PT vê crueldade com Lula: “Nem a ditadura o impediu de ir a velório”

 

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Luís Inácio Lula da Silva/Foto: Reprodução

A Justiça em Curitiba negou no início desta manhã (30) habeas corpus ao ex-presidente Lula para comparecer ao velório de seu irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá. A decisão da juíza Carolina Lebbos foi confirmada pelo desembargador Leandro Paulsen. Em nota o PT criticou a posição da Justiça e da Polícia Federal.

Veja a nota do PT:

“Usurpar o direito de um cidadão de velar e enterrar um ente querido pode ser considerada uma das atitudes mais cruéis. Mas no Brasil de Sérgio Moroe da Lava Jato, tudo vale quando se pretende perseguir uma pessoa. Nesse caso, o Lula.

Proibiram visita médica, visitas de amigos, advogados, assessoria espiritual, proibiram até entrevistas, mas dessa vez, a (in) Justiça brasileira chegou a seu limite. Depois de várias horas de empurra-empurra – com um quase claro objetivo de fazer perder o objeto do pedido da defesa (enterrar o irmão) – a Polícia Federal negou a Lula o direito de velar seu irmão mais velho, morto por um câncer.

O absurdo chegou nas redes sociais, que levaram a hashtag #LiberemLula aos assuntos mais discutidos no Twitter. Também indignou juristas, lideranças e brasileiras e brasileiros que têm o mínimo de humanidade e respeito às leis e aos direitos humanos. Vale lembrar que, nem mesmo durante a Ditadura – quando Lula foi preso político – ele foi impedido de tal direito e velou sua mãe, Dona Lindu.”

MP ratifica superpoderes a Sérgio Moro e Paulo Guedes

 

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Super-mistros Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Paulo Guedes (Economia)

A primeira proposta assinada pelo atual presidente da República, Jair Bolsonaro, e submetida ao Congresso foi a Medida Provisória 870/2019, composta de 86 artigos, que define os órgãos da Presidência e dos ministérios e estabelece as atribuições básicas de cada um deles.

A MP ratifica condições de superpoderosos aos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que vão herdar estruturas de outras pastas. No caso de Guedes, ele comandará a Fazenda, o Planejamento, a Previdência, a Indústria e o Comércio Exterior.

Além de ter a Segurança Pública reincorporada à Justiça, Moro assumirá o controle sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão voltado ao combate à lavagem de dinheiro que fazia parte do Ministério da Fazenda. O Ministério da Agricultura, de Tereza Cristina, também sai fortalecido.

Veja aqui Medida provisória

Com informações do Congresso em Foco

Omissão do Judiciário leva à morte uma em cada 10 vítimas de tortura

 

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Foto: Reprodução

Intitulado “Tortura em Tempos de Encarceramento em Massa”, um relatório produzido e divulgado neste fim de semana pela Pastoral Carcerária denuncia a omissão do Judiciário em termos de investigação, punição e reparação sobre ocorrências de tortura no sistema carcerário. O trabalho monitorou denúncias de 175 casos de tortura nos últimos quatro anos, sem que qualquer um deles tenha se desdobrado em abertura de ação penal para apuração de crime.  Do total de ocorrências de tortura, 10% das vítimas morreram.

A entidade detectou os seguintes problemas no sistema carcerário: agressão física, prática mais atrelada à tortura (58% dos casos); condições degradantes das estruturas prisionais (41%); negligência na prestação de assistência material, como alimentação, vestuário, produtos de higiene e roupa de cama (35%). A negligência na prestação de assistência à saúde foi detectada em 33% dos casos, e em outros 15% foi relatada a utilização de armas de fogo ou de menos poder letal como instrumento potencializador do sofrimento.

Leia mais aqui

Do Congresso em Foco

João Dória aproveita para tietar Sérgio Moro no Encontro dos Governadores

 

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Governador eleito de São Paulo, João Dória, e o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro/Foto: José Cruz

A segunda reunião dos governadores eleitos e reeleitos realizada nesta quarta-feira (12), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, reuniu 23 governadores e dois vices. Participaram Dias Toffoli (Presidente do STF) e Sérgio Mouro, futuro Ministro de Justiça no governo Bolsonaro.

Mas, não foi apenas a Segurança Pública, pauta central do encontro dos governadores que chamou atenção dos presentes. A tietagem e bajulação ao futuro Ministro da Justiça, Sérgio Mouro, teve destaque à parte.

O governador eleito de São Paulo, João Dória (PSDB), comandou os afagos ao ex-juiz da Lava-Jato, não faltou nem selfie para postar nas redes sócias. Para alguns observadores mais atentos e críticos, o governador do estado mais rico e poderoso da federação deveria ter adotado uma postura menos subserviente.

Guerreiro Júnior e Pedro Fernandes deram susto em familiares e amigos

 

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Desembargador Guerreiro Junior/Foto: Divulgação

O desembargador, Antônio Guerreiro Junior, passou mal na última terça-feira (27), quando se encontrava trabalhando no Tribunal de Justiça do Maranhão. Ele teve que ser levado às pressas para uma unidade de saúde da capital.

