Gov. Flávio Dino deve anunciar mais três mudanças em sua equipe

 

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Governador Flávio Dino deve concluir mudanças na sua equipe ainda esta semana/Foto: Reprodução

O governador Flávio Dino deve fazer mais três mudanças na sua equipe de governo.

Depois de anunciar o advogado Rodrigo Lago como o novo secretário de Articulação Política e Comunicação, o ex-deputado Rogério Cafeteira no Esportes e a engenheira Fabiola Ewerton Mesquita na presidência da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), Dino deve contemplar o PP e o PR com secretarias.

Segundo apurou o blog, o PP pode ficar com a secretaria de Meio Ambiente – já que perdeu o Esportes – e o PR deve emplacar o novo titular da Agricultura.

Na secretaria do Desenvolvimento Social (Sedes), o PDT deve indicar o novo secretário.

Na secretaria de Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid) já é dado como certo o deputado federal Rubens Jr.

Do Blog do Jhon Cutrim

Emendas de Raimundo Penha reforça Guarda Municipal de SL

 

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Secretário Municipal de Segurança, Heryco Oliveira Coqueiro, e o vereador Raimundo Penha (PDT)/Foto: Reprodução

A Guarda Municipal de São Luís receberá em breve cinco novas motos que reforçarão o patrulhamento e trabalho da entidade na capital maranhense. A aquisição de dois desses veículos é resultado de emendas parlamentares do vereador Raimundo Penha (PDT), que vem se destacando em várias frentes, sendo a Segurança uma delas e com resultados práticos.

Nesta segunda-feira (14), Raimundo Penha se reuniu com o Secretário Municipal de Segurança com Cidadania, Heryco Oliveira Coqueiro, para discutir ações para o setor de segurança quando foi informado da aquisição dos veículos e demonstrou satisfação com a noticia.

“Muito feliz em receber esta notícia. As motos irão ajudar no trabalho da Guarda Municipal e fortalecer ações de segurança direcionadas à população, principalmente na região central de São Luís.”, disse Penha.

O trabalho e contribuição do vereador Raimundo Penha para o setor de Segurança, não se limita apenas à Gurda Municipal de São Luís. Em dezembro último, uma viatura entregue ao 1º Batalhão na área Itaqui-Bacanga, pelo vereador e o Comandante Geral da PM, cel. Jorge Luongo, para o Serviço de Ronda Escolar, foi adquirida pela prefeitura de São Luís através de emenda do pedetista.

Flávio Dino responde provocação de Bolsonaro sobre bloco de oposição

 

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Jair Bolsonaro (PSL) e Flávio Dino (PCdoB)/ Foto: Reprodução

Quem esperava do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), postura passiva diante do governo de Jair Bolsonaro (PSL), melhor rever essa convicção. Assim como o presidente eleito, Dino também usou o twitter, nesta quinta-feira (20), para responder no mesmo tom à provocação e ironia do presidente eleito, que insinuou que o bloco de oposição ao seu governo formado pelo PCdoB, PDT e PSB, seria uma posição política contra o Brasil.

Flávio Dino classificou de disparate a possibilidade dos partidos de esquerda do bloco formalizado e anunciado, apoiar o projeto do presidente eleito Bolsonaro. E foi além, para o governador do Maranhão o compromisso da esquerda sempre foi com o Brasil, ao contrário do governo Bolsonaro, que pretende atender interesses dos Estados Unidos.

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Criação do bloco formado por PCdoB, PSB e PDT incomodou Bolsonaro

 

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Foto: Reprodução

Sem a participação do PT que contará com 56 parlamentares na próxima legislatura na Câmara Federal, as siglas partidárias também de esquerda PDT, PCdoB e PSB anunciaram nesta quinta-feira (20), a criação de um bloco de oposição ao governo Bolsonaro. Os três partidos juntos contarão com 69 deputados.

O acordo foi assinado pelos líderes André Figueiredo (PDT-CE), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Tadeu Alencar (PSB-CE). Um dos objetivos centrais da união dos partidos será criar uma nova alternativa de poder no campo da esquerda.

O presidente eleito Jair Bolsonaro ao ser informado da união dos três partidos reagiu com ironia através da sua conta no twitter. A reação imediata do presidente eleito foi considerada positiva pelo bloco, para eles, sinal que a criação do grupo já está incomodando o futuro governo, antes de começar atuar oficialmente no Congresso Nacional.

