Márcio Jerry pede liberação do vídeo que pode comprometer o presidente

 

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Deputado Márcio Jerry, vice-líder do PCdoB na Câmara Federal/Foto: Reprodução

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Melo, que libere o vídeo exibido na manhã desta terça-feira (12) na sede da perícia do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília.

Embora ainda não tenha sido oficialmente divulgado, já é grande a expectativa sobre trechos que, segundo fontes, comprovariam a tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de interferir no comando da PF.

“A PF para proteger a família, né Bolsonaro? Mas a PF é para proteger DE criminosos e não proteger os criminosos. Solta o vídeo, ministro!”, pediu o parlamentar maranhense.

Na gravação, Bolsonaro aparece afirmando que precisava “saber das coisas” que estavam ocorrendo na Polícia Federal do Rio e cita que investigações em andamento não poderiam “prejudicar a minha família” nem “meus amigos”

Eliziane quer divulgação do vídeo ‘devastador’ da reunião com Bolsonaro

 

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Senadora Eliziane Gama (Cidadani-MA)/Foto:Reprodução

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), com base na repercussão do suposto conteúdo do vídeo da reunião ministerial com o presidente Bolsonora, que passou ser tratado como ‘devastador’, cobrou nas redes sociais a divulgação pública da reunião.

Para Eliziane Gama “o país não merece ter um presidente sob suspeita”.

“O vídeo da reunião com os ministros apontado como prova por Sérgio Moro precisa vir a tona pelo bem da sociedade. Supostamente, Bolsonaro teria cobrado a troca na PF no Rio p/ proteger seus familiares. O país não merece ter um presidente sob suspeita”, cobrou Eliziane Gama.

O vídeo da reunião ministerial apontado pelo ex-ministro Sérgio Moro, que segundo ele, prova as intenções nada republicanas do presidente Bolsonaro em interferir na Polícia Federal, para ‘proteger seus familiares’ poderá ter desdobramentos graves para o governo e o país.

O fato veio atona no bojo da mudança da Direção Geral da Polícia Federal, que culminou com o pedido de demissão de Sérgio Moro (ex-ministro da Justiça).

Sérgio Moro pode ter várias horas de conversas gravadas com Bolsonaro

 

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Foto: Reprodução

O ex-ministro da Justiça preparou um dossiê com o histórico de 15 meses de conversas no Whatsapp para provar as denúncias de interferência de Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal.

O documento será entregue na manhã deste sábado (2) no julgamento que o ex-juiz da Lava Jato fará à própria PF.

Segundo a coluna de Guilherme Amado, na revista Época, Moro teria gravado em seu whatsapp áudios, conversas, links e imagens trocadas com Bolsonaro e organizou o acervo de forma voluntária para ser entregue durante seu depoimento, que acontece na sede da PF em Curitiba.

Augusto Aras, que se irritou com entrevista de Moro à Veja e assumiu a defesa de Bolsonaro, escalou três procuradores para acompanhar a oitiva: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita. (Revista Fórum)

André Mendonça assumirá Ministério da Justiça e Alexandre Ramagem a Polícia Federal

 

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Presidente Jair Bolsonaro e André Mendonça, Advogado Geral da União/Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro encontrou a solução para o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Diretoria Geral da Polícia Federal. O perfil dos escolhidos, dentro daquilo que o presidente buscava, foram encontrados em André Mendonça que assumirá o Ministério da Justiça e Alexandre Ramagem para Polícia Federa, este último é muito próximo da família do presidente. As nomeações estão publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira (28).

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André Mendonça (Ministério da Justiça e Segurança Pública) e Alexandre Mendonça (Delegado Geral da Polícia Federal)/Foto: Reprodução

Luis Andre Mendonça, que ocupava a Advocacia Geral da União (AGU), ao se transferir para o Ministério da Justiça, também passa ter nome seu nome reforçado para indicação do Palácio do Planalto para vaga do decano do STF, Celso de Mello, que deixará ainda este ano o Supremo.

Quanto a Direção Geral da Polícia Federal que provocou o rompimento de Jair Bolsonaro e Sérgio Moro, ficará nas mãos do delegado, Alexandre Ramagem, amigo da família do presidente e que teria sido uma escolha caseira, principalmente de Carlos Bolsonaro, e aprovado pelo presidente.

