Dino vota contra posição de Moraes em casos relacionados a TV Globo

Do Metrópoles

O ministro do STF, Flávio Dino, contrariando o entendimento de vários colegas, entre eles, Alexandre de Mores, votou favoravelmente à Procuradoria da Fazenda Nacional, em ações relacionadas a emissora Globo e artistas.

Nos últimos anos, o fisco vem autuando e aplicando multas a artistas da Globo por entender que eles sonegaram impostos por meio de contratos firmados entre suas empresas e a emissora para prestação de serviços artísticos.

Como as pessoas jurídicas estão sujeitas a alíquotas de imposto de renda inferiores aos 27,5% das pessoas físicas com rendimentos mais elevados, a Receita considerou que os alvos das autuações deixaram de pagar tributos.

Flávio Dino votou contra a Globo ao avaliar recurso da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que pretende reverter uma decisão de Alexandre de Moraes favorável à emissora, tomada em fevereiro.

Dino se posicionou a favor do recurso da PGFN e contra o pedido da Globo na reclamação ao STF.

Delação de Dario Messer contra Globo une Bolsonaristas e petistas

 

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A declaração do doleiro Dario Messer, em delação premiada, de que mandava um funcionário de duas a três vezes por mês à sede da TV Globo, no Rio, para entregar dólares à família Marinho uniu petistas e bolsonaristas nos ataques à emissora carioca.

O depoimento foi divulgado pela revista Veja. Conhecido como o “doleiro dos doleiros”, pelo valor que movimentava, Messer afirmou que repassava de US$ 50 mil a US$ 300 mil desde 1990 para filhos de Roberto Marinho.

A família negou conhecer o doleiro e ter se valido desse tipo de prática. O presidente Jair Bolsonaro foi ao Twitter e fez uma estimativa de que a Globo teria recebido do doleiro mais de R$ 1,7 bilhões em 30 anos. O assunto virou um dos mais comentados nas redes, unindo tanto apoiadores de Bolsonaro quanto do ex-presidente Lula, também críticos à maior emissora do país.

Messer afirmou que entregava dólares no Brasil e os Marinho repassavam para ele através de contas no exterior, que seriam comandadas por Celso Barizon, gerente de uma conta dos Marinho no Banco Safra.

Segundo o doleiro, os destinatários dos repasses eram os irmãos Roberto Irineu (presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo). Messer não apresentou prova de suas declarações.

A Globo negou qualquer envolvimento com o doleiro. “A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras”, afirmou o grupo.

Para diminuir a punição, Messer aceitou devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos. O maior valor já negociado em uma delação premiada no país. Deputados petistas também foram às redes para criticar a Globo, que, segundo eles, encampou discursos de delatores sem provas contra o ex-presidente Lula para condená-lo na Justiça. Um deles foi o deputado Rogério Correia (PT-MG). (Informações Congresso em Foco)

Editorial da Globo diz que ‘imprensa livre’ que Bolsonaro defende é aquela que o bajule

 

bolsonaro e globo
Foto: Reprodução

Parceia da Lava Jato de Sérgio Moro que propiciou uma campanha sistemática contra a esquerda, principalmente o PT e Lula, e que influenciou diretamente no resultado das eleições em 2018, o Grupo Globo, em editorial nesta terça-feira (5), critica duramente Jair Bolsonaro por decretar guerra à família Marinho após a reportagem que o liga à morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Sobre a imprensa que o presidente Jair Bolsonaro defende e quer, segundo o editorial, é aquela que  “apenas o bajule e que não busque noticiar os fatos como eles são, mas como ele gostaria que fossem”.

Ainda no editorial o Sistema Globo acusa Jair Bolsonaro como presidente de não possuir valores democráticos básicos.

“Chamá-los de patifes, canalhas e porcos não diz nada deles, mas muito dos valores de quem profere insultos tão indignos. É preciso repudiar tal atitude do presidente da forma mais veemente possível e denunciá-la como a de um homem que, hoje não se tem mais ilusões, não comunga dos valores democráticos mais básicos”, afirma o editorial.

Aqui o editorial na íntegra

“Se fizer jornalismo, a Globo conseguirá ressuscitar a denúncia…”

 

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Foto: Reprodução

Por Luís Nassif

No impeachment de Fernando Collor, a peça chave foi o motorista Eriberto. Ele apareceu em uma reportagem da IstoÉ. Em seguida foi escondido por um jornalista em seu sítio, porque sabia-se que era personagem chave. Foi central no impeachment.