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Mangabeira e os erros que tiraram a presidência de Ciro

 

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FOTO: REPRODUÇÃO

Por Luis Nassif

As duas entrevistas de Roberto Mangabeira Unger – ao Valor (clique aqui) e à Folha (clique aqui) – esclarecem de vez as razões objetivas que levaram ao racha das esquerdas e à eleição de Jair Bolsonaro.

Mangabeira confirma o relato de Fernando Haddad, de que foi oferecido a Ciro o papel posteriormente desempenhado pelo próprio Haddad, de ser o vice-presidente na chapa de Lula e assumir a candidatura quando Lula fosse impedido.

Teria sido a fórmula ideal. Ciro seria imediatamente catapultado para a liderança e com sua retórica eficiente teria condições de vencer Bolsonaro no 2º turno.

Ciro esbarrou mais uma vez em seu grande defeito político. É bom para as grandes estratégias e péssimo para as definições táticas, prisioneiro de um temperamento forte, com uma autossuficiência deletéria, não se enquadrando nos limites dos pactos partidários. Quando a estratégia é bem-sucedida, entra em alpha e considera que tem a força. E não consegue identificar os limites políticos para entrar na etapa seguinte.

Sua visão era a de que o período Lula estava definitivamente encerrado e caberia a ele, Ciro, inaugurar o novo tempo, sem depender do lulismo. Como Mangabeira deixa claro, Ciro confundiu posições táticas com estratégicas.

No plano estratégico, era mais que hora do lulismo ceder espaço a uma nova etapa, diluindo o protagonismo excessivo do PT, principal combustível do pacto político mídia-Judiciário, e trabalhando as novas classes que surgiam – e que Mangabeira corretamente identifica como o novo empreendedorismo.

Ora, esse movimento era claro para o próprio Lula. Quando tentou a aproximação com Eduardo Campos, sabia a dificuldade para o PT superar a matriz original e abrir espaço para o novo temp.

No plano tático, no entanto, abrir mão do cacife eleitoral de Lula foi um gesto de arrogância mortal. Não adiantou Haddad dizer que Ciro estava minimizando não apenas a influência de Lula, mas 70 anos de tradição trabalhista no Brasil. Como pretendia montar uma frente deixando de lado o principal ator político das oposições nas últimas décadas?

Sua visão estratégica foi bem-sucedida. Desenvolveu o discurso mais eficiente de oposição à direita racional, de Geraldo Alckmin, e, depois, à direita insana de Jair Bolsonaro, um discurso denso, com propostas racionais e criativas, e uma retórica de guerra adequada para desmontar a agressividade vazia de Bolsonaro.

Na frente tática, esboroou-se.

Depois que perdeu as eleições, a ira posterior de Ciro contra o PT, foi apenas uma tentativa psicológica de enfrentar a ideia insuportável de que foi ele próprio que jogou fora a presidência por um gesto mal pensado.

Nenhum de seus argumentos se sustenta:

1. A alegação de que não queria comprometer seu projeto de país com o do PT.

Como bem lembra Mangabeira, uma coisa é aliança tática, visando ganhar as eleições e impedir o mal maior. Outra coisa, o projeto de governo, que é atribuição exclusiva do presidente da República. Ele seria o líder inconteste do projeto.

2. A alegação de que o PT não era aliado confiável.

Como assim? Alianças se formam em torno de propostas, conceitos e campos de interesse. Havia um amplo campo de interesses comuns para consolidar alianças com os partidos de esquerda, incluindo o PT, assim como um amplo arco de partidos de oposição, de centro-direita, para contrabalançar. Um político habilidoso deitaria e rolaria em um quadro desses. Seria um quadro confuso apenas para políticos com dificuldades para dialogar.

3. As acusações de que foi esfaqueado pelas costas, com o acordo do PT com o PSB também não se sustentam.

Queria o quê? Que depois de esnobado por Ciro Gomes, o PT abrisse mão de alianças estratégicas, para não melindrar o adversário? E porque foi possível uma aliança, conduzida por Lula, que interferiu nas eleições de Pernambuco e Minas Gerais? E por que estados como a Bahia e o Maranhão que, em circunstâncias normais estariam com Ciro, mantiveram-se fiéis ao candidato do PT? Por conta do prestígio político de Lula, que Ciro minimizou.

Esses embates ajudaram a realçar  a posição desprendida de Haddad que, em todos os momentos, colocou os interesses do país acima de seus interesses pessoais: quando apoiou a indicação de Ciro; e, depois, quando encarou o desafio de conduzir uma campanha presidencial perigosa.

Clique aqui para ler a conclusão da análise de Luis Nassif..