PF faz buscas e apreensões na 13ª onde Moro comandou a Lava-Jato

Do O Globo

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal realize uma operação de busca e apreensão na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, onde tramitou a Lava-Jato.

Os agentes estão recolhendo documentos, entre outros materiais. Na época da operação, a 13ª Vara teve à frente, entre outros magistrados, o então juiz Sérgio Moro, hoje senador.

Em outubro, Toffoli já havia determinado que a PF buscasse documentos no local, como parte de uma investigação que apura acusações feitas pelo ex-deputado estadual Tony Garcia contra Moro.

A 13ª Vara já foi alvo de uma investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apontou a suspeita de peculato, corrupção e prevaricação por magistrados e procuradores que atuaram na operação.

“STF demonstrou ontem ‘abuso de autoridade’ de Moro”, diz Flávio Dino

 

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Foto: Reprodução

O governador Flávio Dino, também ex-juiz federal, comentou na manhã desta quarta-feira (5), o resultado favorável ao ex-presidente Lula, ontem na 2ª turma do STF.

Notório crítico da condução dos processos contra Lula, no âmbito da Lava Jato, disse que no julgamento ficou demonstrado ‘abuso de autoridade’ do ex-juiz Sérgio Moro.

“Com o julgamento no STF ontem, estão demonstrados ABUSOS DE AUTORIDADE cometidos por Sérgio Moro contra o presidente Lula. Se o intuito de um ato judicial era produzir um fato eleitoral, como afirmado no STF, há grave desvio de finalidade.”, disse Dino nas redes sociais.

Sema passada um vídeo divulgado pelo próprio Flávio Dino, nas redes sociais, ele comenta com base técnica, o que chamou de ‘razões jurídicas’ para caracterizar a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro, dando como exemplo o caso do “triplex”.

Ex-presidente Lula conquista duas vitórias na 2ª Turma do STF

 

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Com votos favoráveis dos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandouwsk o ex-presidente Lula conquistou duas importantes vitórias nesta terça-feira(4), na 2ª turma do STF. O ministro Edson Fachin votou contra, ele é o relator da Lava Jato no Supremo.

A primeira vitória foi o acesso à defesa de Lula a todos os documentos usados no acordo da Odebrecht que interessam ao ex-presidente. Inclusive dos sistemas de contabilidade utilizados pela Odebrecht e que apenas o MPF teve acesso.

A outra foi a retirada da delação de Palocci na ação em que Lula é acusado de receber imóvel da Odebrecht para sediar o Instituto Lula.

O depoimento de Palloci foi incluído no caso e retirado o sigilo, seis dias antes do primeiro turno das eleições de 2018, pelo ex-juíz Sérgio Moro, que passou ser visto como parcial.

Deltan poderá ser afastado da Lava Jato com base na tentativa de criar Fundação

 

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Luis Fernando Bandeira de Melo, relator de um dos procedimentos que tramitam no Conselho Nacional do Ministério Público, pedirá o afastamento de Deltan Dallagnol da Lava Jato em Curitiba, que é coordenada por ele.

Bandeira de Melo é indicado do Senado no CNMP e respaldará seu pedido principalmente na criação de uma fundação por Dallagnol para receber R$ 2,5 bi que foram pagos pela Petrobras em processo nos EUA.

Como  denunciado pela Vaza Jato, a tentativa de criação da Fundação foi costurado por Deltan com autoridades dos EUA.

“Eles sabem o que fizeram no sábado à noite”, Gilmar Mendes sobre Lava Jato

 

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A Lava Jato de Curitiba e o ex-juiz Sergio Moro poderão ter seus destinos definidos após o recesso do Judiciário, em agosto. A primeira sessão presencial da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) terá na pauta um habeas corpus (HC) com potencial de provocar uma nova reviravolta na política: o julgamento do recurso que alega suspeição de parcialidade de Moro e dos procuradores do Paraná no caso do tríplex do Guarujá, processo que resultou na condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Interrompido em dezembro de 2018 após pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, o caso avoltará num cenário completamente distinto, recheado de novos episódios que tiraram de Moro e da força-tarefa de Curitiba a aura de intocabilidade.

“É claro que os acontecimentos posteriores ao pedido de vista devem entrar no debate”, disse Mendes à Agência Pública, ao confirmar que liberará o HC para julgamento. Aqui reportagem completa

Moro diz que Lula em depoimento foi tratado como adversário no ‘ringue’

 

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O ex-juiz da Lava Jato e pré-candidato a presidente, Sérgio Moro, disse na GloboNews que depoimento de Lula no processo do triplex, se deu em um “ringue” de boxe, o que passou ser visto como ‘confissão’ da falta de imparcialidade do então juiz.

Como se sabe Lula foi condenado e preso ficando fora das Eleições de 2018, vencidas por Jair Bolsonaro, cujo o ministério da Justiça do seu governo foi  ocupado por Moro, ex-juiz da Lava Jato e que condenou Lula.

Agência Pública e The Intercept publicarão relação entre PF e FBI na Lava Jato

 

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Paraceria entre a Agência Pública e The Intercept publicarão nesta quarta-feira (1º), diálogos entre a Polícia Federal e FBI relacionados às investigações da Polícia Federal. O anúncio da publicação no twitter em tom de ‘bomba’ foi feito pela Agência Pública.

‘..pessoas morrendo, desemprego e você fazendo campanha eleitoral..’, Tacla Duram para Moro

 

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O ex-juiz e ministro Sérgio Moro e o advogado Rodrigo Tacla Duran/Foto: Reprodução

O ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, que foi ministro do governo Bolsonaro, e agora é adversário, ao que parece decidiu entrar de cabeça na sucessão Eleitoral 2022, mas não terá vida fácil no seu intento.

Moro divulgou nas redes sociais sua participação em uma live na XP, onde disse que defendeu a ‘retomada das reformas para superar os desafios econômicos e fortalecer as instituições’.

O advogado Tacla Duran também nas redes sociais repreendeu Moro.

Segundo ele, o ex-juiz e ministro da Justiça desrespeita o momento difícil pelo qual passa a população ao fazer campanha eleitoral antecipada ‘pessoas morrendo e perdento empregos e você preocupado em aparecer e fazer campanha eleitoral’, disse.

Tacla Duran é acusado e condenado na Lava Jato. Ele acusa Sérgio Moro de ter negociado com então deputado federal Onix Lorenzoini, atual ministro de Bolsonaro, para impedir que ele fosse depor na Comissão de Segurança da Câmara Federal.