Tensão entre Poderes: Forças Armadas não aceitam tomada de poder por outro poder

 

Foto: Reprodução

O presidente Bolsonaro, o vice-presidente, general Mourão e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, assinaram uma nota divulgada pela Secom que afirmam que as Força Armadas não aceitam “ordens absurdas”, como “tomada de Poder”.

Na última sexta-feira (12), o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, disse que é “ultrajante e ofensivo” falar em “golpe” com apoio das Forças Armadas, porém, ele fez a ressalva de que isso nunca acontecerá se a oposição “não esticar a corda”.

A declaração voltou criar um clima de tensão e reações entre os poderes.

“A missão institucional das Forças Armadas na defesa da Pátria, na garantia dos poderes constitucionais e na garantia da lei e da ordem não acomoda o exercício de poder moderador entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”, disse o ministro Fux do STF em uma ação.

A nota assinado por Bolsonaro, Mourão e Fernando Azevedo foi em resposta à repercução da decisão do ministro STF.

“As FFAA do Brasil não cumprem ordens absurdas, como p. ex. a tomada de Poder. Também não aceitam tentativas de tomada de Poder por outro Poder da República, ao arrepio das Leis, ou por conta de julgamentos políticos”, afirma a nota.

(Congresso em Foco)

Márcio Jerry reage à crítica de Carlos Bolsonaro a reunião de Mourão e Flávio Dino

 

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O deputado Márcio Jerry, vice-líder do PCdoB na Câmara Federal, reagiu nesta sexta-feira (3), à crítica de Carlos Bolsonaro, filho e uma das vozes mais influentes do presidente Bolsonaro, que criticou e fez insinuações à reunião esta semana em que participaram o vice-presidente Mourão e o governador Flávio Dino (PCdoB-MA).

“O filhinho de papai @jairbolsonaro@CarlosBolsonaro, resolve criticar o vice presidente @GeneralMourao por este dialogar sobre os problemas da amazônia e do Brasil com o governador do Maranhão, @FlavioDino. É cada coisa que essa famiglia apronta…”, reagiu Márcio Jerry no twitter.

Carlos Bolsonaro não gostou da repercussão esta semana, após reunião entre os governadores da Amazônia e o vice-presidente Mourão, em que Flávio Dino também participou. Após o encontro o governador do Maranhão elogiou a postura de Mourão e disse que se o general tivesse na presidência, o Brasil chegaria em melhores condições em 2012.

“O que leva o vice-presidente da república se reunir com o maior opositor SOCIALISTA do governo, que se mostra diariamente com atitudes totalmente na contramão de seu Presidente?”, provocou Carlos Bolsonaro,

Mourão diz a Dino que Conselho apresentará plano dia 25 março

 

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Governador Flávio Dino, Vice-Governador Carlos Brandão e o Vice-Presidente Hamilton Mourão

O Vice-Presidente da Republica Hamilton Mourão durante reunião com o governador do Maranhão, Flávio Dino, em São Luís, no Palácio dos Leões, disse que Conselho da Amazônia fará primeira reunião no dia 25 de março. na oportunidade serão apresentados os objetivos, metas e ações voltadas para a região Amazônica. Hamilton Mourão é o coordenador do Conselho.

O Vice-Presidente está visitando os governadores dos estados que estão na Amazônia Legal. Os mandatários estaduais ficaram de fora Conselho criado pelo governo Bolsonaro.

É a primeira vez que Mourão vem ao Maranhão desde a mudança que transferiu o Conselho da Amazônia Legal do Ministério do Meio Ambiente para a Vice-Presidência da República. E também após a exclusão dos governadores da região do grupo que discute estratégias para a Amazônia.

Conforme o decreto de 1995, o Conselho seria composto por 20 ministros; três representantes de órgãos federais; e pelos governadores da Amazônia Legal. Integram a Amazônia Legal: o Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

Agora integram o Conselho o vice-presidente Hamilton Mourão e os ministros das seguintes pastas: Casa Civil; Justiça, Defesa, Relações Exteriores, Economia, Infraestrutura, Agricultura; Minas e Energia; Ciência, Tecnologia e Comunicações; Meio Ambiente; Desenvolvimento Regional; Secretaria-Geral da Presidência; Secretaria de Governo da Presidência; Gabinete de Segurança Institucional. ( Com  informações do Blog Marrapá)

A coerência de Mourão na ‘esquizofrenia de ditadores maus e bons’

 

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Vice-Presidente Hamilton Mourão/Foto: Reprodução

A senadora Eliziane Gama (PPS-MA), elogiou a postura do vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão em meio recrudescimento da pressão em relação à crise na Venezuela.

Para a senadora, contrária ao regime adotado e defendido por Nicolás Maduro, as declarações de Mourão demonstra equilíbrio e coerência ao se posicionar contra intervenção no país vizinho e favorável a uma saída politicamente negociada.

“Em meio ao que está acontecendo, surge na verdade uma voz coerente, que é a voz do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, taxativamente contrário a uma intervenção militar na Venezuela. Agir a partir de conveniências ou interesses, sabe-se lá quais são, a gente nunca sabe qual o retorno, qual a repercussão, qual o resultado que isso pode ter ao final de tudo” afirma a senadora.

Eliziane questiona o que estaria por trás das reais intenções de Jair Bolsonaro e Donald Trump. Isto porque enquanto ambos demonizam Maduro, o presidente dos Estados Unidos elogia o ditador Norte-Coreano, Kim Jong-un, e o presidente do Brasil faz o mesmo com o ditador Paraguaio Alfredo Stroessner.

“Uma coisa é fato: ditador é ditador em qualquer lugar do mundo. O Kim, o Stroessner e o Maduro são igualmente ditadores” disse a senadora maranhense Eliziane Gama.

Maduro diz que há um complô para derrubá-lo com apoio do Brasil

 

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Nicolás Maduro: Foto: Yamil Lage

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, avisou durante ato do Partido Socialista Unido, que em seu país a direita não fará o mesmo que fez no Brasil. Ele ainda classificou de “louco” o general Mourão, vice de Jair Bolsonaro, por declarar que o fim do governo maduro estaria próximo.

“A Venezuela não é o Brasil. Aqui não vai ter um Bolsonaro. Aqui será o povo e o chavismo por muito tempo(…). Bolsonaro aqui não teremos nunca, porque nós construímos a força popular”, declarou Maduro.

Para Maduro, há um complô orquestrado pelos Estados Unidos, para derrubá-lo e assassiná-lo, com apoio do Brasil e da Colômbia.

“Aqui o espero, com milhões de homens e mulheres e com as Forças Armadas (…). Aqui lhe espero, Mourão, venha pessoalmente”, desafiou Maduro em um inflamado discurso.

Maduro inicia no próximo dia 10 de janeiro um segundo mandato, de seis anos, após ser reeleito em votação boicotada pela oposição e denunciada por Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.

Maduro garantiu que John Bolton, assessor de Segurança Nacional dos EUA, deu instruções para “provocações militares na fronteira” entre Venezuela e Brasil em uma reunião com Bolsonaro.

Um dia após sua vitória eleitoral, em outubro, Bolsonaro descartou uma eventual intervenção militar na Venezuela, apesar das “sérias dificuldades” causadas pela “ditadura” de Maduro.

A pressão diplomática contra Maduro por parte de países vizinhos como Brasil e Colômbia aumenta diante da chegada de milhares de imigrantes venezuelanos que fogem da crise econômica em seu país.

Informações O Globo