De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), durante uma entrevista para o programa que é exibido pela internet, o apresentador teria defendido a legalidade de um partido nazista no Brasil.
Já o parlamentar teria afirmado que foi um erro a Alemanha ter criminalizado o partido nazista.
Esse perfil e o bot tentam com humor, posicionar-se contra os absurdos do país hoje. Mas nem tudo pode ser tratado como piada e demandam seriedade, como Monark defendendo a legalização de um “partido nazista” e o direito de “ser contra judeus”.pic.twitter.com/UjoXNhOZjz
Os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, se solidarizaram como a comunidade judaica e repudiaram a defesa de criação de um partido nazista.
A Constituição consagra o binômio: liberdade e responsabilidade. O direito fundamental à liberdade de expressão não autoriza a abominável e criminosa apologia ao nazismo.
Qualquer apologia ao nazismo é criminosa, execrável e obscena. O discurso do ódio contraria os valores fundantes da democracia constitucional brasileira. Minha solidariedade à comunidade judaica.
A mais nova polêmica criada pelo governo Bolsonaro, desta vez protagonizada por Roberto Alvim, Secretário Especial de Cultura, pasta com estato de ministério, ocorrido na noite de quinta-feira (16), onde em pronunciamento ele cita trechos de discurso nazista, motivou vários políticos se manifestaram e pediram a cabeça do secretário nas redes sociais.
“Um vídeo nazista não é apenas ridículo. É perigoso e ilegal. Desrespeita os judeus no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Deve ser objeto de repúdio e de providências no Congresso Nacional e no Poder Judiciário”, Fávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão.
“O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo”, Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara Federal.
“Não é possível que se tolere que o Sec. da Cultura do governo, Roberto Alvim faça plágio de trechos de um discurso de Joseph Goebbels, min. da Propaganda de Hitler com trilha sonora e tudo, e permaneça no cargo. É inconcebível que esse discurso abjeto seja visto como normal”, Senadora Eliziane Gama (Cidadania).
“O Secretário de Cultura, Roberto Alvim, escancarou a propaganda nazista citando e imitando Goebbels, o auxiliar de Hitler. Uma afronta a judeus e a todos os democratas; um acinte que não pode passar impunemente. Fora Alvim” deputado federal Márcio Jerry (PCdoB).
“O secretário nacional de Cultura, Roberto Alvim, plagiou a proposta nazista ao propor uma nova arte e reproduziu uma fala de Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda na Alemanha governada por Hitler. Precisamos parar tudo e tomar medidas importantes para coibir atitudes como essa”, deputado federal, Gil Cutrim (PDT).
“Secretário de cultura de Bolsonaro faz discurso nazista, citando um nazista, com estética nazista. Não há qualquer dúvida. Estamos diante de uma ameaça concreta à democracia”, deputado federal Marcelo Freixo (PSOL).
O papa Francisco criticou governantes com discurso contra gays, judeus e estrangeiros. A fala foi feita durante encontro do representante maior da Igreja Católica com a Associação Internacional de Advogados Penais, em Roma. As informações são da rede americana de televisão CNN.
“Eu confesso que quando ouço o discurso de algumas pessoas responsáveis pela ordem pública e pelo governo, eu lembro dos discursos de Hitler de 1934 a 1936. São ações típicas do nazismo a perseguição aos judeus, ciganos, homossexuais. Representa o negativo modelo da cultura do descarte e da cultura do ódio”, declarou.
O argentino também pediu que a sociedade fiscalizasse o discurso contra minorias praticados pelos governantes.
“É isso que fazem hoje e essas coisas estão vindo à tona. Sejam vigilantes, ambas sociedades civil e religiosa, para evitar qualquer tipo de compromisso com tal degeneração”.
Em seu discurso, o papa não citou nominalmente nenhum líder mundial. (Congresso em Foco)