MA registra queda de crimes violentos e latrocínios de janeiro a maio

O Maranhão reduziu, entre os meses de janeiro e maio deste ano, o índice de crimes violentos letais intencionais (que engloba homicídio doloso, latrocínio, feminicídio e lesão corporal seguida de morte) em 1,5%, com queda expressiva de 26,5% só na taxa de latrocínio (roubo seguido de morte).

Os crimes violentos letais intencionais caíram em parte das 22 regionais do estado. No total, 10 registraram diminuição: Imperatriz (51%), Barreirinhas (47%), Timon (38%), Barra do Corda (32%), Codó (31%), Presidente Dutra (21%), Pinheiro (20%), Itapecuru-Mirim (16%), Açailândia (5%) e Zé Doca (4%). Regionais de Santa Inês e Bacabal mantiveram índices estáveis.

No último mês, quando analisado isoladamente, o Maranhão demonstrou redução, especialmente, no índice de feminicídio e roubo seguido de morte, este último saindo de 13 casos em maio de 2024 para 1 caso em maio deste ano.

Na Grande Ilha, região que abrange a capital São Luís e os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, o resultado também foi positivo: Não houve registro de latrocínio nem de lesão corporal seguida de morte.

São Luís, sozinha, experimentou quedas ainda mais consistentes no último mês. Houve redução de aproximadamente 37% no número de crimes violentos letais intencionais em comparação com maio de 2024.A queda foi puxada pela diminuição de mais de 15% de casos de homicídios dolosos.

Queda nos casos de feminicídio

O crime de feminicídio também retrocedeu nos primeiros cinco meses do ano no estado, a queda foi de 8%, passando de 25 para 23 ocorrências. Em São Luís, a redução foi de 4 para 2 feminicídios.

Fique por dentro

O estado também registrou, entre janeiro e maio deste ano, reduções de crimes patrimoniais, resultado da intensificação do policiamento ostensivo e das investigações, do cumprimento dos mandados judiciais entre outras ações que utilizam do constante monitoramento e de estratégias de inteligência.

O Brasil registrou, em 2024, redução de 6,33% nos homicídios dolosos em relação ao ano anterior. Foram 35.365 vítimas, frente a 37.754 em 2023. O crime de latrocínio também teve redução, de 1,65%.

Ao mesmo tempo, a taxa de apreensão de drogas aumentou: a cocaína teve alta de 5,57% (cerca de 137 toneladas) e a maconha, de 9,93% (mais de 1,4 mil toneladas). No mesmo período, o investimento do Governo Federal em segurança foi de R$ 2,4 bilhões, por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

Esses são alguns dos principais destaques do Mapa da Segurança Pública 2025, divulgado, nesta quarta-feira (11), pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com base em dados fornecidos pelos estados e pelo Distrito Federal ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

Combate à violência contra a mulher

A violência contra a mulher segue como tema central das ações do MJSP. Uma nova portaria estabeleceu que, desde 2024, 10% dos recursos do FNSP devem ser obrigatoriamente aplicados no enfrentamento à violência de gênero.

O ano de 2024 registrou:

– 2.422 homicídios de mulheres

– 1.459 feminicídios

– 71.834 casos de estupro de mulheres — média de 196 por dia

Corrida contra o Feminicídio encerra VII Semana de Conscientização

Realizada na Avenida Litorânea, em São Luís, neste domingo, dia 24, a Corrida de Combate ao Feminicídio, evento que marcou o encerramento da VII Semana de Combate ao Feminicídio, promovida pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) do Maranhão.

Com o tema “Acreditar que pode ser diferente”, a semana dedicada à conscientização sobre o feminicídio foi uma realização conjunta da Polícia Civil do Maranhão, com apoio da Secretaria de Estado da Mulher (Semu), Casa da Mulher Brasileira, ONG Somos Todos Marianas, além de diversos órgãos e entidades que compõem a Rede de Proteção à Mulher. O patrocínio da iniciativa privada também foi fundamental para o sucesso do evento.

A corrida contou com a participação de 500 inscritos, divididos em dois percursos: 5 km e 10 km, com largada na Praça do Pescador. Mais do que uma competição esportiva, o evento teve como objetivo sensibilizar a comunidade maranhense sobre as diversas formas de violência contra a mulher, incentivando o apoio às vítimas e o processo de denúncia.

