“merece Prêmio Nobel.., ou é o maior escândalo judicial do mundo”, Gilmar sobre diálogos na Lava Jato.

O ministro Gilmar Mendes, do STFl, afirmou em voto proferido nesta terça-feira (9), durante julgamento da Segunda Turma, que ou os diálogos da Lava Jato “são ficcionais e merecem o Prêmio Nobel de literatura, ou é o maior escândalo judicial do mundo”.

“Ou nós estamos diante de uma obra ficcional fantástica, ou estamos diante de um caso extravagante, que o colunista do The New York Times tem razão de dizer: é o maior escândalo judicial da História da Humanidade”, declarou Gilmar, em referência a artigo publicado hoje no The New York Times.

Votaram a favor do compartilhamento das conversas da Lava Jato, com diálogos comprometedores entre o ex-juiz Sérgio Moro e procudadores da Força Tarefa, em conluiou contra o ex-presidente Lula: Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Kassio Nunes Marques e Cármen Lúcia. O único voto contrário foi do ministro Luiz Fachin. (brasil 247)

Lula posta vídeo de 2017, em que pergunta a Moro, se ele é ‘imparcial’

O ex-presidente Lula, divulgou nas redes sociais nesta quinta-feira, dia 4, um vídeo de 2017, em que durante uma audiência em Curitiba, comandada pelo então ex-juiz Sérgio Moro, ele pergunta se ao chegar em casa, poderia dizer à sua família que foi a Curitiba prestar depoimento a um ‘juiz imparcial’.

A atitude de Lula ocorre após divulgação e repercussão de novas conversas entre o então ex-juiz Sérgio e os procuradores da Lava Jato, autorizadas pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski.

Ministro do STF autoriza à defesa de Lula acesso a mensagens da Vaza Jato

O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, autorizou nesta segunda-feira (28), o compartilhamento com a defesa do ex-presidente Lula, das mensagens apreendidas e divulgadas pela ‘Vaza Jato’.

O acesso às informações terá prazo de 10 dias e sob a supervisão da Polícia Federal.

“… tendo em conta o direito constitucional à ampla defesa, defiro, por enquanto, sem prejuízo de providências ulteriores (..) ”, afirmou Lewandowski.

As mensagens são aquelas trocadas entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sérgio Moro, que após deixar a magistratura, se tornou ministro do governo Bolsonaro.

Com a decisão de Lewandowski, a defesa de Lula poderá usar as mensagens para provar a parcialidade contra o ex-presidente, nos processos que resultaram em sua prisão e retirada da disputa em 2018.

“..vai atuar na defesa de réus? Ou como assistente do Ministério Público?..”, Dino sobre Moro

O governador do Maranhão, Flávio Dino, também ex-juiz federal e primeiro colocado no concurso em que foi aprovado Sérgio Moro, usou as redes sociais nesta quinta-feira (17), para em tom de ironia comentar a aquisição do registro de advogado do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, junto à OAB do Paraná.

“Sérgio Moro, como novo advogado, vai atuar na defesa dos réus? Ou como assistente do Ministério Público, que parece ser sua maior especialidade? De todo modo, agora não há nenhum para que ele atue parcialmente. Antes é que não podia”, ironizou Dino no twitter.

PF conclui que delegação de Palocci contra Lula não tem provas

 

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A delação do ex-ministro, Antônio Palocci, sobre pagamento de propina para Lula que seria operada junto ao BTG, não tem provas. Foi o que concluiu as investigações da Polícia Federal, como destaca neste domingo (16), a jornalista Mõnica Bergamo.

A  delação de Palocci foi liberada pelo então juiz Sergio Moro, às vésperas das eleições presidencial de 2018, vencida por Bolsonaro que nomeou o ex-juiz da Lava Jato, ministro da Justiaça.

“Parecem todas terem sido encontradas em pesquisas na internet, sem acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais”, trecho do inquérito assinado pelo delegado Marcelo Daher.

“STF demonstrou ontem ‘abuso de autoridade’ de Moro”, diz Flávio Dino

 

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Foto: Reprodução

O governador Flávio Dino, também ex-juiz federal, comentou na manhã desta quarta-feira (5), o resultado favorável ao ex-presidente Lula, ontem na 2ª turma do STF.

Notório crítico da condução dos processos contra Lula, no âmbito da Lava Jato, disse que no julgamento ficou demonstrado ‘abuso de autoridade’ do ex-juiz Sérgio Moro.

“Com o julgamento no STF ontem, estão demonstrados ABUSOS DE AUTORIDADE cometidos por Sérgio Moro contra o presidente Lula. Se o intuito de um ato judicial era produzir um fato eleitoral, como afirmado no STF, há grave desvio de finalidade.”, disse Dino nas redes sociais.

Sema passada um vídeo divulgado pelo próprio Flávio Dino, nas redes sociais, ele comenta com base técnica, o que chamou de ‘razões jurídicas’ para caracterizar a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro, dando como exemplo o caso do “triplex”.

Deltan poderá ser afastado da Lava Jato com base na tentativa de criar Fundação

 

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Foto: Reprodução

Luis Fernando Bandeira de Melo, relator de um dos procedimentos que tramitam no Conselho Nacional do Ministério Público, pedirá o afastamento de Deltan Dallagnol da Lava Jato em Curitiba, que é coordenada por ele.

Bandeira de Melo é indicado do Senado no CNMP e respaldará seu pedido principalmente na criação de uma fundação por Dallagnol para receber R$ 2,5 bi que foram pagos pela Petrobras em processo nos EUA.

Como  denunciado pela Vaza Jato, a tentativa de criação da Fundação foi costurado por Deltan com autoridades dos EUA.

“Eles sabem o que fizeram no sábado à noite”, Gilmar Mendes sobre Lava Jato

 

Foto: Reprodução

A Lava Jato de Curitiba e o ex-juiz Sergio Moro poderão ter seus destinos definidos após o recesso do Judiciário, em agosto. A primeira sessão presencial da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) terá na pauta um habeas corpus (HC) com potencial de provocar uma nova reviravolta na política: o julgamento do recurso que alega suspeição de parcialidade de Moro e dos procuradores do Paraná no caso do tríplex do Guarujá, processo que resultou na condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Interrompido em dezembro de 2018 após pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, o caso avoltará num cenário completamente distinto, recheado de novos episódios que tiraram de Moro e da força-tarefa de Curitiba a aura de intocabilidade.

“É claro que os acontecimentos posteriores ao pedido de vista devem entrar no debate”, disse Mendes à Agência Pública, ao confirmar que liberará o HC para julgamento. Aqui reportagem completa