
A nova rodada da Pesquisa Genial/Quaest (2025) divulgada nesta quarta-feira, dia 19, mostra que a queda da inflação dos alimentos e a disputa tarifária com os EUA impulsionam a melhora na aprovação do governo Lula — com destaque no Nordeste, entre homens, pessoas de menor renda, menor escolaridade e católicos.
Já Jair e Eduardo Bolsonaro aparecem como os mais mal avaliados do país no trato com as medidas do presidente norte-americano contra o Brasil.
O governo Lula tem seu melhor desempenho desde o começo de 2025: desaprovação foi de 53% para 51% e a aprovação de 43% para 46% (diferença era de 10pts em jul/25 e foi para 5pts em ago/25).

Se de março para julho, Lula ganhou popularidade no Sudeste, neste último mês o governo recuperou popularidade no Nordeste: a aprovação foi de 53% para 60% (+7) e a desaprovação foi de 44% para 37% (-7).
É possível detectar recuperação de popularidade nos dois estados do Nordeste: Bahia (de 47% para 60%) e Pernambuco (de 49% para 62%). Em GO, SP, PR, RS e RJ, a desaprovação do governo continua acima de 60%, mas apresenta uma tendência de melhora. Em MG, o estado pêndulo do país, desaprovação é de 59%.
Se de março para julho, Lula melhorou sua popularidade na renda média, neste último mês o governo recuperou popularidade na renda baixa: a aprovação foi de 46% para 55% (+9) e a desaprovação foi de 49% para 40% (-9) neste estrato.
O que pode explicar essa melhora na popularidade do governo, especialmente no Nordeste e na população de renda baixa, é o supermercado. Depois de mais de um ano e meio, a parcela de brasileiros que percebe alta no preço dos alimentos caiu para perto de 60%. Esse alívio no bolso impulsionou a popularidade do governo, sobretudo entre os mais pobres.
A sensação de melhora nos preços dos alimentos vem sendo sentida em todas as regiões do país desde o começo do ano. Mas agora, sem as crises do PIX e do INSS, produzem efeitos mais acentuados e percebidos na popularidade do governo.