O governador Flávio Dino (PCdoB), classificou a conduta do presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira, dia 27, ao atacar jornalistas, como “incompatível com a condição de presidente da República”.
“Ofender jornalistas, no exercício de suas funções, com palavras agressivas e obscenas, não é uma conduta compatível com a condição de presidente da República. Minha solidariedade aos ofendidos”, governador Flávio Dino.
Durante um encontro com artistas na tarde de hoje em Brasília, o presidente ao se referir à repercussão dos gastos do governo com comida em 2020, disse que o ‘leite condensado’, era para “enfiar no rabo imprensa”.
Quem dera "proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decôro do cargo" fosse crime de responsabilidade. Ops, é: Lei 1079 (impeachment), Art. 9, inciso 7. Mas ninguém liga mesmo. https://t.co/IOItpxIgU5
Ex-senador, Roberto Cavalcante, proprietário do Sistema Correio de Comunicação da Paraíba/Foto: Reprodução
“Tem emissoras que dão placar de quantos morreram no país. Parece que são gols da seleção do Brasil. Hoje, 10 mil gols, batemos o recorde. Isso é uma vergonha (..) jornalista e radialista que fizesse um negócio desses deveria ser apedrejado na rua”, disse o ex-senador Roberto Cavalcante.
Roberto Cavalcanti é dono do Sistema Correio, conglomerado de comunicação da Paraíba. Ele também foi senador da República por alguns anos.
Hoje, em sua própria rádio, ele disse que jornalistas que noticiam as mortes por coronavírus deveriam ser APEDREJADOS NA RUA.
O governador do Maranhão voltou demonstrar preocupação nesta terça-feira (5), com as atitudes e condições pessoais e políticas do presidente Bolsonaro em governar o país, que nesta manhã atacou novamente profissionais de imprensa no ‘cercadinho’ do Palácio do Planalto a ponto de mandar os jornalistas ‘calarem a boca’.
“Um presidente da República que se omite diante de agressões físicas a jornalistas, perpetradas diante dos seus olhos, e manda jornalistas “calar a boca”, está com sérios problemas pessoais, políticos e jurídicos. Governar exige equilíbrio, bom senso e respeito às leis”, destacou Flávio Dino.
Como tem sido comum, quando as provocações do governo repercutem negativamente, e o presidente normalmente transfere a culpa aos outros, nesta quinta-feira (5), ele não fugiu à regra e decidiu reclamar novamente dos jornalistas.
“Parabéns!.. Fiz piada com o PIB. Parabéns aí, valeu. Continuem agindo assim. Quando vocês aprenderem a fazer jornalismo, eu converso com vocês”, disse Bolsonaro.
Jair Bolsonaro não gostou da imprensa publicar que ele fez piada com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), no primeiro ano do seu governo, que ficou no pífio 1,1%. Ele e Paulo Guedes (Ministro da Economia) esperavam algo tipo 2,2%.
“Se vocês sofrem ataque todo dia, o que vocês estão fazendo aqui? O espaço é público, mas o que vocês estão fazendo aqui? O dia que vocês (se) conscientizarem que vocês são importantes fazendo matérias verdadeiras, o Brasil muda”, criticou Bolsonaro.
Ontem quando o IBGE divulgou o resultado e a imprensa o esperava no Palácio da Alvorada, como de costume, para falar sobre o resultado do PIB, Jair Bolsonaro apareceu com humorista, Carioca, fantasiado de presidente, distribuindo bananas para os jornalistas.
O presidente Jair Bolsonaro surpreendeu jornalistas na manhã desta quarta-feira (4), no Palácio da Alvorada, quando era esperado para comentar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), no primeiro ano do seu governo, que ficou em 1,1%.
Um humorista fantasiado de presidente Bolsonaro surgiu distribuindo bananas em seguida falou aos jornalistas e para platéia de apoiadores do presidente que costumam acompanhar as falas do presidente do Brasil, no local em Brasília.
Segundo informações, os jornalistas viraram às costas para o presidente e o humorista, em razão da negativa de Jair Bolsonaro em responder as perguntas sobre o PIB.
