do Pará, já disse que comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vai pedir demissão, mas disse que vai ficar no comando da pasta até a próxima quinta-feira.

Sabino tenta emplacar sua aliada, a atual secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Machado Lopes, como sua sucessora. O cargo também é disputado pelo PT, que indicou preferência pelo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e pelo PDT, que deseja o deputado André Figueiredo (CE) no cargo.

A decisão do União Brasil de se adiantar e deixar o governo acontece pouco depois da veiculação de notícias que associam o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, ao crime organizado de São Paulo. De acordo com reportagens publicadas pelo UOL e pelo ICL, aeronaves de Rueda teriam sido usadas pelo PCC. 

O partido vê influência do governo em vazamentos de operações da Polícia Federal (PF) que miram Rueda.

PP pode perder Ministério dos Esportes, Caixa e Dnocs

Do O Globo

A discussão no PP sobre desembarque do governo, pode não ocorrer de imediato. Além do Ministério do Esporte, comandado por André Fufuca (PP-MA), a sigla é responsável por indicações que rendem dividendos eleitorais, como a Caixa, considerada uma joia sob influência do Centrão, e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão responsável por tocar projetos hídricos no Nordeste.

A saída da Esplanada tem sido defendida publicamente pelo presidente do partido, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro.

Uma reunião marcada pela cúpula do partido na próxima semana deve definir os rumos que a sigla deverá seguir. Irá pesar ainda a possibilidade de o PP finalmente selar uma federação com o União Brasil, o que também pode ser definido na semana que vem.

Presença da sigla na gestão federal — Foto: Editoria de Arte

ELEIÇÃO 2024: PP, Republicanos e União contra Lula em muitas cidades

Do O Globo

Os partidos PP, Republicanos e União Brasil juntos ocupam cinco ministérios no governo Lula, o que não garantirá que estarão nos mesmos palanques em 2024.

As três siglas do Centrão, não só apoiarão candidatos a prefeito contra o PT, como estrão ao lado de candidatos do PL de Jair Bolsonaro, em vários municípios prioritários.

Em dez cidades, entre elas, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, pelo menos um dos três partidos apoiarão candidatos bolsonaristas contra petistas.

O inverso pode ocorrer em disputas do Rio, Fortaleza e Recife. Nas outras cidades, ou há indefinição de cenário ou as legendas do Centrão estarão em alianças opostas às siglas do PL e do PT.

O União Brasil comanda Desenvolvimento Regional (Waldez Góes), Comunicações (Juscelino Filho) e Turismo (Celso Sabino), enquanto o Republicanos comanda Portos e Aeroportos (Silvio Costa Filho) e o PP, por sua vez, o Esporte (André Fufuca).

“Farei o meu melhor”, Fufuca sobre Ministério dos Esportes

Finalmente, o deputado federal, André Fufuca (PP-MA), vai ocupar uma pasta no governo de Lula. O parlamentar chega à esplanda dos ministérios como parte do acordo com o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara Federal, para garantir apoio ao governo no Congresso Nacional.

Nas redes sociais, o futuro ministro dos Esportes externou toda sua felicidade e agradeceu ao presidente Lula, pelo convite para integrar o governo. Ele substitui Ana Moser, ex-jogadora de voleibol, e simbolo do esporte brasileiro.

“Acabo de aceitar o convite feito pelo presidente Lula para assumir o Ministério do Esporte. Me sinto honrado pela oportunidade de contribuir para o desenvolvimento do esporte brasileiro e de trabalhar ainda mais pelo meu País (…) Agradeço ao presidente Lula pela confiança, aos parlamentares da bancada do Progressistas na Câmara dos Deputados pelo incondicional apoio e ao meu amado povo do Maranhão. Tenham certeza de que farei o meu melhor”, anunciou Fufuca.

Mesmo com apoio do PP para integrar o governo, a reação nas redes sociais sobre a substituição de Ana Moser por André Fufuca, continua gerando críticas a Lula e ao parlamentar. Aliado e homem de confiança de Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI), André Fufuca também é lembrado pelo voto no impeachment de Dilma Rousseff e a ligação forte com o ex-deputado Eduardo Cunha.

Além de Fufuca também passará a integrar o governo Lula, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) que vai para o Ministério de Portos e Aeroportos.

Com a chegada de André Fufuca na Esplanada dos Ministérios, o Maranhão passa ocupar quatro pastas no governo Lula, com: Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Jucelino Filho (Comunicações) e Sônia Guajajara (Povos Originários).

Ainda não há informações sobre a permanência de Ana Moser no governo, mas com sua saide, a equipe de Lula reduz ainda mais o número de mulheres nos ministérios.

Fufuca pode preparar o terno e a festa da posse no governo Lula

Do Metrópoles

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou nesta sexta-feira, dia 4, que o presidente Lula (PT), já decidiu que o deputado André Fufuca (PP-MA) assumirá um dos ministérios no seu governo.

“Já tem uma decisão do presidente Lula de trazer esses dois parlamentares, que representam duas bancadas importantes do Congresso. Mas, mais do que elas, podem atrair outros parlamentares, trazê-los para o governo, convidá-los para ocupar postos de ministérios”, declarou Padilha.