CNBB denuncia violência em Baixão dos Rochas no Maranhão

Com informações do CNBB

Dom José Valdeci dos Santos Mendes, bispo de Brejo (MA), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Cepast-CNBB), relatou a situação da comunidade Baixão dos Rochas, em São Benedito do Rio Preto no Maranhão, que no último domingo, dia 19, foi atacada por homens armados que incendiaram casas e expulsaram os moradores e mataram animais domésticos.

Na madrugada de terça-feira, dia 21, moradores ouviram tiros e, em seguida, os tratores da empresa usados para derrubar as casas, que ficaram atolados no córrego no dia dos ataques, foram incendiados.

A deputada Iracema Vale (PSB), presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, e os deputados Júlio Mendonça (PCdoB), Rodrigo Lago (PCdoB) e Zé Inácio (PT), lamentaram o atentado contra a comunidade do Baixão dos Rochas.

“Parabenizo o governador Carlos Brandão (PSB) por, prontamente, ter tomado todas as providências no mesmo dia do ocorrido. Deslocaram-se para a região representantes das secretarias de Segurança Pública e Direitos Humanos, além do Iterma. As famílias estão sendo assistidas e providências serão tomadas no sentido solucionar o conflito”, destacou Iracema Vale.

Dom José Valdeci se reuniu na terça-feira, dia 21, com o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Luiz de Almeida para pautar as violações dos direitos humanos que as comunidades tradicionais maranhenses. 

CNBB recomenda vinhos nas missas cuja produção “respeite a dignidade humana”

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em nota recomenda “zelo pelo tipo de vinho utilizado nas celebrações das missas”.

No texto, a CNBB expressa que “qualquer tipo de trabalho em condições que ferem o respeito pela dignidade humana não pode ser aprovado” e que “todas as denúncias devem ser investigadas nos termos da lei”.

A nota diz, ainda, que no Brasil existem diversas vinícolas que oferecem vinho canônico. Desse modo, a Conferência recomenda que “se busquem, para a celebração da missa, vinhos de proveniência sobre as quais não existam dúvidas a respeito dos critérios éticos na sua produção”.

VINHO CANÔNICO

Quem ama a Deus
ame também o seu irmão (1 Jo 4,21)

Brasília, 28 de fevereiro de 2023

A Igreja tem a responsabilidade de zelar pelo tipo de vinho utilizado nas celebrações das missas. A CNBB, por meio da Comissão Episcopal para a Liturgia, promoveu encontros com cerca de 15 vinícolas a respeito das caraterísticas de tal vinho.

Qualquer tipo de trabalho em condições que ferem o respeito pela dignidade humana não pode ser aprovado. Todas as denúncias devem ser investigadas nos termos da lei.

No Brasil existem diversas vinícolas que oferecem vinho canônico. Desse modo, é recomendável que se busquem, para a celebração da missa, vinhos de proveniência sobre as quais não existam dúvidas a respeito dos critérios éticos na sua produção.

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-Geral da CNBB

CAMAPANHA DA FRATERNIDADE: Lula elogia CNBB pelo tema ‘Fome’

O presidente Lula (PT), cumprimentou e elogiou a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) pela Campanha da Fraternidade 2023, que trás como Tema: Fraternidade e Fome. A campanha foi aberta oficialmente na quarta-feira de Cinzas, dia 22.

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, também dedicou a celebração às pessoas que experimentam a realidade da fome, aos atingidos e vítimas das chuvas no litoral Norte de São Paulo, guerras, catástrofes e situações de violência.

Esta é a terceira vez que a CNBB trata do tema da fome na Campanha da Fraternidade. De acordo com dom Joel Portella Amado, uma das razões é o fato de o Brasil ter reingressado no Mapa da Fom e da ONU. Ele também ressalta que a fome não deve ser tratada apenas com necessidade biológica, mas como flagelo social.

“Se a fome de  uma pessoa deve nos incomodar, como nos tornar indiferentes diante da fome de milhões de irmãos e irmãs? (…)São aquelas situações em que o modo com uma sociedade está organizada acaba por deixar seus filhos e filhas em estado de insegurança e indigência alimentar”, destacou o secretário-geral da CNBB.

Dino se solidariza com católicos após agressão de deputado bolsonarista

O governador Flávio Dino (PSB), que também é católico reagiu com indignação as agressões do deputado bolsonarista, Frederico D’Avila (PSL), que chamou Dom Orlando, arcebispo de Aparecida, a CNBB e o Papa Francisco de ‘vagabundos e imundos’.

“..se pôs a obrar em busca de alguns minutos de fama e de agradar as falanges extremistas..”, disse Dino.

Os bispos do Brasil através da CNBB divulgou uma carta aberta em se manifesta em relação às agressões e cobram providencias.

CARTA ABERTA

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, nesta casa legislativa e diante do Povo Brasileiro, rejeita fortemente as abomináveis agressões proferidas pelo deputado estadual Frederico D’Avila, no último dia 14 de outubro, da Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. 

