O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se meteu novamente em polêmica. Em férias no Pará, se envolveu num barraco com populares que por pouco não chegou às vias de fato.
O grupo entregou kafta em referência ao episódio em que o ministro da Educação errou o sobrenome do escritor Franz Kafka.
Cerimônia da Assinatura do Protocolo de Intenções (Foto: Gilson Teixeira)
A Vale anunciou nesta terça-feira (2), investimentos no Maranhão nas áreas de educação, saúde, patrimônio histórico e segurança. Um termo de cooperação foi assinado pelo governador Flávio Dino e o diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, no valor de R$ 52,2 milhões.
O investimento inclui a construção e reforma de escolas, novos laboratórios técnicos, apoio na formação de educadores, alfabetização de crianças e restauro de prédios no centro histórico da capital.
As ações devem ser iniciadas ainda este ano. Além da parceria com o Governo, a Vale anunciou a doação de R$ 8,14 milhões ao Corpo de Bombeiros, em reconhecimento ao serviço prestado pela corporação à população do estado.
“Hoje estamos assinando um importante documento de parcerias com a empresa que atua no Maranhão, a Vale, acordo esse que implicará a realização de investimentos em várias áreas. Destaco a adesão da empresa ao programa Nosso Centro, recentemente lançado. Só nessa área de restauração de patrimônio histórico são R$ 15 mi. E esse é um protocolo que tem consequências práticas e muito significativas girando em torno de R$ 60 mi”, pontuou o governador Flávio Dino.
Como serão distribuído o recurso:
– 36 mi para Educação
– 15 mi Patrimônio Histórico
– 1,4 mi Saneamento Básico
– 4 imóveis da Vale cedidos para implantação de Complexo das Polícias Vitoria, alto alegre, Açailândia e São Pedro da Água Branca
– 8,14 mi para Corpo de Bombeiros
– Total de 60,3 mi
Ministro da Educação, Abraham Weintraub/Foto: Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro e o ministério, Abraham Weintraub, ao que parece optaram pelo enfrentamento em relação a crise no setor de Educação. Nesta quinta-feira (30), quando as manifestações cresciam, o MEC decidiu divulgar uma nota onde diz que professores, alunos e até país ou responsáveis “não estavam autorizados a divulgar e apoiar protestos no horário escolar”.
Políticos usaram as redes sociais para se posicionarem sobre a medida.
“Difícil encontrar base constitucional e legal para essa inusitada afirmação. Lá vem novo recuo…”, lamentou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
“MEC estimula “denuncismo” nas universidades, para censurar protestos. As escolas não se calaram nem mesmo sob a Ditadura: não vai ser agora que se acovardarão, diante de um governo atrapalhado que sequer tem projeto pro país e se porta como uma fábrica de polêmicas!”, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Abaixo a Nota do MEC
O Ministério da Educação reafirma que toda manifestação democrática e pacífica é direito de qualquer cidadão brasileiro. Entretanto, a Pasta condena práticas de coação para que estudantes e professores participem de eventos dessa natureza. Nos últimos dias, o MEC tem recebido denúncias via redes sociais e pelo sistema e-Ouv que confirmam essas denúncias. Até o momento, a Ouvidoria do Ministério já contabiliza 41 reclamações no órgão, além de diversas interações realizadas via Facebook do MEC e pelo Twitter do ministro Abraham Weintraub.
O MEC esclarece que nenhuma instituição de ensino pública tem prerrogativa legal para incentivar movimentos político-partidários e promover a participação de alunos em manifestações. Com isso, professores, servidores, funcionários, alunos, pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar.
Os servidores públicos têm a obrigatoriedade de cumprir a carga horária de trabalho, conforme os regimes jurídicos federais e estaduais, e podem ter o ponto cortado em caso de falta injustificada. Ou seja, os servidores não podem deixar de desempenhar suas atividades nas instituições de ensino para participarem desses movimentos.
Cabe destacar também que a saída de estudantes, menores de idade, no período letivo precisa de permissão prévia de pais e/ou responsáveis e que estes devem estar de acordo com a atividade a ser realizada fora do ambiente escolar.”
A deputada Tabata Amaral (PDT-SP), disse nesta quarta-feira (22), diretamente ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, que vai processá-lo por danos morais. Segundo a parlamentar, o ministro ao invés de responder seus questionamentos, ele divulgou o número do telefone pessoal dela e tentou constranger sua equipe.
“Cobrei planos e ações do MEC. O ministro respondeu divulgando meu telefone pessoal e tentando manchar a minha imagem e a da minha equipe. Usou dos mesmos mecanismos que emprega com os problemas da educação: polemiza e mente. Isso não é atitude de ministro”, disse Tabata Amaral.
Segundo o blog O Antagonista, os movimentos Vem Pra Rua e NasRuas não estão convocando manifestações nas redes sociais marcadas para o próximo dia 26/05.
“Não apoiamos políticos nem governos, apoiamos ideias e iniciativas. A Nova Previdência, a Reforma Tributária e o Pacote Anticrme são ideias que apoiamos. Mas as pautas dessas manifestações do dia 26 são confusas e dispersas”, diz Adelaide Oliveira, coordenadora nacional do Vem Pra Rua.
“O Movimento Nas Ruas não está administrando ou organizando a manifestação divulgada”, afirma Tomé Abduch, porta-voz do grupo.
Parece fadado ao fracasso o movimento antes mesmo de começar.