Os Organizações Globo cometeram seu segundo grande erro de cobertura, fruto do descuido com a própria força. O primeiro, foi a tentativa de derrubar Michel Temer no episódio JBS. O segundo, agora, em cima de uma cobertura descuidada. Fiaram-se no inquérito que lhes foi vazado parcialmente. E não cuidaram sequer de checar os fatos com o próprio porteiro, e demais porteiros e moradores do condomínio de Bolsonaro.

É o vício do jornalismo prato pronto, herdado da Lava Jato, que transformou a imprensa em mera publicadora de releases. Agora, é tratar de ressuscitar o morto, o jornalismo.

Tem-se um ponto central de raciocínio.

  1. Na visita de Élcio Queiroz ao condomínio, o porteiro colocou o número da casa de Bolsonaro na planilha antes de acontecer o assassinato de Marielle.
  2. Há duas explicações para o cochilo de ter confundido as casas de Bolsonaro e de Ronnie Lessa, o suposto assassino. Ou as reuniões foram programadas em conjunto. Ou havia um mesmo grupos de pessoas que visitava ambas as casas.

O caminho correto da reportagem deveria ter sido a de ouvir não apenas o porteiro, mas outros porteiros e moradores do prédio.

Aí, saberiam dos seguintes fatos, que me foram passados por fonte fidedigna, com acesso ao condomínio.

  1. O condomínio abriu mão de interfones, por ser caro e por problemas de instalação. Optou-se por telefonar ou para o celular ou para o telefone fixo de cada proprietário.
  2. No caso de Bolsonaro, as ligações são para o próprio celular de Bolsonaro. E é ele quem atende. O que significa que a versão do porteiro não era descabida. Ou seja, o fato de estar em Brasilia não o impedia de atender o telefone.
  3. Carlos Bolsonaro, o Carluxo, também recebe os recados pelo celular. Em geral, fica pouco no condomínio, pois prefere permanece em seu apartamento na zona sul. Mas porteiros ouvidos por moradores sustentam que, naquele dia, ele estava no condomínio.
  4. O porteiro do depoimento está de férias. Mas moradores do condomínio foram, por conta própria, conversar com os demais porteiros. E eles garantiram que a ligação foi feita para Bolsonaro mesmo.

O sistema eletrônico diz que a ligação foi para Ronnie Lessa. Tem que se buscar as razões para esse desencontro. O porteiro pode ter ligado para Bolsonaro, que lhe disse para ligar diretamente para Ronnie Lessa, por exemplo. O próprio Elcio Queiroz pode ter corrigido o porteiro.

Agora, uma reportagem mal feita colocou porteiro e porteiros à mercê de Sérgio Moro e Augusto Aras, que se transformaram no grande braço de Jair Bolsonaro

Há tempo de se tentar salvar a reportagem.

Ô loco meu! A qual ‘imbecil’ Faustão se referio?

 

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Faustão/Foto: Reprodução

A quem o apresentador Fausto Silva, da TV Globo, se referia quando disse a seguinte frase em seu programa nesse domingo:

“O imbecil que ‘tá’ lá e não devia ‘tá’, pode ser até honesto, mas é um idiota que ‘tá’ ferrando todo mundo. Você paga imposto, e o que recebe? Vamos ver se estes novos ares vão mudar. Vamos ver. Tem de rezar para dar certo, não adianta rezar para dar errado”?

Como ele não citou nomes, a dúvida levou o nome de Faustão ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter na noite de ontem. Os usuários se dividiram. Parte entendeu que o apresentador se referia ao presidente Jair Bolsonaro; outros disseram que ele falava do ex-presidente Michel Temer.

O programa foi gravado em novembro, mas àquela altura já se sabia que Bolsonaro seria o presidente quando o quadro fosse ao ar. Também houve a interpretação de que Faustão transmitia um recado duro da TV Globo, alvo de ataques da família Bolsonaro, ao novo presidente.

O apresentador disparou em meio ao comentário da atriz Sophie Charlotte que defendeu a valorização do Carnaval e da Amazônia no país. Faustão fez a seguinte introdução antes de citar “o imbecil que ‘tá’ lá e não devia ‘tá’”:

“O que acontece: o brasileiro, na hora do Carnaval, na hora da Seleção, é um povo que tem união, solidariedade e uma integração. Por que isso não acontece nas coisas sérias? Lutar por educação, por saúde pública, contra a corrupção, contra a incompetência, que é uma forma de corrupção?”.

(Do Congresso em Foco)