Flávio Dino editará Decreto para tentar proteger áreas indígenas no Maranhão

 

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O líder indígena Paulo Paulino Guajajara, assassinado no Maranhão (Sarah Shenker/Survival International/Reprodução)

O governador do Maranhão, Flávio Dino, anunciou através da sua conta no twitter que segunda-feira (4), editará um Decreto para ajudar na proteção de áreas indígenas no estado. A decisão se dá, segundo ele, em razão da dificuldade dos órgãos federais em enfrentar o problema.

“Diante da evidente dificuldade dos órgãos federais em proteger as terras indígenas, vamos tentar ajudar ainda mais os servidores federais e os índios guardiões da floresta, no limite da competência constitucional e legal do @GovernoMA. Amanhã editarei Decreto sobre o tema”, anunciou Flávio Dino.

A responsabilidade e competência para apurar e punir crimes ou resolver conflitos em áreas indígenas é do governo federal. Mas, o governo do Maranhão através das secretárias de (Segurança Pública/Direitos Humanos), está colaborando no esclarecimento do crime que teve como vitima o líder indígena Paulo Paulino Guajajara, do grupo Guardiões da Floresta, numa emboscada ocorrida na última sexxta-feira (1º), em Bom Jesus das Selvas.

Bolsonaro pode ter mandado destruir celular e obstruído investigação

 

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Presidente Jair Bolsonaro/Foto: Reprodução

247 – “Em janeiro, um mês depois de o caso Fabrício Queiroz/Flávio Bolsonaro espoucar, Jair Bolsonaro mandou um emissário de confiança dar a seguinte instrução ao ex-faz-tudo da família: que Queiroz jogasse o aparelho de celular fora e comprasse uma nova linha. E assim foi feito”, informa o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no Globo.

Ontem, Bolsonaro confesso ter obstruído as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco.

Jair Bolsonaro afirmou a um grupo de jornalistas que interferiu diretamente nas investigacões sobre a morte da ex-vereadora Marielle Franco, ao pegar a gravação na portaria de seu condomínio para que não fosse adulterada. Recentemente, um dos suspeitos de assassinar Marielle Franco, Élcio Queiroz, teve entrada liberada na casa de Jair Bolsonaro na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, depois de dizer que iria na casa 58 – a de Jair Bolsonaro – e não a de Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato.

“Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, declarou Bolsonaro, numa confissão que revela sua interferência direta no caso.

“Se fizer jornalismo, a Globo conseguirá ressuscitar a denúncia…”

 

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Foto: Reprodução

Por Luís Nassif

No impeachment de Fernando Collor, a peça chave foi o motorista Eriberto. Ele apareceu em uma reportagem da IstoÉ. Em seguida foi escondido por um jornalista em seu sítio, porque sabia-se que era personagem chave. Foi central no impeachment.

Os Organizações Globo cometeram seu segundo grande erro de cobertura, fruto do descuido com a própria força. O primeiro, foi a tentativa de derrubar Michel Temer no episódio JBS. O segundo, agora, em cima de uma cobertura descuidada. Fiaram-se no inquérito que lhes foi vazado parcialmente. E não cuidaram sequer de checar os fatos com o próprio porteiro, e demais porteiros e moradores do condomínio de Bolsonaro.

É o vício do jornalismo prato pronto, herdado da Lava Jato, que transformou a imprensa em mera publicadora de releases. Agora, é tratar de ressuscitar o morto, o jornalismo.

Tem-se um ponto central de raciocínio.

  1. Na visita de Élcio Queiroz ao condomínio, o porteiro colocou o número da casa de Bolsonaro na planilha antes de acontecer o assassinato de Marielle.
  2. Há duas explicações para o cochilo de ter confundido as casas de Bolsonaro e de Ronnie Lessa, o suposto assassino. Ou as reuniões foram programadas em conjunto. Ou havia um mesmo grupos de pessoas que visitava ambas as casas.

O caminho correto da reportagem deveria ter sido a de ouvir não apenas o porteiro, mas outros porteiros e moradores do prédio.

Aí, saberiam dos seguintes fatos, que me foram passados por fonte fidedigna, com acesso ao condomínio.

  1. O condomínio abriu mão de interfones, por ser caro e por problemas de instalação. Optou-se por telefonar ou para o celular ou para o telefone fixo de cada proprietário.
  2. No caso de Bolsonaro, as ligações são para o próprio celular de Bolsonaro. E é ele quem atende. O que significa que a versão do porteiro não era descabida. Ou seja, o fato de estar em Brasilia não o impedia de atender o telefone.
  3. Carlos Bolsonaro, o Carluxo, também recebe os recados pelo celular. Em geral, fica pouco no condomínio, pois prefere permanece em seu apartamento na zona sul. Mas porteiros ouvidos por moradores sustentam que, naquele dia, ele estava no condomínio.
  4. O porteiro do depoimento está de férias. Mas moradores do condomínio foram, por conta própria, conversar com os demais porteiros. E eles garantiram que a ligação foi feita para Bolsonaro mesmo.

O sistema eletrônico diz que a ligação foi para Ronnie Lessa. Tem que se buscar as razões para esse desencontro. O porteiro pode ter ligado para Bolsonaro, que lhe disse para ligar diretamente para Ronnie Lessa, por exemplo. O próprio Elcio Queiroz pode ter corrigido o porteiro.

Agora, uma reportagem mal feita colocou porteiro e porteiros à mercê de Sérgio Moro e Augusto Aras, que se transformaram no grande braço de Jair Bolsonaro

Há tempo de se tentar salvar a reportagem.

