Julgamento no STF: bolsonaristas otimistas com voto de Luís Fux

Com placar de 2 a 0, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal retoma nesta quarta-feira, dia 10, o julgamento da trama golpista com o voto do ministro Luiz Fux. Caso também considere Jair Bolsonaro e os demais aliados culpados, o colegiado já terá maioria.

Tentativa de Golpe: Moraes e Dino destacam liderança de Bolsonaro

O voto de Fux é aguardado com grande expectativa pelos aliados de Bolsonaro. Até o momento, já se manifestaram na Primeira Turma os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino. Os dois magistrados votaram pela condenação de todos os réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

STF pública decisão da 1ª turma e Bolsonaro é internado no RN

Do Uol/Estadão

Foi publicado pelo STF nesta sexta-feira, dia 11, a decisão da Primeira Turma do STF, que tornou réus Jair Bolsonaro e mais sete por tentativa de golpe de Estado. A medida marca o início formal da ação penal dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República.

Nessa etapa, são colhidas novas provas e novos depoimentos das testemunhas. Ainda não há previsão de data para o julgamento.

Também hoje o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em agenda no Rio Grande do Norte, passou mal onde segue internado. Ele foi submetido a exames, entre eles, uma tomografia que apontou sinais de suboclusão intestinal —uma obstrução parcial do intestino que dificulta, mas não impede completamente, a passagem de gases e fezes. A equipe médica afirmou que Bolsonaro chegou ao hospital com “forte desconforto abdominal”.

Nas redes sociais, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), disse que determinou a doção de todas as providências dos setores de Saúde e Segurança do estado para Jair Bolsonaro.

Em relação ao julgamento no STF dos envolvidos na trama golpista a PGR denunciou o todo 40 pessoas. Bolsonaro, segundo a denúncia, foi o líder de uma organização criminosa que pretendia romper a ordem institucional do País.

De acordo com as investigações, a trama golpista começou a ser planejada mais de um ano antes do pleito de 2022, com o uso indevido de órgãos públicos para a coleta de informações que descredibilizassem o sistema eleitoral brasileiro. Após a derrota nas eleições, o presidente e seu entorno planejaram um decreto que romperia com a ordem legal do País.

8 DE JANEIRO: maioria dos brasileiros são contra anistia para envolvidos

Do O Globo

Pesquisa realizada pela Quaest mostra que a maioria dos brasileiros é contra a proposta de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Os dados, apontam que 56% dos entrevistados acham que os presos devem continuar na cadeia.

O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas entre 27 e 31 de março, dias após o ex-presidente Jair Bolsonaro se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado. O nível de confiabilidade é de 95%, e a margem de erro, de 2 pontos.

Em relação à participação de Bolsonaro no planejamento aos ataques ao Congresso, ao STF e ao Palácio do Planalto, a pesquisa mostrou que 49% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente participou da tentativa de golpe, enquanto 35% dizem que não. Não responderam 15% dos entrevistados; e 1% disse que não houve tentativa de golpe.

Pesquisa Quaest mostra que um a cada três eleitores de Bolsonaro são contra anistia — Foto: Editoria de arte

PGR: Jair Bolsonaro e mais 33 aliados são denunciados em cinco crimes

Do Conjur e PGR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi denunciado nesta terça-feira, dia 18, por cinco crimes: golpe de Estado; organização criminosa; tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito; dano qualificado contra patrimônio da União; e deterioração do patrimônio tombado.

A denúncia é assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Além de Bolsonaro, foram denunciados Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informação (Abin); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa; e Almir Garnier Santos, almirante de esquadra, entre outros.

A acusação tem por base uma investigação da Polícia Federal que detectou a existência de uma organização criminosa que teria atuado em 2022, de forma coordenada, para manter Bolsonaro no poder.

A análise da denúncia será feita pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em data a ser marcada. O colegiado é composto pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.

Os 34 denunciados são acusados de cometer os seguintes crimes:

  • organização criminosa armada (art. 2º, caput, §§2º, 3º e 4º, II, da Lei n. 12.850/2013);
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal);
  • golpe de Estado (art. 359-M do CP);
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima (art.163, parágrafo único, I, III e IV, do CP);
  • deterioração de patrimônio tombado (art. 62, I, da Lei n. 9.605/1998).

