O senador Marcos Rogério (DEM-RO), nesta quarta-feira, dia 6, em mais uma tentativa governista de tumultuar a CPI Covid, foi enquadrado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), bem ao estilo “quem fala o que quer ouve o que não quer”.
Nunca passou pela minha cabeça que o meu colega Marcos Rogério tivesse qualquer envolvimento com o assessor dele que é investigado. Foi preciso fazer esta comparação pela DESLEALDADE dele em construir suas “narrativas”. Respeito é bom e o Brasil gosta! #CPIdaCOVIDpic.twitter.com/3jdQZy1twj
A reação de Rogério Carvalho, se deu após Marcos Rogério perguntar ao presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Paulo Rabello Filho, se ele tinha alguma ligação com o ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que são primos.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), crítico contumaz do governo Bolsonaro, principalmente em relação à pandemia da Covid-19, disse nas redes sociais neste sábado, dia 26, que a CPI já tem elementos para provar o ‘atraso intencional na compra de vacinas’.
A CPI já tem provas do atraso intencional na compra de vacinas. Também de organizações atuando para comprar e empurrar cloroquina. Agora surge uma nova linha de investigação: por que algumas vacinas podiam ser compradas de qualquer jeito e outras não ? Dependia do intermediário?
Após serem ouvidos na CPI da pandemia da Covid-19, ontem sexta-feira, dia 25, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão Ricardo Miranda (funcionário do Ministério da Saúde), aumentaram as suspeitas de corrupção praticadas pelo governo federal.
Durante seu depoimento o deputado Luis Miranda, foi desafiado a declinar o nome do deputado citado pelo presidente Bolsonaro que estaria por trás da compra da vacina Covaxin, em resposta à senadora Simone Tebet (MDB-MS), ele indicou o deputado Ricardo Barros (PP-PR), lider do governo na Câmara Federal, autor de emenda para a compra da vacina sem autorização da Anvisa.
“.. Não é que eu não esteja querendo colaborar. A CPI vai chegar [ao nome] e o Brasil vai perceber que estamos vivendo uma hipocrisia — declarou Luis Miranda, emocionado, para pouco depois confirmar o nome de Ricardo Barros..”, desabafou Luis Miranda.
O deputado Ricardo Barros usou as redes sociais para negar envolvimento no negocio da compra da vacina Indiana. Segundo os depoentes, era o líder do governo na Câmara por trás da pressão para obtenção da vacina com valor superfaturado, no valor de R$ 1,6 bilhão por 20 milhões de doses.
Não participei de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin. “Não sou esse parlamentar citado”, A investigação provará isso. Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esse fatos.
‘Foi uma espécie de retaliação’, segundo o governador, Flávio Dino (PCdoB), o ‘parecer de desobrigação do uso da vacina’ pedido ao ministro Marcelo Queiroga, pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ainda para Dino, nenhum médico do Brasil liberaria o uso de máscara nesse momento.
“O ministro foi à CPI e não pôde defender certos absurdos. A minha visão é que as atitudes do presidente, chamando-o de modo depreciativo, [como quando disse] ‘esse tal Queiroga’, e essa encomenda impossível de ser atendida, eu acredito que infelizmente foi uma retaliação do presidente da República contra o seu ministro (..) O Bolsonaro não consegue conviver com qualquer pessoa que minimamente discorde dele”, afirmou Flávio Dino.
O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, se antecipou nesta quinta-feira, dia 10, a possíveis especulações e distorções da verdade sobre sua participação na CPI da Covid-19, como de Presidente do CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
“O CONASS foi convidado a dar sua contribuição na CPI da Pandemia. Como presidente, estarei na Comissão para esclarecer o que for necessário. Temos muito a falar sobre esses 15 meses de enfrentamento”, anunciou Carlos Lula.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), disse nessa terça-feira, dia 8, que o novo depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na CPI da Covid-19, mostro que ele é ministro mas não manda.
“O depoimento de Marcelo Queiroga mostra que temos um ministro da Saúde que não manda nada. O ministro não teve autonomia para contratar Luana Araújo e também não tem para demitir a Mayra, omite-se sobre as aglomerações do Presidente. Pisa em ovos para não contrariar o chefe. Falta coragem!”, destacou Eliziane nas redes sociais.
O Jornal Nacional desmentiu na noite desta terça-feira, dia 1º, a informação que a Dra. Nise amaguchi deu durante a CPI da Covid-19, que o Amapá teria a menor taxa de letalidade por coronavírus no Brasil em razão do uso de cloroquina.
Na verdade o Amapá está à frente de 11 estados em letalidade, a unidade da federação com a taxa de mortalidade pela Covid-19 é o Maranhão.
JN desmente a Dra. Nise e confirma: o Maranhão possui a menor taxa de letalidade por coronavirus do Brasil. Trabalho do @GovernoMA reconhecido nacionalmente. pic.twitter.com/uJLeEgkjh3
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) June 2, 2021
A CPI da Covid-19 no Senado Federal inicia a partir desta quarta-feira, dia 26, definir nova fase dos trabalhos. Nessa etapa deverão ser ouvidos gestores estaduais e municipais e também ex-gestores.
Nesse contexto surgiu a especulação sobre possibilidade do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, ser convocado para prestar esclarecimentos na CPI.
O ex-prefeito se posicionou nas redes sociais informando que procuraria se informar sobre o fato, mas que não via nenhum problema em atender a convocação da CPI.
“.. como ex-prefeito, com tranquilidade me coloco à disposição para ajudar no que for necessário para informar sobre as medidas que adotamos para o enfrentamento da pandemia em São Luís..”.
Devem ser votados nove governadores e ex-governadores e de 12 prefeitos e ex-prefeitos.
Entre os nomes confirmados nos requerimentos estão o do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o do ex-governador do estado Wilson Witzel, que sofreu impeachment após ser acusado de crime de responsabilidade nas contratações da secretaria de Saúde para enfrentamento da pandemia de covid-19. Outro nome confirmado pelo presidente foi o do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
O ministro do STF, Ricardo Lewandowisck, será o relator do habeas corpus preventivo em favor de Eduardo Pazuello, para que ele responda apenas o que quiser na CPI da Covid.
O general e ex-ministro da Saúde, Pazuello, está com depoimento marcado para às 10h, da próxima quarta-feira, dia 19. Ele comandou a pasta no momento mais crítico da pandemia.
A AGU no ‘HC boca siri’ pede ao STF o direito do ex-ministro ao silêncio, resguardando-se a responder às perguntas que, a seu juízo, não possam levar à sua autoincriminação.
O senador Weveron (PDT-MA), reagiu com indignação nesta quinta-feira, dia 13, sobre a negligencia do governo Bolsonaro em relação a aquisição da Pfizer, evidenciada hoje no depoimento Carlos Murilo, gerente-geral Pfizerna América Latina, hoje na CPI da Covid-19 .
“É revoltante saber que o Brasil recebeu a oferta de 70 milhões de doses da Pfizer e que 1,5 mi de brasileiros poderiam já ter sido vacinados em 2020. A informação do representante da Pfizer na CPI da Covid mostra que o governo demorou a agir. Muitas mortes poderiam ser evitadas”, Weverton no twitter.
Carlos Murilo confirmou que a Pfizer fez três ofertas para aquisição em agosto do ano passado, mas o governo Bolsonaro ignorou. As negociações iniciaram em maio de 2020.
O Brasil era para ter até o segundo trimestre de 2021 cerca de 18,5 milhões de doses. As primeiras remessas teriam chegado em dezembro do ano passado.