Temer revela bastidores da queda de Dilma e tenta apagar rotulo de ‘golpista’

Livro A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar Uma Agenda Para o Brasil, reúne conversas entre o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o filósofo Denis Lerrer Rosenfield sobre os bastidores da política antes do impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Temer conta que manteve contato com militares, como o general Eduardo Villas Boas, e o chefe do Estado Maior da Força, general Sérgio Etchegoyen, entre 2015 e 2016.

Em entrevista ao Estadão, Rosenfield revela o desgaste da relação das Forças Armadas com o PT em razão da Comissão Nacional da Verdade.

De acordo com a reportagem, os militares tinham receio de que Dilma tentasse mudar a Lei da Anistia e de outros temas que constavam do Programa Nacional de Direitos Humanos-3, de 2009. Havia também o temor de que o PT mudasse a forma de acesso de oficiais ao generalato e a formação dos militares nas academias.

Assim, o objetivo era se aproximar de Temer, então vice de Dilma, para saber, segundo Rosenfield, com quais cenários deviam trabalhar.

“Não foi uma vez. Foram vários encontros”, diz o filósofo e autor do livro. O relato feito por Temer quer afastar os encontros com os militares do campo da conspiração política. Após o impeachment de Dilma, Villas Boas foi mantido no cargo e Etchegoyen foi nomeado ministro do novo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Golpe

No livro, Temer nega ter conspirado para a saída de Dilma e credita o impeachment ao então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB). A ofensiva, diz Rosenfield, se deu em razão de o PT ter negado apoio ao deputado.

“O que aconteceu é que o PT agrediu muito o presidente da Câmara e, em face dessa agressão, ele não teve outra alternativa”, diz. Ainda de acordo com o Estadão, o ex-presidente diz não ter cobiçado o cargo de Dilma e lamenta ter sido rotulado como golpista. “Golpista… O tempo todo. É um movimento político que mostra como tempos pouco apreço pela institucionalizado”, diz Temer.

O ex-presidente, chegou ter apenas 3% de aprovação, diz ter buscado a conciliação nacional.  “Chamei os partidos logo que as coisas aconteceram e disse: ‘Vocês me indiquem nomes que eu vou examiná-los para verificar se eu os aprovo ou não’. Pretendo forma uma espécie de quase semi-presidencialismo”.

Lava Jato

Quando assumiu a presidência a Lava Jato ainda pulsava forte. Em 2017, Temer acabou sendo alvo da operação. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou uma das gravações realizadas pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e apresentadas à Procuradoria-Geral da República (PGR) como parte da sua delação premiada.

No áudio, o presidente ouvia de Joesley que uma mesada estava sendo paga a Eduardo Cunha e ao operador do MDB no petrolão Lúcio Funaro para que se calassem sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”. Segundo as investigações, o grupo JBS era o responsável pelos pagamentos ao ex-deputado.

Temer se defende das acusações do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Delatores… me permita! Delator foi Joaquim Silvério dos Reis, foi Judas, não é? Esses foram delatores”, diz, referindo-se aos irmãos Joesley e Wesley Batista.

O prefácio do livro é assinado pelo economista Delfim Netto. “Não tenho a menor dúvida de que, quando chegar o julgamento – sem ideologia e sem oportunismo -, Temer será classificado como um presidente inovador e reformista”, diz na introdução da obra.

A obra retrata ainda a carreira jurídica de Michel Temer, o magistério, o início da vida política, as obras publicadas, sua atuação como deputado, cargos ocupados no Estado de São Paulo e fatos de sua vida pessoal. (Site Congresso em Foco)

Bolsonaro entregará várias obras no país, a maioria iniciadas nas gestões Lula e Dilma

Focado em 2022 e surfando na popularidade adquirida com o auxílio emergencial, o presidente Bolsonaro viajará ainda este ano pelo Brasil, segundo a coluna  Painel, da Folha para inaugurar obras de infraestrutura, a maioria iniciadas nos governos Dilma e Lula.

Das 33 obras, 25 foram iniciadas na gestão petista na presidência e 2 no governo de Temer. Apenas seis foram autorizadas pelo governado Bolsonaro, algumas delas vinham sendo pensadas em governos anteriores.

A maioria das obras fazem parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), criado em 2007 na gestão do PT.

Flávio Dino agradece Lula e Dilma ao entregar Residencial José Chagas

 

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O governador Flávio Dino agradeceu nas redes sociais neste sábado (8), aos presidentes Lula e Dilma, pela realização do sonhho das 256 famílias contempladas com apartamentos do Residencial José Chagas, que moravam em palafitas na Ilhinha em São Luís.

https://twitter.com/FlavioDino/status/1292131210936946689

A política habitacional que deu oportunidade para milhares de famílias do Maranhão, conseguissem a casa própria, foi criado nos governos Lula e Dilma, através do PAC e o programa “Minha Casa, Minha Vida.

Os recursos e autorização são do governo federal e executado pelos governos estaduais.