Governo Bolsonaro é reprovado por 42% da população após saída de Moro

 

Bolsonaro em Curitiba
Foto: Reprodução

A XP Investimentos realizou uma pesquisa entre as 18h de quinta-(23) e as 18h de sexta(24), com amostra de 800 entrevistas e margem de erro de 3,5 pontos percentuais.

A primeira pergunta foi a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro.

A aprovação foi de 31% e a desaprovação, de 42%.

Outros 24% dos entrevistados avaliaram o governo de forma regular e 3% disseram não saber ou não responderam.

Entre 13 e 15 de abril, as pesquisas mostravam aprovação era de 30% e reprovação de 40%; Entre 20 e 22 de abril, a aprovação era de 31% e a reprovação, 42%.

Sobre a saída de Sérgio Moro do governo e, depois de ocorrida, sobre a saída, 77%
disseram ter conhecimento enquanto 22% disseram não saber.

1% disse não saber ou não responderam.

Sobre a decisão de Moro sobre sua saída se o presidente interferisse na chefia da Polícia Federal:

44% aprovaram, 42% desaprovaram e 14% disseram não saber ou não responderam.

Sobre o impacto da saída de Moro do governo para o país.

67% acham que o impacto é negativo, enquanto 10% acreditam que será positivo e 6% que não terá impacto para o país.

Sobre a expectativa com o resto do mandato do governo Bolsonaro:

49% disseram que o restante do mandato será ruim ou péssimo após a saída de Moro, enquanto 18% acreditam que será bom e ótimo, 25% que será regular. 9% não sabem.(Revista Forum)

Flávio Dino e Eliziane Gama viram denuncias de crimes graves na fala de Sérgio Moro

 

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O desembarque do ex-ministro, Sérgio Moro, do governo Bolsonaro nesta sexta-feira (24), teve impacto comparado ao de uma ‘bomba atômica’ nos meios políticos e jurídicos causando perplexidade. Para o governador Flávio Dino, que também é ex-juiz federal, o pronunciamento do ex-ministro Moro, constitui crime de responsabilidade do ponto de vista jurídico.

“Do ponto de vista jurídico, o depoimento de Moro constitui prova de crimes de responsabilidade contra a probidade na Administração, contra o livre exercício dos Poderes e contra direitos individuais. Artigo 85 da Constituição Federal e Lei 1.079/50”, esclarece Flávio Dino.

A senador, Eliziane Gama, viu com perplexidade a quantidade de crimes denunciados no anuncio de saída do governo Bolsonaro. Para ela, o ex-ministro Moro precisa ser ouvido imediatamente pelo Congresso Nacional.

“Obstrução da justiça, falsidade ideológica, crime de responsabilidade, tudo junto nas declarações do ministro Moro. É necessário investigar essas informações e cobrar responsabilidades. Estamos pedindo que o Congresso Nacional ouça com urgência Sérgio Moro e tome providências”, destacou Eliziane.

Moro deixa governo Bolsonaro numa situação gravíssima

 

Pedido de demissão do ex-ministro Sérgio Moro nesta sexta-feira (24), causou perplexidade pelos detalhes da crise envolvendo a crise na Polícia Federal. O ex-juiz elencou uma serie de denuncias gravíssimas contra o governo Bolsonaro, deixando a possibilidade de desdobramentos significativas.

Grande Mídia diz que Moro anunciará saída do governo Bolsonaro

 

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Foto: Reprodução

Os jornais da grande mídia cravam nesta sexta (24) que Sergio Moro já avisou a aliados que anunciará a demissão do cargo de Ministro da Justiça às 11h.

Na Folha, consta que Moro comunicou Bolsonaro pela manhã que “não ficaria no governo com a saída do diretor-geral [da Polícia Federal, Maurício Valeixo], escolhido por Moro para comandar a PF.”

CNN Brasil afirma que ouviu de 3 fontes que Moro já tomou a decisão, porém, haveria movimentações de setores do Planalto tentando apagar o incêndio para evitar o desembarque do ministro.

Também há informações de que Bolsonaro exonerou Valeixo justamente para provocar a saída de Moro. Uma outra corrente acredita que o presidente interviu no comando da Polícia Federal para blindar a família de investigações. (Jornal GGN )