
Por Roberto Dimenstain
Uma nota publicada hoje por Lauro Jardim, do O Globo, reforçou minha suspeita de que Carlos Bolsonaro precisa de ajuda psicológica.
É visível um distúrbio que dificulta sua convivência com a realidade.
Ele tinha ambição de inspirar um serviço secreto paralelo de espionagem. Já existe um serviço secreto chamado Abin.
O paralelo seria montado com com delegados e agentes da PF de sua confiança. Desfecho do projeto, segundo o colunista do O Globo.
O general Augusto Heleno, que, aliás, comanda a Abin, vetou a maluquice.
Um filho de presidente, sem cargo, querer montar um serviço secreto revela uma anomalia de quem vive em estado de paranóia, criando uma realidade paralela.
Essa nota do Lauro Jardim é apenas um detalhe das minhas suspeitas sobre o desequilíbrio emocional de Carlos Bolsonaro. Quem montou a guerra contra Gustavo Bebianno – e não é de agora – foi Carlos.
Chegou a ponto de colocar um espião no Palácio do Planalto: o primo mais conhecido como “Leo Índio”. O jovem circula por lá com crachá amarelo, mas sem cargo.
Uma das razões secretas para o atrito de Bolsonaro com Bebianno foi a opinião de Carlos de que seu secretário-geral vazava informações sobre a família aos jornalistas da Globo.
Daí as reportagens sobre Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro.
Na condição de porta-voz do pai – o que já é uma anomalia – ele chamou Bebianno de mentiroso. O que além de descabido um filho de presidente agir como se fosse autoridade, produz um crime: ele vazou uma gravação secreta.
Não é só. Ele acha que Bebianno tem relações especiais com o site Antagonista que, segundo como publicou Carlos, estaria pronto para fazer negócios com dinheiro público. Bolsonaro passou a ver as notas do Antagonista com sinais da traição de seu secretário-geral.
Como sabemos, o presidente também tem surtos paranóicos: daí não andar de avião particular, com medo de sabotagem.
A forma como Carlos transformou a Globo em inimiga – e aí juntando de Bebiano ao general Mourão – reforça ainda mais a suspeita de transtorno mental. Chamou as Organizações Globo de chantagista por causa de dinheiro público. Mais: acusou-a de torcer pela morte do pai.
Lembremos que Carlos comentou, num post, que pessoas próximas estariam interessadas na morte de seu pai. Era um recado a Mourão e Bebianno, passando pelas Organizações Globo.
Daí que estou falando sério ao dizer que Carlos Bolsonaro precisa de ajuda psicológica urgente. Antes que cause mais danos ao seu pai e ao seu governo. Logo, ao país.