Ação planejada – De acordo com as investigações, o plano teve início em 2021, com os ataques sistemáticos ao sistema eletrônico de votação, por meio de declarações públicas e na internet. Em julho do ano seguinte, o então presidente da República se reuniu com embaixadores e representantes diplomáticos acreditados no país para verbalizar as conhecidas e desmentidas acusações sobre fraudes nas urnas eletrônicas, na tentativa de preparar a comunidade internacional para o desrespeito à vontade popular nas eleições presidenciais.

Durante o segundo turno das eleições, foram mobilizados aparatos de órgãos de segurança para mapear e impedir eleitores de votar no candidato da oposição. E as pessoas envolvidas nessa etapa atuavam na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, facilitando os atos de violência e depredação, em 8 de janeiro de 2023.

Ao não encontrarem falhas no sistema eleitoral, os envolvidos mantiveram o discurso de fraude e mantiveram a militância com os acampamentos montados em frente a quartéis do Exército em várias capitais do país.

Em outra frente, a organização criminosa pressionou o Comandante do Exército e o Alto Comando, formulando cartas e agitando colegas em prol de ações de força no cenário político para impedir que o presidente eleito assumisse o cargo. A denúncia aponta a elaboração de minutas de atos de formalização de quebra da ordem constitucional, dentre os quais se cogitava a prisão de ministros do STF.

As investigações revelaram a operação de execução do golpe, em que se admitia até mesmo a morte do presidente e do vice-presidente da República eleitos, bem como a de ministro do STF. O plano teve anuência do então presidente da República.

A violência no dia 8 de janeiro foi a última tentativa. A organização incentivou a mobilização do grupo de pessoas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, que pedia a intervenção militar na política. Os participantes fizeram o percurso acompanhados e escoltados por policiais militares do DF, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. O episódio gerou prejuízos de mais de R$ 20 milhões.

Próximos passos – As denúncias serão analisadas pelo relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes.

Pablo Marçal cobra Jair Bolsonaro R$ 100 mil

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) e o ex-presidente Jair Bolsonro (PL), trocaram farpas nesta quinta-feira, dia 22, nas redes sociais. Tudo começou após Marçal comentar uma publicação de Bolsonaro sobre entregas de ferrovias em seu governo.

“Pra cima capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”, disse Marçal. O perfil oficial de Bolsonaro, no entanto, ironizou: “Nós? Um abraço”.

Em seguida Marçal não gostou da resposta e reagiu cobrando o apoio e investimento de R$ 100 mil destinado à campanha de Bolsonaro em 2022.

“Isso mesmo. Coloquei 100 mil reais na sua campanha para presidente, te ajudei nas estratégias digitais, fiz você gravar mais de 800 vídeos no Planalto. Entrei para a lista de investigados da PF por te ajudar. Se não existe o nós, seja mais claro (…) Não nos curvaremos a comunistas na eleição de São Paulo e se o capitão quiser me tirar do ‘nós’, me ajude devolvendo os 100 mil reais depositando na minha campanha aqui de prefeito”.

“O que vimos hoje é inaceitável”, Lula sobre atentado a Trump

Autoridades brasileiras se manifestaram sobre o atentado contra o ex-presidente Donald Trump, e candidato nas eleições presidenciais no EUA em novembro deste ano. O presidente do Brasil, Lula (PT), classificou o ocorrido de ‘inaceitável’.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que sofreu um ‘atendado’ durante a campanha eleitoral em 2018 no Brasil, também se manifestou nas redes sociais, desejou pronta recuperação ao ídolo Donald Trump, e ainda, disse que o verá na posse, se referindo às eleições dos EUA. Porém, o ex-presidente Bolsonaro só poderá participar da eventual posse de Trump, caso a justiça devolva seu passaporte retido por causa de investigações contra ele.

“Parabéns pela reflexão e coragem”, Lula para escritora e ex-antipetista

A escritora Denise Tremura, ganhou nesta segunda-feira, dia 17, elogio do presidente Lula (PT), na rede social mais hostil na polarização política no Brasil e no mundo. No longo relato, ela assume ter sido antipetista e defensora do impeachment do então presidenta Dilma Rousseff, e ainda, acreditar em várias fake news espalhadas e defendidas por ‘direitistas’ e a extrema-direita.

A publicação no X, vem recebendo elogios e apoio de apoiadores do atual governo e de Lula, e despertando a ira da extrema-direita e de setores da direita, na rede social