“Chega de confusão. O Brasil não merece isso”, Dino sobre calendário de vacinação

O Ministério da Saúde mudou na noite de ontem, quinta-feira, dia 18, o cronograma de vacinação contra Covid-19, que havia sido informado e acertado durante reunião com governadores na última quarta-feira, e anunciada para próxima semana aos Estados.

De acordo com o cronograma inicial, o Maranhão receberia cerca de 386.546 mil novas doses de vacinas, quantidade divulgado pelo secretário Carlos Lula, conforme informou o Ministério da Saúde, e que deverá mudar.

Nas redes sociais o governador Flávio Dino lamentou a mudança no calendário.

“Ontem foi anunciado um calendário nacional de vacinação. Hoje já mudou. Realmente assim é muito difícil. Precisamos de quantitativos e datas claras. Chega de confusão. O Brasil não merece isso”, disse Flávio Dino.

De acordo com o governo federal o motivo da mudança no cronograma é em razão da quantidade de doses que receberia que seria de 9,3 milhões, mas apenas 30% do total acordado para fevereiro foram disponibilizados, cerca de 2,7 milhões de doses do Instituto Butantan. O sec. Executivo Elcio Franco comentou a decisão.

Dino e Eliziane criticam Bolsonaro por desautorizar compra da vacina Chinesa Chinovac

O presidente Jair Bolsonaro incomodado com o lucro político do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), pré-candidato a presidente em 2022, desautorizou nesta quarta-feira, dia 21, o ministério da Saúde, comprar a vacina chinesa Chinovac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.

A decisão de Bolsonaro ocorre um dia após o ministro Pazuello, anunciar a compra de 46 milhões de doses da vacina junto ao governo de São Paulo.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que ontem participou da reunião dos governadores com o ministério da Saúde, para tratar das vacinas, reagiu à decisão do presidente Bolsonaro, dizendo que ele só pensa em “palanque e guerra”. Ele também defendeu que os governadores procurem o Congresso Nacional e a Justiça, para garantir o aceso da população à vacina.

“Bolsonaro agora quer fazer a “guerra das vacinas”. Só pensa em palanque e guerra. Será que ele não quer jogar War ou videogame com Trump ? Enquanto jogasse, ele não atrapalharia os que querem tratar com seriedade os problemas da população(..) Não queremos uma nova guerra na Federação. Mas, com certeza os governadores irão ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário para garantir o acesso da população a todas as vacinas que forem eficazes e seguras. Saúde é um bem maior do que disputas ideológicas ou eleitorais”, destacou Dino no twitter.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), também lamentou a decisão do governo Bolsonara. Para ela, é ‘estupidez’ e ‘irresponsabilidade’ desprezar e politizar uma vacina eficaz só por causa do país que produz.

“A decisão de desautorizar o Ministério da Saúde a comprar a vacina chinesa contra o Coronavírus beira a estupidez. Desprezar uma vacina eficaz apenas em razão do país q/ a produz é menosprezar a vida. Queremos a cura da doença. Politizar saúde pública é irresponsabilidade”, disse Eliziane.

O presidente Bolsonaro não esconde de ninguém sua prioridade com as eleições 2022. Ele é o próprio ‘pragmatismo político’ em nome da permanência no poder’.