O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, reagiu nesta terça-feira, dia 25, ao que classificou de “incomodo com os avanços das investigações do caso Marielle”.
As críticas a Flávio Dino ocorreram após a repercussão da prisão de mais um suspeito de envolvimento no caso e a delação de Élcio Queiroz que confessou participação na execução da vereadora.
Flávio Dino, sobre delação de Élcio de Queiroz: “A investigação é prioridade do presidente Lula. (…) Houve a tentativa de desqualificação do passo dado, inclusive por pessoas que se omitiram durante anos”.
De crise em crise, Flávio Dino vai se consolidando como um dos ministro mais poderosos do terceiro mandato de Lula.
Na crise do 8 de janeiro, havia expandido sua zona de influência para o território do governo do Distrito Federal ao acomodar Ricardo Capelli, número 2 do Ministério da Justiça, na cadeira de interventor na Secretaria de Segurança de Brasília. Na crise da violência nas escolas, Dino colocou um pé na canoa do Ministério da Educação.
Agora, Lula atrai Dino para dentro do Planalto ao nomear Capelli, o mesmo que atuara como interventor na segurança do DF, para substituir interinamente o demitido general Gonçalves Dias na chefia do Gabinete de Segurança Institucional.
A participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em audiência nesta terça-feira, dia 27, na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara (CCJ), será transmitida ao vivo pela TV Câmara.
Parlamentares de oposição ao governo na CCJ da Câmara, principalmente os bolsonaristas, estarão frente a frente com Flávio Dino, até o momento de longe, alvo preferencial da oposição no novo governo Lula.
O deputado Rubens Jr (PT-MA), vice-líder do governo na Câmara e titular na CCJ, disse que o debate precisa ser construtivo sem “performances circenses do cercadinho bolsonarista”.
A visita do ministro @FlavioDino a CCJC será transmitida #AoVivo. Além da tentativa de golpe de 8/1, Dino apresentará um balanço do MJSP nesses quase 100 dias de governo. Precisamos de um debate construtivo e responsável, sem performances circenses do cercadinho bolsonarista! pic.twitter.com/GabTeg79tf
Flávio Dino será o primeiro ministro do novo governo de Lula a ser ouvido por parlamentares. Ele também está agendado para comparecer à Comissão de Segurança Pública no dia 11 de abril.
Ainda estão com agendas como convidados para prestarem esclarecimentos no parlamento os Silvio Almeida (Direitos Humanos), Marco Edson Gonçalves Dias (GSI) e Daniela Carneiro (Turismo).
Deputados da oposição querem que Dino explique as ações que tomou após os atos violentos de 8 de janeiro, uma visita que ele realizou ao Complexo da Maré e as mudanças na política de acesso a armas de fogo no país.
Ementrevista ao Estadão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que investigadores encontraram uma conversa com esse teor em mensagens apreendidas com um dos envolvidos no atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, interceptado em dezembro do ano passado.
O ministro revelou que um dos presos ainda em dezembro, na véspera do Natal, estava recebendo instruções para dar um tiro de fuzil no dia da posse de Lula, em 1.º de janeiro, e comparou ações da extrema direita no Brasil ao movimento nos Estados Unidos.
O presidente Lula está sob ameaça real?
Claro que hoje os cuidados são sempre maiores. Esse cidadão que está preso, da bomba do aeroporto no dia 24 de dezembro (George Washington de Oliveira Sousa), estava fazendo treino e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância. Há um diálogo em que ele procura informações de qual o melhor fuzil, qual a melhor mira para tantos metros de distância.
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Não fala o nome do presidente Lula, mas dá a entender…
Mas dias antes ele dá a entender, né? Porque pergunta: “Qual o fuzil que é mais adequado para tal distância?”; “E a tal mira?”. Aí o instrutor diz: “Não, essa mira é melhor”. Ou seja, havia atos preparatórios para a execução de um tiro, que ia ser um tiro no dia da posse de Lula.
Desde a campanha eleitoral, Lula reforçou procedimentos de segurança e criou um novo núcleo na Presidência da República, integrado por policiais federais, para cuidar de sua segurança mais imediata. Antes a tarefa era responsabilidade de militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele foi aconselhado a usar colete a prova de balas na posse e a usar um carro fechado para o desfile, mas optou por sair em carro aberto. Houve forte esquema de segurança, e ao menos quatro drones foram abatidos pela PF.
O ministro, Flávio Dino, Justiça e Segurança Pública, disse nesta quarta-feira, dia 4, que até o fim do próximo final de semana, questão dos acampamentos bolsonaristas, deverá ser resolvido. Ele acrescentou ainda que não haverá resistência.
“A condução que eu tenho com o (ministro da Defesa, José) Múcio é de que estará resolvido até sexta (…) Não vai haver resistência (…) Vamos fazer projetos para a ação da Polícia Federal em conjunto com as polícias estaduais”, finalizou Dino.
Sérgio Moro, durante jantar com senadores em Brasília/Foto: Reprodução
O jantar oferecido na noite de ontem quarta-feira (26), na residencia do senador Marcos Val (Cidadania-ES), em Brasília, para melhorar a ‘digestão’ na relação entre o Presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM), e o ministro da Justiça Sérgio Moro, não funcionou.
Apenas o ex-juiz da Lava jato compareceu ao ‘regabofe da união’, que aconteceu após o Senado Federal aprovar o projeto que Criminaliza o Abuso de Autoridade, que Sérgio Moro é contra.
Esta semana o senador Davi Alcolumbre, em entrevista ao site Poder 360 ao ser questionado sobre as publicações do The Intercept Brasil, que revelam conversas atribuídas ao então juiz Moro e o procurador Deltan Dallagnol e demais membros da Lava Jato, disse que se o ministro Moro fosse parlamentar estaria no conselho de ética, cassado ou preso.
Entre os presentes estavam a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), Esperidião Amin (PP-SC), Alvaro Dias (Podemos-PR), Soraya Thronicke (PSL-MS), Alvaro Dias (Podemos-PR) e Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
Senadora Eliziane Gama (PPS-MA) e o ministro da Justiça Sérgio Moro/Foto: Reprodução
A senadora Eliziane Gama (PPS-MA), se reuniu nesta segunda-feira (25), com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, onde apresentou e discutiu a PEC 19/2019 (Proposta de Emenda à Constituição), de sua autoria que torna a Força Nacional de Segurança permanente.
A proposta altera o artigo 144 da Constituição de 1988 para incluir a Força Nacional entre os órgãos que compõem o aparato da segurança pública nacional.
A PEC determina à Força Nacional executar atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Também prevê que a Força irá trabalhar em cooperação federativa sob coordenação conjunta da União, dos estados e do Distrito Federal.
Para a senadora Eliziane, a Força Nacional é um importante instrumento de preservação da ordem pública e de combate à violência. No entanto, tem servidores emprestados de outros órgãos e atua somente em momentos de conflito. Com a modificação, além de se tornar permanente terá um quadro de pessoal próprio.