Anderson Torres diz que não é dele ‘minuta’ de ‘Estado de Defesa’

O delegado da Polícia Federal, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, disse nesta quinta-feira, dia 12, que não é dele a ‘minuta’ de um documento, que poderia ser usado para instaurar Estado de Defesa junto ao TSE, encontrado pela Polícia Federal na sua residência.

No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil (…) Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá (…) e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro.”, disse Anderson Torres.

Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança de Brasília após o fim do governo Bolsonaro. Ele está com decretação de prisão em aberto por causa dos atos terroristas ocorridos no último domingo, dia 8. Ele continua nos EUA desde quando bolsonaristas radicais invadiram e destruíram a sede dos três poderes da república.

“Irei me apresentar e cuidar da minha defesa.”, diz Anderson Torres

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, recentemente exonerado da Secretaria de Segurança do DF, usou sua conta no twitter na noite desta terça-feira, dia 10, para dizer que foi informado do pedido de sua prisão e que interromperá suas férias para se apresentar a Justiça e cuidar da sua defesa.

A prisão de prisão de Anderson Torres foi determinada hoje pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, em atendimento a uma representação do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos. O ex-ministro da Justiça está nos Estados Unidos desde o início do mês e foi exonerado durante os ataques aos três Poderes.

AL-MA anula ‘Titulo de Cidadão Maranhense’ dado a Anderson Torres

O deputado Othelino Neto (PCdoB), presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, atendeu ao apelo do ex-deputado Rogério Cafeteira, neste domingo, dia 8, e se comprometeu em adotar medida sobre o titulo de Cidadão do Maranhão, concedido a Anderson Torres, exonerado do cargo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, após atos terroristas em Brasília.

A manifestação de Cafeteira foi feita nas redes sociais, após a resposta do presidente da Assembleia Legislativa, o ex-deputado agradeceu.

“Parabéns meu amigo, tinha certeza que você não permitiria que essa vergonha manchasse a história da ALEMA.”, disse Cafeteira.

A cerimonia de entrega do Titulo de Cidadão Maranhense, a Anderson Torres, aconteceu em 27 de julho de 2022, na plenário da Assembleia Legislativa do Estado.

Anderson Torres é exonerado da Secretaria de Segurança do DF

O governador do Distrito Federal, Ibanes Rocha, exonerou na tarde deste domingo, dia 8, Anderson Torres, Secretario de Segurança de Brasília, ele é ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

“Estou em Brasília monitorando as manifestações e tomando todas as providências para conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios (…) Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF à disposição do mesmo.”, disse O governador do DF.

Anderson Torres está na Florida nos EUA, onde teria se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Quando começou a repercussão da invasão na sede dos três poderes em Brasília, ele se pronunciou classificando o ocorrido de lamentável.