General alertou Bolsonaro que golpe causaria 30 anos de ditadura

Do UOL

O ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, disse na sua delação que o então comandante do Exército, general Freire Gomes, alertou Jair Bolsonaro que a assinatura de um decreto para mantê-lo no poder levaria a um regime autoritário por “20, 30 anos”.

Mauro Cid deu detalhes como foi a conversa entre Bolsonaro e os chefes das Forças Armadas, quando foi apresentada a proposta de manter Bolsonaro no poder após ser derrotado por Lula.

“E o general falou: tudo que acontecer aqui vai ser um regime autoritário durante os próximos 20, 30 anos. O sr. manda fazer uma eleição, o sr. ganha uma eleição na força e aí como fica a comunidade internacional? O Congresso como é que vai ser? Em 2026 quando o sr. sair? Vai acabar o sr. vai estar preso no outro dia”

Alexandre de Moraes concede liberdade provisória para Mauro Cid

Do G1

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, homologou neste sábado, dia 9, o acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ministro também concedeu liberdade provisória a Cid, com cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, limitação de sair de casa aos fins de semana e também à noite, e afastamento das funções no Exército.

PF avança em investigações no caso da morte de Marielle Franco

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram nesta segunda-feira, dia 24, a Operação Élpis, que apura as mortes da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, e tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

A operação é desdobramento da delação Élcio Queiroz acusado de participar da execução junto com Ronnie Lessa, ambos estão presos no Sistema Prisional Federal, o crime já completou cinco anos.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse durante coletiva de imprensa que Élcio confirmou que dirigiu o carro usado no crime e Ronnie foi o responsável pelos disparos de submetralhadora contra Marielle. O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, preso em operação nesta manhã, também teria participado do crime.

Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, na cidade do Rio de Janeiro/RJ e região metropolitana.
Mais informações serão prestadas em entrevista coletiva que será concedida às 11h no auditório principal da Superintendência da PF, na Praça Mauá.

PF conclui que delegação de Palocci contra Lula não tem provas

 

Moro_Palocci

A delação do ex-ministro, Antônio Palocci, sobre pagamento de propina para Lula que seria operada junto ao BTG, não tem provas. Foi o que concluiu as investigações da Polícia Federal, como destaca neste domingo (16), a jornalista Mõnica Bergamo.

A  delação de Palocci foi liberada pelo então juiz Sergio Moro, às vésperas das eleições presidencial de 2018, vencida por Bolsonaro que nomeou o ex-juiz da Lava Jato, ministro da Justiaça.

“Parecem todas terem sido encontradas em pesquisas na internet, sem acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais”, trecho do inquérito assinado pelo delegado Marcelo Daher.

Delação de Dario Messer contra Globo une Bolsonaristas e petistas

 

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A declaração do doleiro Dario Messer, em delação premiada, de que mandava um funcionário de duas a três vezes por mês à sede da TV Globo, no Rio, para entregar dólares à família Marinho uniu petistas e bolsonaristas nos ataques à emissora carioca.

O depoimento foi divulgado pela revista Veja. Conhecido como o “doleiro dos doleiros”, pelo valor que movimentava, Messer afirmou que repassava de US$ 50 mil a US$ 300 mil desde 1990 para filhos de Roberto Marinho.

A família negou conhecer o doleiro e ter se valido desse tipo de prática. O presidente Jair Bolsonaro foi ao Twitter e fez uma estimativa de que a Globo teria recebido do doleiro mais de R$ 1,7 bilhões em 30 anos. O assunto virou um dos mais comentados nas redes, unindo tanto apoiadores de Bolsonaro quanto do ex-presidente Lula, também críticos à maior emissora do país.

Messer afirmou que entregava dólares no Brasil e os Marinho repassavam para ele através de contas no exterior, que seriam comandadas por Celso Barizon, gerente de uma conta dos Marinho no Banco Safra.

Segundo o doleiro, os destinatários dos repasses eram os irmãos Roberto Irineu (presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo). Messer não apresentou prova de suas declarações.

A Globo negou qualquer envolvimento com o doleiro. “A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras”, afirmou o grupo.

Para diminuir a punição, Messer aceitou devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos. O maior valor já negociado em uma delação premiada no país. Deputados petistas também foram às redes para criticar a Globo, que, segundo eles, encampou discursos de delatores sem provas contra o ex-presidente Lula para condená-lo na Justiça. Um deles foi o deputado Rogério Correia (PT-MG). (Informações Congresso em Foco)