Deputado Márcio Jerry, vice-líder do PCdoB na Câmara Federal/Foto: Reprodução
O deputado federal, Márcio Jerry, vice-líder do PCdoB na Câmara, a exemplo do páis, aguarda os desdobramentos sobre a mais recente crise no governo Bolsonaro, com expectativa, mas com algumas certezas.
Para ele, Jair Bolsonaro ao exonerar Mauricio Valeixo da Direção da Polícia Federal, indicado e homem de confiança de Sérgio Moro tem dois objetivos principais: proteger os filhos e aliados, e ainda, desgastar e se livrar do ex-juiz da lava jato.
Sérgio Moro convocou uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (24), no Ministério da Justiça, em Brasilia. Ele falará sobre a crise e deverá anunciar sua saída do governo Bolsonaro. Ele já não é mais considerado ‘intocável’ e o estatus de ‘super-ministro’ acabou.
O barulho todo criado por Moro após ser comunicado pelo presidente Jair Bolsonaro que o Diretor da Polícia Federa, Maurício Valeixo, seria substituído não serviu para nada. A exoneração está publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24).
O ministro Sérgio Moro foi informado no final da noite de ontem da confirmação da exoneração de Valeixo indicado por ele para comandar a Polícia Federal. A expectativa agora é como será a permanência de Moro no governo ou se deixa o cargo como chegou ser especulado.
Um dos nomes cotados para assumir a Direção Geral da PF é o delegado Alexandre Ramagem, atual diretor da Abin. Nas redes sociais a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) disse que Ramagem é ligado a Carlos Bolsonaro, filho nº 2 do presidente.
“Alexandre Ramagem está cotado para assumir a PF no lugar de Valeixo. Ele foi indicado por Carlos Bolsonaro para comandar e ABIN (depois que plano da ABIN Paralela naufragou). Jair Bolsonaro qualquer um delegado submisso que tope não se “empenhar” nas investigações sobre seus filhos” Joice Hasselmann no twitter.
A exoneração de Valeixo no Diário Oficial da União saiu ‘a pedido’ com assinaturas de Bolsonaro e Moro. Não há substituto oficial até o momento. (Com informações da Folha de SP)
O ministro da justiça Sérgio Moro, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (23/4). O motivo foi o anúncio feito pelo presidente de que deve trocar o comando da Polícia Federal.
O atual diretor-geral, Maurício Valeixo, que tem o apoio do ministro, deve ser demitido para dar lugar a um nome que tenha maior proximidade com o chefe do Executivo. Moro, porém, vê na troca um ato extremo de desautorização, que ocorreria para proteger aliados atualmente na mira da corporação.
A intenção de fazer a troca ocorre em meio ao andamento de um inquérito, aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do Procurador-geral da República, Augusto Aras, que mira deputados bolsonaristas.
As tentativas de trocar o diretor-geral da PF encontram resistência não só de Moro, mas também de delegados e agentes. É consenso que, se concretizadas, enfraquecerão o ministro da Justiça.
Dentro da corporação, a notícia da troca foi recebida como uma bomba por agentes e delegados. Nem a Presidência nem o Ministério da Justiça se manifestaram oficialmente sobre o caso, até o momento.
Convencido por Paulo Guedes para participar do governo Bolsonora no Ministério da Justiça, o ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, parece não contar com o prestígio de antes no Palácio do Planalto.
Homem de confiança do Sérgio Moro o delegado Maurício Valeixo foi Superintendente da Polícia Federal no Paraná, onde também coordenou a operação da prisão de Lula, e ainda, na sua gestão foi fechada a delação de Antonio Palocci. (Com informações do Correio Brasiliense)
Flávio Dino governador do Maranhão, e Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança/Foto: Reprodução
O site Poder 360 divulgou nesta segunda-feira (27), dados sobre Segurança Pública onde revela redução do número de ônibus queimados no Brasil no ano 2019 em consequência de ações criminosas. Nas redes sociais, a exemplo do que aconteceu quando da redução de homicídios, o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança) se apressou para comemorar e atribuir o resultado ao governo Bolsonaro, para não dizer diretamente ser dele o mérito.
‘Em 2019, menor número de ônibus incendiados desde 2012. Os criminosos perceberam que no Gov do PR @jairbolsonaroo jogo mudou. Fonte da informação: Poder360.’, disse Moro no twitter.
Também no twitter, Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, se posicionou sobre a redução do número de ônibus queimados em 2019, onde demonstrou a quem deve ser creditado o mérito da redução das ações criminosas ao contrário do que disse Moro que alegou ser do governo Bolsonaro. Flávio Dino disse a redução é resultado do trabalho dos policias e ações dos Sistemas de Segurança Estaduais.