A senadora Katia Abreu (PDT-TO) manifestou solidariedade à jornalista da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello alvo de ofensas após depoimento de Hans River, ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp, na CPI Mista (CPI) das Fake News, na semana passada.
“.. estão ganhando com isso o que? Ela está no exercício da sua profissão! Escolheu ser jornalista como tantas outras. Agora quando alguém fica com raiva de homem, de jornalista, ninguém fala da moral, da sua vida sexual, fala das suas coisas íntimas. Por que da mulher todo mundo se vê no direito de poder ofender as suas questões pessoais, de querer humilhá-la e de desonrá-la? (…) Isso é coisa de país sub, sub, subdesenvolvido — enfatizou.. é preciso defender as mulheres, desde as mais pobres até as mais ricas, e que todas “merecem ser tratadas com dignidade, sobretudo pelas grandes autoridades do país”, disse com indignação Katia Abreu.
O levantamento realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro os ataques a jornalistas e a veículos de imprensa cresceram 54,07%. Só o presidente Jair Bolsonaro foi responsável por 121 dos ataques.
Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública/Foto: Reprodução
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, proibiu a entrada de jornalistas com celulares, gravadores e câmeras de filmagem em palestra realizada ontem terça-feira (17), no Palácio Tangará, hotel de luxo na zona Sul de São Paulo.
A informação foi passada à imprensa pela assessoria de comunicação do hotel.
Moro palestrou no evento internacional sobre lavagem de dinheiro “The Offshore Alert Conference Brazil”, realizado segunda e terça-feira, em São Paulo.
A condição foi imposta pelas assessorias do ministro e do evento foi que jornalistas entrassem apenas “com papel e caneta nas mãos”.
Questionado após o evento o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro usou a velha desculpa utilizada para se esquivar da culpa, disse que não houve proibição à entrada de jornalistas com celulares e gravadores no evento, tratando-se apenas de uma falha de comunicação.
“A restrição era apenas para filmagem”, disse Moro. Então tá!..
Começará na próxima quinta-feira (1º), a votação dos deputados federais e senadores que estão concorrendo ao Prêmio Congresso em Foco 2019. Quatorze parlamentares da Bancada Maranhense estão na lista.
Os congressistas serão escolhidos por meio de três filtros: votação popular, júri especializado e jornalistas que cobrem o Congresso. A votação na internet vai se estender de 1º a 31 de agosto. Os vencedores serão anunciados em 19 de setembro.
Da bancada maranhense, dos três Senadores apenas Eliziane Gama (Cidadania) está na disputa. Dos dezoito Deputados Federais, 13 concorrem. Em ordem alfabéticas são os seguintes:
O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB)/Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) apresentou proposta para viabilizar o acúmulo de dois cargos públicos de jornalista. A proposta de emenda à Constituição (PEC) 29/2019 aguarda a designação do relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
No texto da PEC, o senador argumenta que outros profissionais já podem acumular cargos. A Constituição garante a ocupação de dois cargos de professor, um cargo de professor e outro técnico ou científico e dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde desde que exista compatibilidade de horários.
“A finalidade da alteração é a mesma existente nos outros casos, que visa a permitir a profissionais que, como regra, têm jornadas especiais de trabalho, acumularem cargos, inclusive para suprir, de forma mais adequada, as necessidades do serviço público”, escreveu.
A emenda altera o inciso XVI do art. 37 da Constituição federal, o qual proíbe a acumulação de cargos públicos. Com a alteração, jornalistas passam a ter o mesmo benefício.
Veneziano também reconhece no texto que as normas sobre carga horária de cinco horas para jornalistas não é cumprida em todos os órgãos de serviço público. Contudo, ele enfatiza que existe o reconhecimento das especificidades da atividade e a necessidade de ajuste das jornadas. Além disso, o senador ressalta que o acúmulo de cargos só pode ser feito com base na compatibilidade de horários.
“A presente proposta permitirá atender não apenas os justos anseios dos jornalistas como o interesse público”, conclui.