Após ser submetido à intervenção médica, o desembargador foi orientado se afastar do trabalho para realizar exames complementares. Guerreiro Junior ficará afastado do trabalho pelo menos por sessenta dias.

Quem também tomou um susto e assustou a família e amigos recentemente, foi o deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA). Ele também sentiu-se mal quando se encontrava no trabalho na Câmara Federal em Brasilia, onde recebeu intervenção médica. O deputado teria sido submetido a um procedimento que colocou dois stents no seu coração.

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Deputado Federal Pedro Fernandes/Foto: Divulgação

A informação foi confirmada pelo seu filho o vereador de São Luís, Pedro Lucas Fernandes, que substituirá Pedro Fernandes, na Câmara Federal, a partir de 2019. “O deputado Pedro Fernandes deu um susto na gente a uns 20 dias, mas já esta bem. Como ele mesmo diz, está de energia renovada, de pilha nova. Ele vai me orientar bastante e esta aí para ajudar também São Luís”, disse Pedro Lucas Fernandes.

Acredite se quiser: Dutra será julgado por abuso de poder econômico

 

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Dutra em 2016 na campanha ‘pé no chão’ literalmente, em Paço do Lumiar/ Foto: Reprodução

A suposta tentativa de derrubarem o prefeito Domingos Dutra (PCdoB), do comando do poder Executivo, em Paço do Lumiar, levou a maioria dos vereadores do município se posicionarem em favor Dutra.

O prefeito tem apoio de 15 dos 17 vereadores município, e todos assinaram um documento ratificando apoio ao prefeito, e repudiando o que eles classificaram de golpe contra Domingos Dutra, para destitui-lo do cargo de prefeito.

Com destaque ao respeito à decisão democrática das urnas, assinaram o manifesto os vereadores de Paço do Lumiar: Marinho do Paço, Miau Oliveira, França Duarte, Leonardo Bruno, Ana Lúcia, Fernando Muniz, Orlete, Driele da Pindoba, Vanusa, Jorge Brito, Puluca, Welington Sousa, Vagner Sousa, Miguel e Inácio.

O sinal de alerta de ‘Lépo-Lépo’ ascendeu após o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, marcou dias atrás o julgamento para esta terça-feira (27), da Ação de Investigação Judicial Eleitoral, de iniciativa do MDB, PRB e a coligação “Vontade de Todos” que teve como candidato Gilberto Aroso, que acusam Domingos Dutra(PCdoB), de abuso de poder econômico na campanha de 2016.

Juízes querem auxílio-moradia mesmo com aumento salarial

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Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Do Site Congresso em Foco

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que mantenha o auxílio-moradia para os juízes mesmo com o reajuste salarial de 16,4% aprovado pelo Congresso para os ministros da corte, com efeito cascata para a categoria em todo o país.

Em petição enviada na última sexta-feira (23), a entidade solicita ao ministro Luiz Fux que não revogue as liminares que concedeu em favor do pagamento do benefício a magistrados e procuradores de todo o Brasil. Para a AMB, os estados e a União têm condições de arcar com as despesas, a despeito da crise financeira que enfrentam.

A extinção do auxílio-moradia, hoje no valor de R$ 4,3 mil por mês, faz parte do acordo fechado em agosto pelo presidente do STF, Dias Toffoli, com o presidente Michel Temer em troca do aumento salarial para a cúpula do Judiciário. Pela proposta aprovada pelos parlamentares e que aguarda a sanção de Temer para virar lei, o salário de um ministro do Supremo, teto do funcionalismo público, passará de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil.

“Nada obsta que a União e os estados tenham condições de arcar com o pagamento do auxílio-moradia e da revisão geral (reajuste) mediante remanejamento de verbas”, defende a associação.

Os magistrados alegam que, mesmo com o reajuste salarial, poderão sair perdendo com o fim do auxílio-moradia, benefício sobre o qual não incide cobrança de imposto. “Não parece razoável que a concessão da revisão geral anual dos subsídios venha a impor uma redução do valor nominal ou real da remuneração atualmente recebida pelos magistrados”, afirma a AMB.

Uma decisão liminar de Luiz Fux garantiu o auxílio-moradia a todos os juízes e integrantes do Ministério Público desde 2014, inclusive aqueles que tenham residência própria na cidade onde trabalham. Estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara estima que o benefício custe R$ 139 milhões por mês aos cofres públicos.

“Tem sido noticiado que vossa excelência (Fux) estaria na iminência de revogar a liminar que foi deferida nos presentes autos, em razão e por consequência da eventual sanção do PL (projeto de lei) destinado a recompor, ainda que parcialmente, a revisão geral anual”, diz a associação.

“A AMB pede licença para se antecipar a eventual decisão desse teor, visando a reafirmar que as questões são distintas e não deveriam, no entender da AMB, estar atreladas ou condicionadas”, ressalta.

Na petição a entidade pede que caso o auxílio-moradia seja extinto, os juízes não tenham “qualquer redução nominal/real da remuneração atualmente percebida” nem sejam obrigados a devolver ou a pagar impostos sobre o benefício.

