O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República e amigo da família, continua internado no Hospital Albert Einstein, um dos mais caros do país, após cirurgia no intestino. Queiroz e sua família vem sendo cobrados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, explicações sobre movimentações financeiras atípicas feitas por ele e divulgadas pelo Coaf.
Esta semana Queiroz voltou ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, ao aparecer dançando dentro do hospital junto com a esposa e a filha. Ele divulgou outro vídeo neste sábado (12), onde protesta contra as críticas que vem recebendo. Segundo ele, apenas quis descontrair o ambiente de tristeza no hospital por causa da sua condição de saúde.
O Ministério Público informou que tem material para da continuidade às investigações sem ouvir a família do Fabrício Queiroz, e que pedirá a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-policial militar e ex-assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A mulher de Queiroz, Márcia de Aguiar, e suas filhas Nathália e Evelyn faltaram ao depoimento que estava marcado para o início da semana. No novo vídeo Queiroz diz dará todas os esclarecimentos ao MP quando for liberado pelos médicos.
Assassinato de Marielle Franco completa 9 anos/Foto: Reprodução
Em entrevista ao jornal Estadão, publicada nesta sexta-feira, o secretário de Segurança Pública do Rio, o general Richard Nunes, afirmou que milicianos mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) por achar que ela podia atrapalhar negócios de grilagem de terra na zona oeste do Rio. Segundo o general, os criminosos superestimaram o poder de Marielle.
“Era um crime que já estava sendo planejado desde o final de 2017, antes da intervenção. Isso aí nós temos já; está claro na investigação. O que aconteceu foi o contrário. Os criminosos se deram conta da dimensão que tomou o crime por ter sido cometido na intervenção. Não podemos entender como afronta porque eu assumi em 27 de fevereiro. E dei posse ao comandante da PM no dia 14 de março, que foi o dia do crime. Estávamos iniciando um trabalho. E hoje com os dados de que dispomos de 19 volumes de investigação fica claro que se superestimou o papel que ela desempenhava”, disse ao jornal.
O assassinato de Marielle e de seu motorista Anderson Pedro Gomes completa nove meses nesta sexta-feira (14). Eles foram mortos na noite de 14 de março, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Ambos foram alvejados quando voltavam para casa, de carro, após participar de evento na Lapa. Os tiros foram disparados de outro veículo.
O estado do Rio de Janeiro está sob intervenção federal desde o dia 17 de fevereiro. O crime ainda não foi solucionado.
Na manhã desta sexta-feira a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão contra o vereador Marcello Siciliano (PHS). Foram apreendidos documentos, computadores, um cofre e ainda equipamentos eletrônicos, na casa e no gabinete do vereador. As ordens judiciais estão ligadas à investigação do assassinato de Marielle e Anderson. As informações foram divulgadas pelo portal G1.
Oriunda da Favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle Franco tinha 38 anos e estava em seu primeiro mandato. Era socióloga, com mestrado em administração pública, e ficou conhecida pela militância na área dos direitos humanos.
Nesta quinta-feira (13) foram cumpridos mandados de prisão e apreensão no Rio de Janeiro e Juiz de Fora, em Minas Gerais. A apuração dos mandantes e executores dos homicídios é conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira que o assassinato “pesa” sobre o Brasil e sobre a imagem do país no exterior. Segundo ele, as investigações iniciadas no mês passado para apurar possíveis interferências no inquérito conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro estão indo “muito bem”.
Marielle Franco trabalhou por dez anos no PSOL ao lado do deputado estadual Marcelo Freixo. Na véspera do assassinato da vereadora completar nove meses, a Polícia interceptou um plano de matar o deputado. O crime seria cometido neste sábado (15).
A Polícia Federal está realizando na manhã desta quinta-feira (13), uma ação de busca e apreensão no Rio de Janeiro, para identificar autor de postagens com ameaças de morte ao então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro.
A ação ocorre no bairro Maracanã, na zona norte da cidade. O investigado, segundo a Polícia Federal, é um homem de 23 anos, cuja identidade não foi revelada.
O trabalho da PF também pretende identificar outras pessoas que possam estar relacionada na mesma pratica delituosa. A pena para o tipo de crime investigado previsto na Lei de Segurança Nacional é de prisão, de 1 a 4 anos.
Palestra para intelectuais, escritores, professores e representantes do legislativo federal/Foto: Reprodução
O governador Flávio Dino esteve, na sexta-feira (23), na cidade do Rio de Janeiro para proferir palestra sobre o cenário nacional e caminhos para superar a crise econômica e política enfrentada pelo país. O evento aconteceu na Livraria Da Vinci, no centro da cidade.
Para uma plateia de intelectuais, escritores, professores e representantes do legislativo federal, o governador defendeu a ampliação das políticas educacionais e a liberdade de ideias no ambiente escolar. “A educação, não tenho dúvidas, é a causa e a bandeira que o povo concretamente mais compreende, pois está diretamente relacionada ao combate às desigualdades sociais. Por isso defendemos uma escola sem censura, com liberdade de ideias”, afirmou.
Na visão do governador Flávio Dino, a prioridade para o Brasil deve ser a construção de uma agenda progressista e de políticas distributivas. “As conquistas sociais que tivemos, como a mitigação das desigualdades sociais, estão ocultadas no atual cenário. Precisamos reelaborar um programa em torno desse conceito, da defesa da soberania do Brasil, que é uma bandeira fundamental para o nosso desenvolvimento”, garantiu.
Para Daniel Louzada, proprietário da livraria e responsável pelo o convite ao Governador, “quando se tem ameaça a conquistas e a direitos básicos garantidos legalmente, é preciso garantir espaços que preservam a diversidade e estimulam debates”.
Dando prosseguimento à agenda na capital fluminense, o governador Flávio Dino compôs a mesa de posse de Joaquim Falcão na Academia Brasileira de Letras (ABL).
Jurista e educador, Falcão dirigiu a Fundação Roberto Marinho e foi conselheiro representante da sociedade civil no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ABL, se torna o sexto ocupante da Cadeira 3, sucedendo Carlos Heitor Cony.
Em seu discurso, o novo Acadêmico defendeu as liberdades democráticas e expôs a vocação da cultura como matéria-prima da sociedade, capaz de ampliar a cidadania plena e acesso a direitos. “A democracia não funciona sem adequada infraestrutura para a livre circulação de direitos e deveres culturais. Não devemos nos entregar à outra escuridão. Aquela onde alguém escolhe por nós o que nós mesmos podemos escolher”, disse.