O combate ao feminicídio e outras formas de violência de gênero foram as prioridades.

Lucas Porto pega 39 anos de prisão pela morte de Mariana Costa

Do G1

O empresário Lucas Leite Ribeiro Porto, foi condenado na madrugada desta segunda-feira, dia 5, pela morte e estupro da publicitária Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto, sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney.

Ele pegou 30 anos de prisão por homicídio com quatro qualificadoras (feminicidio, asfixia, impossibilidade de defesa e ocultação de provas) e 9 anos de prisão por estupro, totalizando a pena de 39 anos de reclusão em regime inicialmente fechado.

O juiz, José Ribamar Goulart Heluy Júnior, que presidiu o julgamento negou a Lucas Porto recorrer da decisão em liberdade e que o fato de estar preso há quatro anos não é relevante para diminuir a pena.

A defesa de Lucas Porto informou após o julgamento que vai recorrer do resultado do julgamento que durou seis dias.

Jefferson Portela avisa sociedade e integrantes da Segurança que feminicídio é crime

 

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Jefferson Portela, Secretario de Segurança do Estado/Foto: Reprodução

As mortes violentas de Bruna Lícia e Wilian Santos ocorridas no último sábado (25), no bairro do Vicente Fialho, em São Luís, cuja autoria são atribuídas ao policial militar Carlos Eduardo Nunes, que se encontra preso no Comando Geral da PM, ainda repercute muito no estado.

Nas redes sociais a tragédia que acabou com as vidas de duas pessoas e mudou para sempre a de outra recebeu apoios de homens e mulheres inclusive de integrantes do Sistema de Segurança. Também na internet o Secretario Jefferson Portela (Segurança do Estado), lembrou que femicídio é crime e deve ser tratado assim por todos, principalmente integrantes do Sistema de Segurança.

”Feminicídio é crime e como tal deve ser tratado por todos os integrantes do Sistema de Segurança. Informo que foi instaurado procedimento para apurar a conduta do Soldado PM Tiago de Jesus”, destacou Jefferson Portela no twitter.

Nesta segunda-feira (27), detalhes do depoimento de Carlos Eduardo tiveram destaque nos meios de comunicação oficiais e redes sociais. O acusado que se entregou e confessou o crime logo após, sendo um deles enquadrado com femicídio, no depoimento tenta afastar a possibilidade de ter premeditado a ação. A prisão do acusado foi transformada em preventiva.

A Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão, através da Comissão de Mulheres, se posicionou em repúdio aos crimes de femicídio no Maranhão.

Policia esclarece morte da professora Rosiane Costa em São Luís

 

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Professora Rosiane Costa, 45 anos/Foto: Reprodução

A Polícia do Maranhão apresentou nesta quarta-feira (22), na capital maranhense, Marcio Jorge Lago Marques, acusado de assassinar a professora Rosiane Costa, 45 anos, cujo o corpo foi encontrado dentro do campus da UFMA(Universidade Federal do Maranhão).

A professora foi encontrado no inicio da manhã do último dia 13 de maio, ao lado da TV UFMA por uma funcionária da instituição.

Ao confessar o crime à polícia disse que cometeu por causa de uma divida de R$ 2.500, e estava sendo cobrado pela dívida, e ainda, decidiu abandonar o corpo da professora Roseane na Universidade, porque em seguida aproveitaria para buscar a esposa na UPA da área Itaqui Bacanga.

Segundo a polícia autor e vitima se conheceram na rede social Badu. Chegaram a manter um relacionamento, mas atualmente a única ligação que havia entre eles era a dívida. De acordo com a delegada, Viviane Fontinele, 20 minutos após abandonar o corpo da professora, o acusado foi a um Supermercado, onde fez compras no valor de R$ 600 e sacou R$ 1 mil, com o cartão da vítima.

Ainda segundo as investigações, havia cerca de R$ 12 mil na conta da professora, que vinha sendo gasto e sacado por Marcio Jorge em terminais de auto-atendimento desde o dia do crime. Ele foi preso na noite de ontem terça-feira (21), na Avenida Litorânea. Para a polícia o acusado já sabia que estava sendo procurado.

Abaixo o áudio em que a delegada Viviane Fontelle narra os detalhes do crime.