OLHO DO FURACÃO: STF deverá investigar envolvimento de Bolsonaro na morte de Marielle

 

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Foto: Reprodução

Reportagem veiculada nesta terça-feira (29), no Jornal Nacional, colocado Jair Bolsonaro no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Um dos envolvidos no crime, ocorrido em 14 de março de 2018, esteve no condomínio de Bolsonaro no dia do crime e disse que iria na casa 58 de propriedade do então deputado.

O acusado teria se dirigido a casa do policial militar Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram Marielle.

Logo após a exibição da reportagem Jair Bolsonaro numa live de mais de 20 minutos diretamente da Arábia Saudita, tentou se afastar de qualquer envolvimento com o caso, mas se mostrou bastante abalado com sua citação no assassinato de Marielle Franco.

Weverton cancela solenidade após assassinato de militante do PDT em São Luís

 

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Senador Weverton, presidente Estadual do PDT, cancela solenidade que receberia titulo de Cidadão Ludovicense/Foto: Reprodução

A solenidade onde seria concedido o Titulo de Cidadão Ludovicense ao senador Werton Rocha (PDT), nesta quinta-feira (17), na Câmara Municipal de São Luís, foi cancelada a pedido do próprio homenageado.

A decisão foi motivado pelo assassinado do militante pedetista Dimas, ocorrido na manhã de hoje após uma discussão sobre espaço na feira da Cohab, em São Luís, onde era administrador.

Natural da cidade de Imperatriz, Região Tocantina, o titulo a Weverton é uma indicação do vereador Pavão Filho. O senador disse não haver condições para realização do  evento após o que considerou trágico.

“Cancelei o evento que aconteceria hoje às 16h na Câmara Municipal porque infelizmente nesta manhã por causa da morte do companheiro Dimas, morador do Andiroba, zona rural de São Luís. Ele era um grande amigo e militante do PDT”, justificou e lamentou Weverton.

Janot planejou matar Gilmar: era mentira que ‘as instituições funcionavam normalmente’

 

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Rodrigo Janot relatou episódios inéditos em entrevista a VEJA (VEJA/VEJA)

reportagem de capa de VEJA desta semana gerou fortes reações no mundo da política. Em entrevista exclusiva para a revista, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, relatou, entre outros episódios, que entrou armado no Supremo Tribunal Federal para tentar matar o ministro Gilmar Mendes.

O caso é um dos temas mais mencionados nas redes sociais desde a noite da quinta-feira 26 — incluindo autoridades, que fizeram comentários de espanto e repúdio sobre a história.

Em maio de 2017, a Operação Lava-Jato estava atingindo seu ponto mais alto. O ex-presidente Lula teve a primeira audiência com o juiz Sergio Moro no caso do apartamento tríplex, a Presidência de Michel Temer tremeu após a divulgação de um vídeo que mostrava um deputado puxando pelas ruas de São Paulo uma mala cheia de dinheiro e a delação premiada dos donos da JBS disparou ondas de choque devastadoras contra o mundo político. Houve também um quarto episódio, até agora desconhecido, que por pouco não mudou radicalmente a história da maior investigação criminal já realizada no país. (Veja)

“Milicianos superestimaram poder da vereadora Marielle Franco”

 

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Assassinato de Marielle Franco completa 9 anos/Foto: Reprodução

Em entrevista ao jornal Estadão, publicada nesta sexta-feira, o secretário de Segurança Pública do Rio, o general Richard Nunes, afirmou que milicianos mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) por achar que ela podia atrapalhar negócios de grilagem de terra na zona oeste do Rio. Segundo o general, os criminosos superestimaram o poder de Marielle.

“Era um crime que já estava sendo planejado desde o final de 2017, antes da intervenção. Isso aí nós temos já; está claro na investigação. O que aconteceu foi o contrário. Os criminosos se deram conta da dimensão que tomou o crime por ter sido cometido na intervenção. Não podemos entender como afronta porque eu assumi em 27 de fevereiro. E dei posse ao comandante da PM no dia 14 de março, que foi o dia do crime. Estávamos iniciando um trabalho. E hoje com os dados de que dispomos de 19 volumes de investigação fica claro que se superestimou o papel que ela desempenhava”, disse ao jornal.

O assassinato de Marielle e de seu motorista Anderson Pedro Gomes completa nove meses nesta sexta-feira (14). Eles foram mortos na noite de 14 de março, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Ambos foram alvejados quando voltavam para casa, de carro, após participar de evento na Lapa. Os tiros foram disparados de outro veículo.

O estado do Rio de Janeiro está sob intervenção federal desde o dia 17 de fevereiro. O crime ainda não foi solucionado.

Na manhã desta sexta-feira a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão contra o vereador Marcello Siciliano (PHS). Foram apreendidos documentos, computadores, um cofre e ainda equipamentos eletrônicos, na casa e no gabinete do vereador. As ordens judiciais estão ligadas à investigação do assassinato de Marielle e Anderson. As informações foram divulgadas pelo portal G1. 

Oriunda da Favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle Franco tinha 38 anos e estava em seu primeiro mandato. Era socióloga, com mestrado em administração pública, e ficou conhecida pela militância na área dos direitos humanos.

Nesta quinta-feira (13) foram cumpridos mandados de prisão e apreensão no Rio de Janeiro e Juiz de Fora, em Minas Gerais. A apuração dos mandantes e executores dos homicídios é conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira que o assassinato “pesa” sobre o Brasil e sobre a imagem do país no exterior. Segundo ele, as investigações iniciadas no mês passado para apurar possíveis interferências no inquérito conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro estão indo “muito bem”.

Marielle Franco trabalhou por dez anos no PSOL ao lado do deputado estadual Marcelo Freixo. Na véspera do assassinato da vereadora completar nove meses, a Polícia interceptou um plano de matar o deputado. O crime seria cometido neste sábado (15).

Congresso em Foco/Agência Brasil.