Eliziane quer Silvanei Vasques de volta à CPMI, preso hoje pela PF

A senadora, Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de Janeiro, disse nesta quarta-feira, dia 9, vai pedir o retorno do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso hoje pela Polícia Federal na Operação Constituição Cidadã.

Ele é investigado por interferência nas eleições de 2022. 

“Quando Silvinei esteve na comissão, mentiu de forma escancarada em várias linhas. Tivemos vários pontos que pudemos comprovar, inclusive no momento da oitiva dele. Na sequência, encaminhamos uma representação junto ao Ministério Público Federal, para que tomasse as devidas providências. Logo em seguida, conversei com o presidente [da CPMI], deputado Artur Maia e com a imprensa, [dizendo] que havia a necessidade de reconvocação do Silvinei. E hoje, mais do que nunca, a partir desta prisão, está clara a necessidade dessa reconvocação”, disse Eliziane. 

Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-diretor da PRF entrou na mira da CPMI em razão das blitze realizadas pela instituição nas estradas do Nordeste no 2º turno da eleeição presidencial.

“Cale a boca, respeite a comissão”, Eliziane para bolsonarista

Inicio das oitivas na ‘CPMI dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023’ revelou nesta terça-feira, dia 20, como deverá ser o embate entre governistas e bolsonaristas na apuração.

O bate-boca entre a relatora da CPMI e o deputado aconteceu durante questionamento sobre uma condenação penal contra o ex-diretor da PRF Silvinei Marques, quanto o parlamentar o parlamentar bolsonarista aos gritos mandou a senadora “calar a boca”. 

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi o primeiro a responder questionamentos dos senadores e deputados. Ele negou que direcionou fiscalização para o Nordeste durante o 2º turno das eleições de 2022 para beneficiar Bolsonaro.

O embate hoje na CPMI entre Eliziane Gama e o deputado bolsonarista, Eder Mauro (PL-PA), que não integra o colegiado, revelou o clima que deve nortear os trabalhos durante todo o trabalho da Comissão.

CPMI ouve ex-diretor da PRF sobre blitz no 2º turno da eleição

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro de 2023, começa nesta terça-feira, dia 20, ouvir depoimentos. Hoje quem prestará esclarecimentos à CPMI é o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.

Ele será inquirido como testemunha, a partir de requerimento apresentado pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Ela justificou sua iniciativa em relação às blitz ocorridas em rodovias federais em 30 de outubro de 2022, durante o 2º turno das eleição presidêncial.

“… pretende-se que as nossas atividades se iniciem com a dissecação dos fatos que norteiam importantes datas, consubstanciadas em oitivas e requerimentos de informações, a partir das quais se espera, como natural desdobramento, a investigação dos demais fatos elencados no requerimento que embasou a instauração desta CPMI…”, destaca Eliziane.

Investigado por improbidade administrativa em razão da acusação de pedir votos por meio de rede social para o então presidente Jair Bolsonaro, Vasques se aposentou no final do ano passado. Ele estava à frente da PRF desde abril de 2021.

A CPMI deverá analisar também hoje 21 requerimentos. Entre eles, a convocação do ex-ministro chefe do GSI, general Marco Edson Gonçalves Dias; do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha; e de Renato Martins Carrijo, perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), responsável pela elaboração do laudo sobre o exame do local onde foi encontrado artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro.

Silvanei Vasques é exonerado da direção-geral da PRF

Do Conjur

O presidente Jair Bolsonaro (PL), exonerou o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques. Ele é investigado pela Polícia Federal pelas ações realizadas nas eleições, quando policiais rodoviários federais pararam veículos de eleitores, mesmo com as operações proibidas pelo TSE.

A exoneração está no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (20/12), a 11 dias do fim do governo Bolsonaro.