Justiça do Maranhão atendeu o Ministério Público e suspendeu pré-Revéillon em Rosário, Bacabeira e Santa Rita que ocorreriam nos dias 29 e 30 de dezembro. O objetivo é impedir o aumento da proliferação do coronavírus.
Em Santa Rita, a juíza Jaqueline Rodrigues da Cunha suspendeu o “Pré-Réveillon com a presença do cantor Tarcísio do Acordeon”, marcado para nesta terça, 29.
Em Rosário, a juíza Karine Lopes de Castro, acionou os Municípios de Bacabeira e Rosário e o organizador do evento, responsável pela realização da festa Pré-Réveillon Celebration, marcada para 30 de dezembro.
Representantes das empresas Oil Group e Axens e do governo do Maranhão, visitaram esta semana, a área onde deverá ser instalada refinaria no Maranhão.
“Iniciamos o diálogo com a Oil Group em 2017. Em todo este percurso, buscamos trazer para o Maranhão investimentos que possam efetivamente agregar à indústria de petróleo local e nacional, além de aumentar a competitividade e o abastecimento”, destacou Simplício Araújo, secretário de Indústria e Comércio.
O investimento no projeto visa diminuir custos logísticos, potencializar a produção e fomentar a economia do Maranhão e do Brasil.
Estão previstos nas seis unidades planejadas em todo o País investimento de US$ 2 bilhões. No Maranhão, a previsão é de US$ 300 milhões.
A Oil Group atua em outras partes do Brasil, como por exemplo Sergipe.
A atração de investimentos da empresa deve-se, em parte, pela localização estratégica do Maranhão, que favorece a logística em relação aos portos situados no sul do Brasil, principal acesso para combustíveis destinados a grande parte do país.
Os portos maranhenses contam com o melhor calado do arco norte liderados pelo Porto de Itaqui e estão estrategicamente próximos ao golfo do México, grandes descobertas da Guiana e entre potenciais bacias petrolíferas da margem equatorial brasileira como Foz do Amazonas, Pará-Maranhão e Barreirinhas.
Prefeitura de Bacabeira é alvo de investigação sobre superfaturamento e simulação de compra de EPIs e respiradores — Foto: Divulgação/PF
A Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal no Maranhão, com o apoio da Controladoria Geral da União – CGU, amanheceram nesta quarta-feira (5), nos municipios maranhenses de Bacabeira, Santa Rita e Miranda do Norte.
O objetivo da operação “FALSA ESPERANÇA”, é desarticular fraude em licitações e desvio de recursos públicos federais, que deveriam ser usados no enfrentamento do novo coronavírus.
Santa Rita é administrada pelo prefeito Hilton Gonçalo. Bacabeira pela esposa de Hilton, Fernanda Gonçalo e Miranda do Norte por Carlos Eduardo Fonseca Belfort, o Negão.
Durante a investigação, foram verificados indícios de superfaturamento de equipamentos de proteção individuais (EPI’s) e de simulação na compra de respiradores pulmonares, que apesar do pagamento antecipado pelas prefeituras.
Todas as aquisições foram realizadas com uma única empresa, em Paço do Lumiar, que nunca havia atuado no ramo médico hospitalar. A investigação revelou que a empresa não tinha nenhum empregado e atuava com a comercialização de acessórios para instalação de aparelhos de ar-condicionado e de energia solar. A empresa tinha um total de 69 atividades secundárias, que variavam desde a confecção de vestuário, segurança privada e até produção musical.
Cerca de 50 policiais federais cumprem quatro Mandados de Prisão Temporária, e 13 Mandados de Busca e Apreensão, além do sequestro de bens e bloqueio de contas dos investigados, tendo as ordens judiciais sido determinadas pela 1ª Vara Federal de São Luís/MA.
Se confirmadas as suspeitas, os investigados responderão pelos crimes de peculato (Art. 312, caput, do CPB), falsidade ideológica (Art. 299, do CPB), fraude em processo licitatório (Art. 90 da Lei nº 8.666/93), superfaturamento na venda de bens (Art. 96, I da Lei nº 8.666/93) e associação criminosa (Art. 288 do CPB).
As ordens judiciais foram cumpridas em 06 cidades do Maranhão (São Luís, São José do Ribamar, Paço do Lumiar, Bacabeira, Santa Rita e Miranda do Norte).
A Operação foi denominada “FALSA ESPERANÇA” em referência a expectativa criada na população dos municípios de que as gestões municipais teriam adquirido de forma lícita equipamentos contra a COVID-19, e que, ao fim, nunca chegaram a ser efetivamente entregues.