Colunista do Globo diz que ‘é hora de perdoar o PT’, no jornal

 

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O colunista e ex-diretor de redação do Globo, Ascânio Seleme, afirmou que ‘é hora de perdoar o PT’, no jornal:

Não há como uma nação se reencontrar se 30% da sua população for sistematicamente rejeitada. Esse é o tamanho do problema que o Brasil precisa enfrentar e superar. Significa a parcela do país que vota e apoia o Partido dos Trabalhadores em qualquer circunstância. Falo dos eleitores, não apenas dos militantes. Me refiro aos que acreditam na política de mudança do partido, não aos seus líderes.

Os que acreditam e sustentam o PT são a maioria do terço de eleitores perenes do partido, não os que foram flagrados nos dois grandes escândalos de corrupção que marcaram as gestões petistas. Esse agrupamento político, talvez o mais forte e sustentável da história partidária brasileira, tem que ser readmitido no debate nacional. Passou da hora de os petistas serem reintegrados. Ninguém tem dúvida de que os malfeitos cometidos já foram amplamente punidos.

O partido teve um ex-presidente e seu maior líder preso e uma presidente impedida de continuar governando. Outros líderes históricos também foram presos ou afastados definitivamente da política. Hoje, respeitadas as suas idiossincrasias naturais, homens e mulheres de esquerda devem ser convidados a participar da discussão sobre o futuro do país. Têm muito a oferecer e acrescentar.(…)

Mas o PT é maior que isso e, como já foi dito, para ladrões existe a lei. Imaginar que o partido repetirá eternamente os mesmos erros do passado é uma forma simples, fácil e errada de se ver o mundo. Os erros amadurecem as pessoas, as instituições, os partidos políticos. Não é possível se olhar para o PT e ver só corrupção. O petismo não é sinônimo de roubo, como o malufismo (…). (Informações do DCM)

Diretora espera que filme mostre importância de proteger a Democracia

 

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Petra Costa (Foto: Diego Bresani)

Petra Costa, responsável pelo filme “Democracia em Vertigem”, indicado nesta segunda-feira (13) ao Oscar de melhor documentário, foi às redes sociais para agradecer pela indicação e reafirmar a importância da obra para o momento político atual.

“Numa época em que a extrema direita está se espalhando como uma epidemia, esperamos que esse filme possa nos ajudar a entender como é crucial proteger nossas democracias. Está se tornando cada vez mais evidente o quanto o pessoal é político para tantos ao redor do mundo, e acredito que é por meio de histórias, linguagem e documentários que as civilizações começam a se curar”, disse Petra Costa.

O filme narra os bastidores do golpe que levou a ex-presidenta Dilma Rousseff ao impeachment, a prisão de Lula e a ascensão de Sergio Moro e Jair Bolsonaro. Lançado mundialmente em 19 de junho de 2019, o documentário emocionou diversos espectadores e gerou a ira de bolsonaristas, que atacaram a Netflix, onde o filme está hospedado. (Revista Fórum)

Michel Temer: impeachment de Dilma foi vingança de Cunha

 

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Foto: Reprodução

“Um equívoco do PT, eu penso que se o PT tivesse votado com ele [Cunha] naquela comissão, ele estava com boa vontade para eliminar o impedimento”, afirmou Temer.

O ex-presidente Michel Temer revela em entrevista a jornalista Andreia de Sadi que vai ao ar nesta quarta-feira (27), que o então presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, decidiu pautar abertura do impeachment Dilma Rousseff, por vingança contra o PT, após votar a favor o processo de cassação de Cunha no Conselho de Ética da Câmara, em dezembro de 2015.

É bom lembrar que o maior beneficiado com a cassação de Eduardo Cunha e  impeachment de Dilma Rousseff foi justamente Temer. (Revista Fórum)

“Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe”, Temer sobre impeachment de Dilma

 

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ex-presidente Michel Temer, no Roda Viva/Foto: Reprodução

Declaração do ex-presidente Michel Temer (MDB), na noite de ontem segunda-feira (16), durante entrevista no Program Roda Viva na TV Cultura, em que usa a palavra ‘golpe’ duas vezes para se referir ao impeachment  de Dilma Roussef foi uma especie de ‘pedido de desculpas e reconhecimento histórico da verdade’.

Ele ainda reforçou a ocorrência do ‘golpe’ ao admitir que se Lula tivesse assumido a Casa Civil, o impeachment provavelmente não ocorreria. Segundo Temer, o ex-presidente tinha boa articulação política “Lula tinha bom contado com o Congresso”.

Bolsonaro e a requalificação dos governos passados

 

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Foto: Roberto Stuckert Filho

Ricardo de João Braga *

Em alguns momentos da história os movimentos políticos têm um encontro marcado com a realidade, em encruzilhadas onde desembocam economia, política e políticas públicas. Por debaixo das camadas de retórica partidária e eleitoral e de sentimentos e afeições populares, movem-se as placas tectônicas que sustentam movimentos e ideologias.

Diante da vitória eleitoral de Jair Bolsonaro e o perfil que se antecipa para seu governo – ultraliberal na área econômica e tradicionalista na moral e costumes – entendo que os governos FHC e Lula-Dilma, entre 1995 e 2016, representam uma linha de continuidade em seus traços principais, oscilando em torno do centro do espectro político.

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