Lula posta vídeo de 2017, em que pergunta a Moro, se ele é ‘imparcial’

O ex-presidente Lula, divulgou nas redes sociais nesta quinta-feira, dia 4, um vídeo de 2017, em que durante uma audiência em Curitiba, comandada pelo então ex-juiz Sérgio Moro, ele pergunta se ao chegar em casa, poderia dizer à sua família que foi a Curitiba prestar depoimento a um ‘juiz imparcial’.

A atitude de Lula ocorre após divulgação e repercussão de novas conversas entre o então ex-juiz Sérgio e os procuradores da Lava Jato, autorizadas pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski.

“Eu sempre digo: Lula é digno de um julgamento justo”, diz Gilmar Mendes

Do Uol

O ministro do STF, Gilmar Mendes, disse hoje em entrevista ao canal do Datena, que o ex-presidente Lula merece um ‘julgamento justo na Lava Jato’.

Lula foi preso em 2018 no processo do tríplex de Guarujá (SP), mas está em liberdade desde 2019, após o STF proibir a prisão em segunda instância.

“Nós temos que encerrar essa preocupação midiática de julgar o Lula tendo em vista esse desiderato: fazê-lo inelegível. Eu sempre digo: Lula é digno de um julgamento justo”, afirmou Mendes em entrevista ao Datena.

O ministro do STF também comentou sobre a troca de mensagens entre o juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato em Curitiba.

“Os diálogos não são de anjo. O Moro assume uma posição de chefe do grupo de força-tarefa e o [procurador] Deltan Dallagnol faz consultas de como deve proceder, manda informações e combina ações (..) As forças-tarefas que vierem a se estruturar não poderão usar esse modelo de cooperação, essa relação promíscua entre procuradores e juízes”, completou Mendes.

Parcialidade de Moro e Dallagnol na Lava Jato próximo de ser provada

247 – A defesa do ex-presidente Lula já tem elementos para demonstrar a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol na Lava Jato.

Os diálogos  que fazem parte da Operação Spoofing comprovam que Moro orientou a acusação, o que é proibido por lei, e que a equipe de Dallagnol manteve conversas clandestinas com autoridades dos Estados Unidos e da Suíça – o que também é ilegal.

Trechos das conversas foram publicados, nesta noite, em reportagem da revista Veja.

O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, determinou nesta quinta-feira, 28, sigilo sobre a ação em que a defesa do ex-presidente Lula conseguiu acesso às mensagens da Lava Jato, vazadas por hackeres, alvos da Operação Spoofing.

O ministro atendeu pedido da defesa do ex-presidente “por haver no material conteúdo considerado sigiloso”.

PF, MPF e RF realizam operação “VERNISSAGE” com mandados em São Luís

Do G1

A Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Receita Federal, deflagraram nesta terça-feira, dia 12, a 79ª Fase da Operação Lava Jato, denominada “VERNISSAGE”.

Cerca de 70 policiais federais e 10 auditores da Receita Federal cumprem 11 mandados de Busca e Apreensão em Brasília/DF (2), São Luis do Maranhão/MA (3), Angra dos Reis (1), Rio de Janeiro (3) e em São Paulo (2).

O alvo dos mandados em São Luís são cumpridos nos endereços de Márcio Lobão e Edison Lobão Filho, filhos do ex-ministro Edison Lobão. O pai dos investigados não é alvo da operação desta terça-feira.

Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba/PR.

Durante as investigações da Operação Lava Jato, foi identificada uma Organização Criminosa voltada a fraudar o caráter competitivo das licitações mediante o pagamento de propina a altos executivos da Petrobras, bem como a outras empresas a ela relacionadas, como a Transpetro.

Petrobras e Transpetro foram vítimas dessa organização criminosa. Aqui mais informações

Há indícios de crimes de corrupção, fraudes licitatórias, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

“A Lava Jato foi o melhor esquema de marketing político montado no Brasil”, disse João Santana,

O Programa Roda Viva na TV Cultura, recebeu na noite de ontem, segunda-feira, dia 26, o publicitário João Santana, disse que se existisse prêmio de “marketing político e eleitoral” a Lava Jato teria vencido entre 2015 e 2017.

João Santana foi um dos alvos da Operação Lavado em 2016. O marqueteiro comandou as campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014), segundo ele, a Lava Jato utilizou “vertentes perigosíssimas da comunicação política”.

CNMP livra Deltan, mas proíbe membros do MP usarem instituição para “ações políticas”

Depois de 42 adiamentos, o Conselho Nacional do Ministério Público arquivou, nesta terça-feira (25), a representação do ex-presidente Lula contra Deltan Dallagnol.

O processo é de 2016 e está relacionado ao PowerPoint, apresentado por Deltan e outros dois procuradores, que integram a Lava Jato em Curitiba.

Os conselheiros até reconheceram motivos que justificariam um processo disciplinar contra Dallagnol, mas decidiram arquivar.

Eles decidiram ainda que os membros do Ministério Público não poderão usar a estrutura da instituição “para fins de divulgar ações políticas ou político-partidárias”.