‘Mérito dos sistemas estaduais de Segurança Pública. Parabenizo os seus dirigentes, os policiais civis e militares e os colegas governadores pelos investimentos realizados’, destacou Flávio Dino.
“A chance no momento é zero. Tá bom ou não? Tá bom, né? Não sei amanhã. Na política, tudo muda, mas não há essa intenção de dividir [o Ministério da Justiça]. Não há essa intenção”, disse Bolsonaro nesta sexta-feira (24).
Após a entrevista de Sérgio Moro no Roda Viva da TV Cultura, na segunda-feira (20), o presidente Bolsonaro ficou desconfiado que o ministro está de olho no cargo de Presidente da República em 2022.
Ontem Bolsonaro ameaçou dividir o ministério de Moro, este por sua vez teria comentado com pessoas próximas que se isso acontecesse, deixaria o governo. A divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública enfraqueceria e desgastaria Moro. Hoje o presidente comunicou que desistiu de dividir o ministério, mas não falou em manter ou mudar o ministro. Resta saber quem está fritando quem!..
Ministro Justiça, Sérgio Moro, e o Presidente da OAB/Foto: Reprodução
O ex-juiz federal e atual governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou as redes sociais para elogiar a decisão do juiz Rodrigo Parente Bentemuller, da 15ª Vara Federal em Brasília, que rejeitou denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra Felipe Santa Cruz (Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil), como informa o jornal O Estado de São Paulo .
‘Fui juiz federal por 12 anos, dos 26 aos 38 anos. Até hoje, mantenho uma profunda relação afetiva com esse período na Justiça Federal. Também por isso, fico feliz quando um juiz faz justiça, respeita as leis e se recusa a fazer perseguição política’, disse Flávio Dino no twitter.
O presidente da OAB foi denunciado por causa de um declaração ao jornal Folha de SP relacionada ao ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, atual Ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
‘.. usa o cargo, aniquila a Independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha quando diz que sabe de conversas de autoridades que não são investigadas..’, declarou Felipe Santa Cruz à Folha de SP.
Sérgio Moro (ministro da Justiça e Segurança) e Jair Bolsonaro (presidente da Republica)/Foto: Reprodução
Segundo informa a Coluna Painel nesta segunda-feira (6), a elite da Polícia Federal foi agraciada com aumento salarial, e tudo feito no caladinho. A medida adotada pelo ministro Moro (Justiça e Segurança), seria uma forma de acabar o descontamento da categoria com o ministro, após ser concedido o beneficio apenas à Polícia Rodoviária Federal.
Haverá uma reestruturação de cargos e estabelece aumentos e gratificações. A Medida Provisória estabelece o aumento de um degrau para Superintendente Regionais no serviço público; Chefes de Cartórios e de núcleos de operações passarão a receber bônus.
Governador Flávio Dino e o presidente da OAB Felipe Santa Cruz/Foto: Reprodução
O advogado Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), denunciado nesta quinta-feira (19), pelo Ministério Público Federal (MPF) por ‘calúnia’ contra o ex-juiz da Lava, Sérgio Moro (ministro da Justiça do governo Bolsonaro), recebeu solidariedade de Flávio Dino governador do Maranhão, que também é advogado.
A denuncia do MPF pede também ainda o afastamento de Felipe Santa Cruz da presidência da OAB.
‘Na condição de advogado, minha solidariedade ao presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, em face do absurdo pedido de afastamento da sua função. Lamentável e disparatado cerceamento da independência da entidade’ se posicionou Flávio Dino no twitter.
A denuncia diz que Santa Cruz “caluniou” Sérgio Moro ao afirmar que o ex-juiz “usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe da quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não são investigadas”.
NOTA OFICIAL DA OAB
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019 às 19h00
A Diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, os Ex-Presidentes do Conselho Federal da OAB, os seus Conselheiros Federais, os Presidentes dos Conselhos Seccionais da OAB e os Presidentes das Comissões Temáticas do Conselho Federal da OAB publicamente manifestam indignação e repúdio ao pedido, formulado por membro do MPF/DF, de afastamento do advogado Felipe Santa Cruz das funções de Presidente do Conselho Federal da OAB.
Tal pedido, manifestamente incabível, revela grave e perigosa tentativa de usurpar o legítimo exercício de uma função de grande magnitude, pois é dever institucional da Ordem dos Advogados do Brasil, sob o comando de seu Presidente legitimamente eleito, a defesa da ordem constitucional, do Estado de Direito e das garantias democráticas do país.
Na ditadura militar, a Presidência da OAB sofreu um atentado a bomba, mas nem o governo autoritário ousou pedir o afastamento dos Presidentes da OAB.
Assim, o pedido, por inconstitucional e teratológico, deve ser imediatamente rechaçado pelo Poder Judiciário.
É o que espera a Advocacia brasileira. É o que exige a Constituição da República.