Com ódio descontrolado, o parlamentar atacou o Santo Padre o Papa Francisco, a CNBB, e particularmente o Exmo. e Revmo. Sr. Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida. Feriu e comprometeu a missão parlamentar, o que requer imediata e exemplar correção pelas instâncias competentes.

Ao longo de toda a sua história de 69 anos, celebrada no dia em que ocorreu este deplorável fato, a CNBB jamais se acovardou diante das mais difíceis situações, sempre cumpriu sua missão merecedora de respeito pela relevância religiosa, moral e social na sociedade brasileira.

Também jamais compactuou com atitudes violentas de quem quer que seja.

Nunca se deixou intimidar. Agora, diante de um discurso medíocre e odioso, carente de lucidez, modelo de postura política abominável que precisa ser extirpada e judicialmente corrigida pelo bem da democracia brasileira, a CNBB, mais uma vez, levanta sua voz.

A CNBB se ancora, profeticamente, sem medo de perseguições, no seguinte princípio: a Igreja reivindica sempre a liberdade a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sempre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem (cf. Gaudium et Spes, 76).

Defensora e comprometida com o Estado Democrático de Direito, a CNBB, respeitosamente, espera dessa egrégia casa legislativa, confiando na sua credibilidade, medidas internas eficazes, legais e regimentais, para que esse ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade – sinal de compromisso inarredável com a construção de uma sociedade democrática e civilizada. 

A CNBB, prontamente, comprometida com a verdade e o bem do povo de Deus, a quem serve, tratará esse assunto grave nos parâmetros judiciais cabíveis. As ofensas e acusações, proferidas pelo parlamentar – protagonista desse lastimável espetáculo – serão objeto de sua interpelação para que sejam esclarecidas e provadas nas instâncias que salvaguardam a verdade e o bem – de modo exigente nos termos da Lei.

Nesta oportunidade, registramos e reafirmamos o nosso incondicional respeito e o nosso afeto ao Santo Padre, o Papa Francisco, bem como a solidariedade a todos os bispos do Brasil. 

A CNBB aguarda uma resposta rápida de Vossa Excelência – postura exemplar e inspiradora para todas as casas legislativas, instâncias judiciárias e demais segmentos para que a sociedade brasileira não seja sacrificada e nem prisioneira de mentes medíocres.

Em Cristo Jesus, “Caminho, Verdade e Vida”, fraternalmente.

Brasília, 16 de outubro de 2021.

D. Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte, MG

Presidente

D. Jaime Spengler

Arcebispo de Porto Alegre, RS

1º Vice-Presidente

D. Mário Antônio da Silva

Bispo de Roraima, RR

2º Vice-Presidente

D. Joel Portella Amado

Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ

Secretário-Geral

Márcio Jerry protocola convocação para General explicar ‘espionagem’

 

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Deputado Federal Marcio Jerry (PCdoB-MA)

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), protocolou nesta terça-feira (12), junto a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, requerimento convocando o General Augusto Heleno (Ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), para esclarecer a denuncia de ‘espionagem’ publicada no Jornal O Estado de São Paulo, no último domingo (10).

De acordo com a publicação o governo federal através da Agência Brasileira de Informações (ABIN)  realizou ‘espionagem’ de atividades de membros da CNBB (Conferencia Nacional do Bispos do Brasil), em Belém, Manaus, Marabá e sudoeste de Boa Vista. Ainda segundo a denuncia o governo Bolsonaro vê a Igreja Católica como sua potencial opositora.

para o deputado Marcio Jerry a denuncia da atividade é gravíssima, por essa razão tomou a iniciativa de solicitar a convocação do general Augusto Heleno para prestar os esclarecimento à Câmara Federal. Difícil será ser aprovado, considerando o número de apoiadores do governo Bolsonaro no Congresso.

protocolo ABIN

Márcio Jerry vai solicitar explicações sobre espionagem na CNBB

 

MARCIO CAMARA
Deputado Federal Márcio Jerry (PCdoB)/Foto: Reprodução

jerri abimO governo Bolsonora parece mesmo vocacionado a polêmicas, nesta semana deverá enfrentar mais uma, desta vez com a Igreja Católica. O deputado federal Marcio Jerry (PCdoB-MA), informou nas redes sociais que apresentará nesta segunda-feira (11), à Mesa da Câmara Federal convocação ao general Augusto Heleno (Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência do Brasil), para explicar a denuncia de espionagem na CNBB, publicada neste domingo(10) no Jornal O Estado de SP.

Manifestações de preocupação e protestos em relação ao trabalho do (GSI), tendo como alvo a Igreja Católica foram destacadas por vários políticos. Entre eles, o Senador Randolfe Rodrigues(Rede-AP), que considerou a medida autoritária e desrespeitosa e uma ameaça à divergência imprescindível à democracia.

randolf Abin

Os trabalhos quando forem retomados nesta semana que se inicia no Congresso Nacional, o governo Bolsonaro vai está diante de mais um debate que poderá aumentar o desgaste do governo e envolvê-lo em mais uma polêmica, agora politico-religiosa.