O discurso do presidente Lula (PT), na ONU (Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira, dia 19, continua repercutindo e sendo elogiado no Brasil e no mundo. Na comitiva do presidente aos EUA, respectivamente, os presidentes da Câmara e Senado Federal, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acompanharam o discurso de Lula.
Lula foi aplaudido sete vezes durante seu discurso.
“…Se hoje retorno na honrosa condição de presidente do Brasil, é graças à vitória da democracia em meu país. A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão. A esperança, mais uma vez, venceu o medo. Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre. O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo. Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais…”, destacou Lula.
“.. o Brasil voltou a ser um dos países mais desiguais do mundo. Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas. Mães garimpando o lixo em busca de alimento para seus filhos. Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo. Crianças vendendo bala ou pedindo esmola quando deveriam estar na escola vivendo plenamente a infância que tem direito. Trabalhadores e trabalhadoras desempregados, exibindo nos semáforos cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: ‘Por favor, me ajuda..”, parte do discurso de posse de Lula.
Luiz Inácio Lula da Silva sobe a rampa do Palácio do Planalto e recebe a faixa presidencial. pic.twitter.com/FpfnfzqvdO
O presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira, dia 20, um discurso completamente previsível ao transformar o púlpito da ONU (Organização das Nações Unidas), em palanque eleitoral.
Ele discursou por 20 minutos na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, após ser criticado por usar o funeral da rainha Elizabeth 2ª para fazer campanha. Por tradição, desde 1955, o Brasil é o primeiro país a discursar na abertura da Assembleia da ONU.
De acordo com a Folha de SP, nesta quarta-feira, dia 22, o Centrão condicionou a continuidade do apoio a Bolsonaro ao fim do ‘discurso golpista’, que o presidente utiliza para manter mobilizada sua base mais fiel.
Por enquanto, o presidente tem se posicionado de forma mais moderada em relação aos ataques ao sistema eleitoral. Resta saber até quando, e o que fará o Centrão, se Bolsonaro voltar atacar às eleições e a democracia.
O tom do discurso do presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira, dia 16, durante lançamento do Plano Nacional de Imunização, chamou mais atenção da imprensa e dos presentes que a ação do governo em relação a doença.
O mesmo presidente que desde o início da crise sanitária chegou classificar a pandemia de “histeria” e a doença de “gripizinha”, hoje na solenidade no Palácio do Planalto, disse que o coronavírus “afligiu a todos desde o início”.
“Realmente, nos afligiu desde o início. Não sabíamos o que era esse vírus, como ainda não sabemos. Irmanados, estamos na iminência de apresentar uma alternativa concreta para nos livrarmos desse mal”, destacou Bolsonaro.
Ele ainda fez uma especie de ‘pedido de desculpas’, caso tenha havido algum excesso do governo durante a pandemia, segundo o presidente, foi no “afã de encontrar solução”.
“A grande força agora é a união para buscar a solução de algo que nos aflige há meses. Se algum de nós extrapolou ou até exagerou, foi no afã de buscar solução”, acrescentou o presidente.
A mais nova polêmica criada pelo governo Bolsonaro, desta vez protagonizada por Roberto Alvim, Secretário Especial de Cultura, pasta com estato de ministério, ocorrido na noite de quinta-feira (16), onde em pronunciamento ele cita trechos de discurso nazista, motivou vários políticos se manifestaram e pediram a cabeça do secretário nas redes sociais.
“Um vídeo nazista não é apenas ridículo. É perigoso e ilegal. Desrespeita os judeus no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Deve ser objeto de repúdio e de providências no Congresso Nacional e no Poder Judiciário”, Fávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão.
“O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo”, Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara Federal.
“Não é possível que se tolere que o Sec. da Cultura do governo, Roberto Alvim faça plágio de trechos de um discurso de Joseph Goebbels, min. da Propaganda de Hitler com trilha sonora e tudo, e permaneça no cargo. É inconcebível que esse discurso abjeto seja visto como normal”, Senadora Eliziane Gama (Cidadania).
“O Secretário de Cultura, Roberto Alvim, escancarou a propaganda nazista citando e imitando Goebbels, o auxiliar de Hitler. Uma afronta a judeus e a todos os democratas; um acinte que não pode passar impunemente. Fora Alvim” deputado federal Márcio Jerry (PCdoB).
“O secretário nacional de Cultura, Roberto Alvim, plagiou a proposta nazista ao propor uma nova arte e reproduziu uma fala de Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda na Alemanha governada por Hitler. Precisamos parar tudo e tomar medidas importantes para coibir atitudes como essa”, deputado federal, Gil Cutrim (PDT).
“Secretário de cultura de Bolsonaro faz discurso nazista, citando um nazista, com estética nazista. Não há qualquer dúvida. Estamos diante de uma ameaça concreta à democracia”, deputado federal Marcelo Freixo (PSOL).
Chamado de “peça de manobra” pelo presidente Bolsonaro em discurso na ONU nesta terça-feira (24), em Nova York, o líder indígena Raoni foi lançado recentemente à disputa pelo Prêmio Nobel da Paz de 2020 por entidades indigenistas e ambientalistas.
Aos 89 anos, o cacique kaiapó Raoni Metuktire é um dos principais porta-vozes da causa indígena em todo o mundo. A irritação de Bolsonaro com Raoni se deu em razão de encontros esse dele com o presidente da França, Emmanuel Macron, e o Papa Francisco.
Com décadas de militância em defesa da preservação da floresta amazônica e dos povos indígenas, Raoni ganhou notoriedade internacional em 1987, quando se encontrou em São Paulo com o cantor inglês Sting. (Congresso em Foco).