Dino e Capelli discutiram forte com general que Lula exonerou

Do Metrópolese

O general Júlio César de Arruda, demitido do Comando do Exército por Lula, travou fortes discussões com o Interventor da Segurança em Brasília, Ricardo Capelli, e também com o ministro Flávio Dino, Justiça e Segurança, na noite do dia 8 de janeiro.

Tudo começou quando o comandante militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, travou uma dura discursão com o interventor Ricardo Cappelli. O clima esquentou após o interventor que estava comandando a PM chegou ao setor Militar do Comando Urbano e anunciou a prisão dos golpistas acampados em frente ao quartel-general. O general afirmou que a tropa da PM não passaria dali.

Foi então que o comandante do Exercito e Cappelli reuniram-se, no Comando Militar do Planalto. Deu-se, então, a primeira discussão tensa de Arruda naquela noite, quando chegou a colocar o dedo na cara de Cappelli e do então comandante da PM, coronel Fábio Augusto Vieira.

Em seguida os ministros Flávio Dino, José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil) chegaram, e os três reuniram-se com o general Arruda, a sós. Neste momento, a temperatura entre Dino e Arruda subiu.

O general exigiu que os ônibus dos golpistas, que haviam sido apreendidos pela Polícia Militar por ordem de Dino, fossem devolvidos. Dino afirmou que não devolveria, porque era prova do cometimento de um crime, e assim seriam tratados.

O general, subindo o tom de voz, insistia que ninguém seria preso no acampamento, conforme relatou a repórter Marina Dias. Dino também alterou a voz e manteve que a ordem dele seria cumprida e todos seriam presos.

Os dois já estavam em pé e o clima tenso quando o ministro Rui Cosa interveio e conduziu a conversa para uma conciliação. Ficou acordado que as prisões não seriam naquela hora, mas, sim, no dia seguinte de manhã.

‘Não subestime a inteligência dos brasileiros’, Barbosa para Mourão

O ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, neste domingo , dia 22, enquadrou o general da reserva e senador eleito, Hamilton Mourão, que ontem após Lula exonerar Comandante do Exército, general Cesar de Arruda, disse que “Lula alimenta crise com o Exército”.

Em tom de indignação, Joaquim Barbosa, não economizou nem nos adjetivos contra o ex-vice-presidente de Jair Bolsonaro, “poupe-nos da sua hipocrisia, do seu reacionarismo, da sua cegueira deliberada e do seu facciosismo político! Fatos são fatos!”, reagiu o ex-ministro do STF nas redes sociais.

“Ora, ora, senhor Hamilton Mourão. Poupe-nos da sua hipocrisia, do seu reacionarismo, da sua cegueira deliberada e do seu facciosismo político! Fatos são fatos! Mais respeito a todos os brasileiros! “Péssimo para o país” seria a continuação da baderna, da “chienlit” e da insubordinação claramente inspirada e tolerada por vocês, militares. Senhor Mourão, assuma o mandato e aproveite a oportunidade para aprender pela primeira vez na vida alguns rudimentos de democracia! Não subestime a inteligência dos brasileiros!”, diz Joaquim Barbosa

Lula e o general Tomás Ribeiro Paiva novo Comandante do Exercito

O presidente Lula se encontrou o general Tomás Ribeiro Paiva, novo Comandante do Exército, no inicio da noite deste sábado, dia 21, no Palácio do Planalto, o encontro ocorreu o retornar de Roraima, após agenda nas terras Yanomami.

“Hoje, junto com o ministro da Defesa, José Múcio, conversei com o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, o novo comandante do Exército. Desejo um bom trabalho ao general.”, disse Lula.

Na tarde de hoje o presidente exonerou o general Júlio Arruda do Comando do Exército. O ministro da Defesa, José Múcio, em rápida conversa com imprensa falou sobre a troca no Comando do Exército.

Lula já definiu Comandantes das Forças Armadas

Os primeiros ministros que deverão ser anunciados nesta sexta-feira, dia 9, pelo presidente eleito Lula, está a Defesa, que terá como titular José Múcio.

Segundo o Blog da jornalista Andrea Sadi, juntos os futuros presidente e ministro da pasta já escolheram os comandantes das Forças Armadas (Estado Maior, Exercito, Marinha e Aeronáutica).

Exército: general Julio Cesar de Arruda

Marinha: almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen

Aeronáutica: tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno

Comandante do Estado-maior das Forças Armadas: almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire

Militares vão contratar Pesquisa para medir desgaste junto à sociedade

Do Uol

O Exército se baseia em uma pesquisa de 2018, realizada pelo Instituto Qualitest Ciência e Tecnologia, para dizer que a confiabilidade da sociedade nos militares gira em torno de 80%.

Uma nova pesquisa contratada pelos militares e provavelmente iniciada ainda esse ano de 2021 deverá mudar o percentual de confiança da população na instituição.

A ideia é que o levantamento comece a ser feito ainda neste ano. Mas, o resultado pode ficar para 2022.

A queda no nível de confiança da sociedade nas Forças Armadas é esperado por duas razões principais: o número de militares no governo Bolsonaro e a passagem do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.

Alto Comando do Exército quer ‘punição exemplar’ para Pazuello

Do Uol

O general Pazuello já admitiu informalmente ao comandante do Exército, general Paulo Sérgio, que foi um erro participar do ato político com Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, no domingo, dia 23.

Porém, apenas admitir informalmente o erro não basta. Ele deverá ser submetido a um procedimento interno sobre o fato.

Pazuello terá que formalizar suas explicações ao comando que, só depois decidirá seu futuro.

De acordo com o artigo 45 do Estatuto Militar, oficiais da ativa não podem participar de atos políticos.