Perguntar não é crime e nem ofende, mas quem é ‘o pessoal’ Dallagnol?

 

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VazaJato divulga primeiro áudio e desmonta contestação de Deltan Dallagnol/Foto: Reprodução

Áudio mostra o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, informando outros procuradores da força-tarefa sobre decisão do ministro Luiz Fux, derrubando decisão de Ricardo Lewandowski, que liberava entrevista de Lula. Na mensagem Dallagnol pede que eles não divulguem a decisão para a defesa não ter tempo de recorrer.

https://youtu.be/4XgIIfshv9o

Rodrigo Maia não vê diferença entre vazamentos de Moro e da Vaza Jato

 

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Deputado Rodrigo Maia, Presidente da Câmara Federal/Foto: Reprodução

O Presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou nesta sexta-feira (5), em entrevista à Rádio Jovem Pan, ser a favor da publicação das mensagens de posse do The Intercept Brasi, sobre conversas do ex-juiz Sérgio Moro e os membros da Lava Jato.

— Quando é para beneficiar um lado, é bacana, mas quando é para beneficiar o outro lado, aí não pode? Um vazamento de um documento sigiloso que foi entregue por um agente público a um jornalista é pior do que um hacker vazar uma informação? — declarou Rodrigo Maia.

Desembargador diz que ‘latim’ de Moro deve ser da ‘internet ou citação de algum gaiato’

 

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O desembargador Siro Darlan de Oliveira e o x-juiz Sérgio Moro/Foto: Reprodução

Brasil 247 – O desembargador Siro Darlan de Oliveira fez uma postagem no Facebook onde aponta que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, errou em citação em latim que fez neste domingo (24); “Moro, para zombar de suas conversações WhatsApp com o procurador Dallagnol, errou a lição de latim”, disse.

Veja a postagem completa: 

O juiz Sérgio Moro, para zombar de suas conversações WhatsApp com o procurador Dallagnol, errou a lição de latim. Disse uma mentira literária, ainda que desvendada só por um espírito bizantino e levemente inútil como o meu.

Um pouco de cultura como diz o juiz, cultura não aprendida na Internet ou em coletâneas de citações latinas publicadas por algum togado ou algum professor universitário gaiato que talvez nem conheça uma conjugação em latim. Nos meus semestres de latim na Université de Perpignan, na França, frequentei um pouco lugares-comuns da Ars Poetica, de Horácio, no original, em exercícios de classe de latim.

A citação de Moro não é “direto de Horácio”, é direto da Internet ou de algum livrinho de citação. A lição, que faz autoridade, desse trecho de Horácio ostenta o futuro “parturient”, e não o presente “parturiunt” como escreve o curitibano. Horácio responde à questão: “Quid dignum […] feret?”. O futuro se impõe para se coadunar com o futuro usado na pergunta.

A citação com “parturiunt” (presente) convive na Internet e em alguns autores com o que Horácio realmente escreveu, “parturient” (futuro), porque, fora de contexto, como uma citação extraída de seu espaço semântico-poético, usada enquanto referência isolada, aceita bem o presente. Trata-se duma infidelidade para fins de citação. Pode-se fazer essa infidelidade. Como tantos outros professores, não a condeno, mas não se deve usar a ênfase arrogante, vaidosa e pseudoerudita: “direto de Horácio”. Direto de Horácio é “Parturient montes, nascetur ridiculus mus”, e não “Parturiunt…”, versão adulterada por antologias de citações.