Celso de Mello envia à PGR pedidos de impeachment do general Heleno

 

General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional/Foto: Reprodução

O ministro Celso de Mello, do STF, enviou nesta quinta-feira (28), à PGR (Procuradoria-Geral da República) três pedidos de impeachment contra o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

Os pedidos referem-se à nota, divulgada na semana passada, em que Heleno classificou de inconcebível o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro em notícia-crime no inquérito que analisa a suposta interferência do presidente na Polícia Federal. Heleno afirmou que a decisão sobre a solicitação pode ter “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

O deputado federal Marcelo Freixo, líder do PSOL na Câmara, anunciou a medida adotada pelo ministro Celso de Mello em tom de grande expectativa. Agora caberá ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, decidir o destino do general Augusto Heleno.

“Não atacou o Parlamento quando aumentou o salário dele de militar da reserva”, Maia para Heleno

 

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Deputado Federal Rodrigo Maia (Presidente da Câmara) e general Augusto Heleno (ministro da Segurança Institucional)

O presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara Federal, respondeu à proposta do general Augusto Heleno, ministro da Segurança Institucional, que sugeriu endurecer o jogo com o Congresso.

A fala do general foi revelada pelo jornal O globo, e teria sido dada na presença de Paulo Guedes (ministro Economia) e Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

“Nós não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo. Foda-se”, sugeriu Heleno ao governo.

Rodrigo Maia lamentou a declaração do general Heleno e sua opinião sobre o Parlamento. Para ele, pela idade de Augusto Heleno, e para agir com equilíbrio e menos como um adolescente.

“.. na vida, quando a gente vai ficando mais velho, a gente vai ganhando equilíbrio, experiência e paciência. O ministro, pelo jeito, está ficando mais velho e está falando como um jovem, um estudante no auge da sua juventude. É uma pena que o ministro.., tenha se transformado num radical ideológico contra a democracia. Muito triste. Ele não atacou o parlamento quando votou o aumento do salário dele como militar da reserva..”, destacou Rodrigo Maia.