O salário de um ministro do Supremo define o teto constitucional de remuneração do serviço público. Uma nota técnica da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado aponta que o reajuste causará um impacto de pelo menos R$ 5,3 bilhões aos cofres públicos, considerando o efeito-cascata nos salários dos juízes pelo país.

O presidente eleito Jair Bolsonaro considera o aumento inoportuno e disse que, se já estivesse no exercício do mandato, vetaria a proposta. “Não tem outro caminho no meu entender, até pela questão de dar exemplo… Eu falei antes da votação que é inoportuno, o momento não é esse para discutir esse assunto”, afirmou ele em entrevista à Record.

A maioria dos ministros do STF aprovou, em 8 agosto deste ano, a inclusão do reajuste no Orçamento do ano que vem. Após a aprovação, Temer se reuniu com os ministros Dias Toffoli e Fux. Para compensar as perdas fiscais no orçamento da União, o STF se comprometeria a analisar a extinção do auxílio-moradia.

No último dia 7 o Partido Novo criou um abaixo-assinado eletrônico para pressionar Temer a vetar o aumento para os ministros do Supremo. Desde então, 2,7 milhões de pessoas já aderiram à iniciativa. O objetivo dos organizadores é atingir 3 milhões de assinaturas. Temer tem até a próxima quarta-feira (28) para vetar ou sancionar o projeto aprovado pelo Congresso.

TJ-MA realizará mutirão para julgar casos de violência contra a mulher

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O Poder Judiciário promove, em todo o país, de 26 a 30 de novembro, a 12ª Semana da Justiça pela Paz em Casa. A iniciativa, idealizada pela ministra Cármen Lúcia, integra a Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

No período, magistrados vão concentrar esforços para impulsionar e julgar processos que envolvem casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres, realizando, ainda, juntamente com os servidores, diversas ações de conscientização e enfrentamento à violência de gênero, tais como palestras, orientações à comunidade, distribuição de cartilhas e materiais informativos acerca da Lei Maria da Penha.

No Maranhão, o evento é coordenado pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça (Cemulher/TJMA) – presidida pela desembargadora Angela Salazar – com base no Art. 4º, inciso II da Resolução 254, de 04 de setembro de 2018.

Nessa edição, criou-se, em parceria com a Corregedoria Geral da Justiça, uma comissão formada por 5 juízes (Larissa Tupinambá, Tereza Palhares Nina, Rodrigo Nina, Vanessa Clementino e Francisco Lima) que irão funcionar nos processos oriundos das comarcas de Coroatá, Chapadinha, Timon, Bacabal, Santa Inês, Pinheiro e Termo Judiciário de São José de Ribamar, conforme designado pela Portaria CGJ- 55032018.

PROGRAMAÇÃO – No Fórum de São Luís, funcionarão 4 salas com audiências simultâneas nos turnos matutino e vespertino, no 5º andar, totalizando 160 processos em pauta, oportunidade em que as equipes multidisciplinares das unidades judiciais prestarão orientações às partes e distribuirão cartilhas e folders informativos sobre a Lei Maria da Penha. Ao todo, serão analisados 953 processos para o proferimento de sentenças, despachos e decisões.

Além dos julgamentos, diversas atividades serão realizadas em São Luís, pela equipe da Cemulher, conforme programação abaixo.

DADOS – Mais de 1 milhão de processos relativos à violência doméstica tramitam na Justiça brasileira, atualmente.

ATIVIDADES MULTIDISCIPLINARES – SEMANA DA JUSTIÇA PELA PAZ EM CASA

Dia 26/11/2018 – Segunda-feira

15h – Execução do projeto “Cine Mulher”, com exibição do filme “Vidas Partidas” para famílias atendidas no Centro de Referência de Assistência Social do território Turu, na Unidade de Segurança Comunitária, no bairro Divinéia.

Dia 27/11/2018 – Terça-feira

8h30h – Atividade do projeto “Aprendendo com Maria da Penha no Cotidiano”, através da realização de palestra sobre violência doméstica e familiar contra a mulher e a Lei Maria da Penha para alunos da Academia de Formação de Vigilantes – LTDA, no Monte Castelo.

Dia 28/11/2018 – Quarta-feira

09h – Ação do projeto “Lei Maria da Penha: Caminhos para a (Re) Construção da Cidadania e Paz Familiar”, na feira livre do bairro Anjo da Guarda, com orientações, distribuição de folders e cartilhas informativas sobre a Lei Maria da Penha e violência doméstica e familiar contra a mulher.

Dia 29/11/2018 – Quinta-feira

16h – Execução do projeto “Aprendendo com Maria da Penha no Cotidiano”, com realização de palestra sobre a Lei Maria da Penha e violência doméstica e familiar contra a mulher para operários da construção civil, em canteiro de obras da Construtora Engeplan Engenharia, no bairro Turú.

Dia 30/11/2018 – Sexta-feira

09h – Realização da oficina “Construindo uma cultura de sororidade”, junto a mulheres internas na Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís.