Eliziane Gama deixa general Heleno irritado na CPMI

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), durante o governo de Jair Bolsonro (PL), nesta terça-feira, dia 26, durante sua participação na reunião da CPMI do 8 de janeiro, onde prestou depoimento na condição de testemunha, se irritou com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da Comissão Parlamentar de Inquéritos.

O descontrole do general Heleno, aconteceu após questionamentos da senadora Eliziane, sobre possíveis fraudes nas eleições de 2022. Augusto Heleno que chegou a dar declarações contra o resultado e atacado o STF, se irritou quando a senadora disse que ele estava mudando de opinião.

General Augusto Heleno vai depor na CPMI do 8 de janeiro

Da Agência Senado

O general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), será ouvido na CPMI do 8 de janeiro, terça-feira, dia 26. Segundo a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a convocação poderá contribuir para os próximos passos da CPMI.

A exemplo de outros depoentes convocados para depor na CPMI, Augusto Heleno, também entrou com um pedido de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para poder faltar à sessão, marcada para amanhã. A decisão caberá ao ministro Cristiano Zanin.

Vários requerimentos de convocação do general Heleno foram apresentados à presidência da CPMI. A senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA), foi autora de um desses requerimentos.

“é imperioso e imprescindível para o desenrolar da fase instrutória e, obviamente, para futuro deslinde das investigações (…) é “necessário que o depoente esclareça, entre outras coisas, seu envolvimento direto ou indireto em fatos que possuam nexo de causalidade na tentativa de golpe ocorrida em 08 de janeiro de 2023”, disse a senador.

Os deputados Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e Rogério Correia (PT-MG) também apresentaram um requerimento. Eles citam uma apuração pela Agência Pública, na qual “foi revelado que, entre os dias 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022, o GSI, então chefiado pelo general Augusto Heleno, recebeu várias pessoas envolvidas com os atos, incluindo ‘um dos golpistas presos em flagrante após a invasão às sedes dos Três Poderes’”.

Os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Fabiano Contarato (PT-ES), e os deputados Rafael Brito (MDB-AL), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Duarte Jr. (PSB-MA), Duda Salabert (PDT-MG), Erika Hilton (Psol-SP) e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) também apresentaram requerimentos para a convocação do general.

Dino contesta general Heleno: “Artigo 142 da CF não cria poder moderador”

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), professor de Direito Constitucional e ex-juiz federal, nesta terça-feira, dia 17, lembrou nas redes sociais ao general Heleno (ministro de Segurança Institucional) que o “Artigo 142 da Constituição Federal não cria poder moderador“.

O general Augusto Heleno durante entrevista à Rádio Jovem Pan, ontem segunda-feira, dia 16, não descartou uma intervenção militar no Brasil.

“O artigo 142 é bem claro, basta ler com imparcialidade. Se ele existe no texto constitucional, é sinal de que pode ser usado (..) O artigo não diz quando os militares devem intervir, mas diz que é para manter a tranquilidade do país”, disse o general Heleno.

No artigo citado pelo general Heleno, que justificaria a medida através das Forças Armadas, não fala em ruptura democrática ou intervenção, com base na Constituição Federal.

General Heleno reage de forma ‘ameaçadora’ a determinação de Celso de Mello do STF

 

General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional/Foto: Reprodução

O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro, divulgou nota oficial nesta sexta-feira (22),  de forma ameaçadora em relação à manifestação pedida pelo ministro do STF, Celso de Mello, ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, sobre três noticia crime (apreensão do celular do presidente e do filho Carlos Bolsonaro) apresentada por partidos políticos ao ministro do STF, que fez o que a lei manda e remeteu a PGR para que se pronunciasse.

“Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade do Presidente da República (..) é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para estabilidade nacional.”, diz parte da nota.

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, se posicionou nas redes sociais sobre a Nota do ministro do GSI, e aconselhou o general Augusto Heleno sair de 1964.

“Saia de 64 e tente contribuir com 2020, se puder. Se não puder fique em casa”, disse Santa Cruz.

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Suposto araponga da Abin ligou para secretários de Flávio Dino e pediu informações sobre respiradores

 

Abim
Flávio Dino, Heleno e Bolsonaro (Montagem)/Reprodução

Um suposto espião da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinado ao general Augusto Heleno e que se identifica como Mauro tem ligado para secretários do governo do Maranhão, pedindo informações sobre a compra dos respiradores na China.

Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o araponga da Abin solicitou aos secretários detalhes sobre como havia sido feita a importação. Contatado pela Folha, Mauro teria confirmado ser espião da Abin, mas que não daria informações.

Nesta segunda-feira (20), Jair Bolsonaro mandou a Receita Federal investigar a operação realizada pelo governo do Maranhão, para evitar que o lote fosse desviado ou vendido a outros países ou confiscado pelo governo federal – como já havia acontecido.

O governador Flávio Dino usou o Twitter na tarde desta segunda-feira (20) para rebater o anuncio da medida da Receita Federa determinada pelo presidente Bolsonaro.

“Maranhão não praticou nenhuma ilegalidade na compra de respiradores. Mercadorias são legais, existem, estão salvando vidas. A Receita pode abrir o procedimento que quiser e atenderemos às suas exigências. Só não aceitamos ameaças nem perseguições sem sentido”, escreveu o governador.

(Informações Revista Fórum)